Dom Dimas participa do encerramento do Encontro de Jornalistas Católicos promovido pela CNBB

Dom Dimas participa do encerramento do Encontro de Jornalistas Católicos promovido pela CNBB

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“A CNBB tem se preocupado com a potencialização da comunicação na Igreja, por isso fizemos vários investimentos em vídeo-conferências, informática e sistema de ligações pelo VoIP”, disse o secretário, lembrando que os custos com diárias e viagens diminuirão.

Dom Dimas antecipou que, durante na última reunião do Conselho Permanente da CNBB, nesta semana, foi aprovado a crição do Setor de Comunicação Social, separado dos setores Educação, Cultura e Ensino Religioso. A decisão, porém, será submetida à Assembleia Geral da Conferência, que acontece no próximo mês de maio. O secretário convocou ainda os jornalistas presentes a anunciar o Evangelho aonde ainda a Igreja ainda não conseguiu chegar. “Evangelizar em novos areópagos é muito importante e nós, como comunicadores, precisamos ter coragem e força de vontade para evangelizar ainda onde não foi possível”,

A Igreja no Brasil e no mundo tem se preocupado em aprimorar a comunicação, segundo dom Dimas. Ele citou o trabalho que tem sido feito pelo presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações, dom Cláudio Maria Celli na Santa Sé e o crescimento do número de padres e religiosos que dominam o uso da internet.

Conferências

“Você comunica aquilo que você é. Autenticidade deve ser a arma do comunicador na era digital. Você informa e partilha qualquer coisa, mas tudo vale?”, questionou durante sua conferência, na sexta-feira, 25, o subsecretário adjunto da CNBB, padre Antônio Silva da Paixão [padre Nequinho] sobre os critérios de veiculação de informações. Ele comentou a Mensagem do Papa Bento XVI para o 45º Dia Mundial das Comunicações, cujo tema é “Verdade, anúncio e autenticidade na era digital”.

“Se seu site foi mais acessado do que todos, significa que você é mais verdadeiro?”, disse padre Nequinho lembrando a Mensagem do Papa. “O valor da verdade não pode ser medido pela atração que ela tem, nem pela popularidade. Se popularidade fosse critério de validade, Jesus não teria sido traído”, completou o pensamento. Padre Nequinho fez sua exposição na noite de sexta-feira, 25.

No sábado, 26, as conferências da manhã foram ministradas pelo professor da Universidade Católica de Brasília (UCB), João José Curvello e pela jornalista da Globo News, Cristiana Lôbo. “É preciso elaborar estratégias de comunicação para agregar valor às informações da instituição. A comunicação, nesse contexto, é fundamental na construção do sentido na sociedade e nos ambientes organizacionais, considerando os valores agregados”, afirmou Curvelo que foi responsável pelo tema “Desafios e Conflitos do Jornalismo Institucional”.

O professor chamou ainda a atenção para a importância de se efetivar uma comunicação que fale a “língua” da comunidade para que possa ser entendida. Destacou a preocupação que o assessor de imprensa deve cultivar de colher desempenho, nível da efetividade e alcance da informação que se estabelece. “A maneira como uma organização conversa, condiciona as possibilidades de desempenho, sua viabilidade, seu êxito ou seu fracasso, que dependem de como se conduz a comunicação”.

Já a jornalista Cristiana Lôbo, tratou do tema “O relacionamento com a imprensa em situações de crise institucional e política”. A jornalista aconselhou os assessores de imprensa a observarem os acontecimentos em todos os níveis sociais e espaciais para que uma crise não venha a pegar a organização assessorada de surpresa. “Vamos observar o que acontece no mundo para que possamos resolver a crise local que também pode ser uma crise mundial. Não podemos ser pegos de surpresa com uma crise que estourou longe e chegou ao nível local”, alertou.

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Mídia Training

O período da tarde deste sábado, 26, teve a assessoria do professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC – Minas) Mozahir Salomão, e do jornalista da TV Senado, Ronaldo Martins, sobre “Mídia Training – Estratégia de Qualificação de Porta-Vozes”. Os expositores deram dicas para os assessores desenvolver seus trabalhos nas bases, bem como exemplos para a resolução de crises institucionais. “Em situações de crise é preciso buscar alternativas para encerrar o assunto e a crise. Precisamos como assessores, buscar soluções corretas apresentando a verdade dos fatos”, deu início à sua fala, o jornalista Ronaldo Martins.

Martins alertou para o cuidado que o assessor de imprensa, em organizações, deve resguardar, quando está diante do jornalista e a fonte. “Devemos ter claro o que deseja o repórter no momento em que você apresenta a ele a fonte. Entrevista ou informação? Porque às vezes sua fonte está sendo entrevistada sem que você saiba e os problemas podem vir depois”, alertou.

Ele chamou de “embate” o processo de produção de uma reportagem quando o jornalista solicita uma fonte da assessoria de imprensa. “Entrevista é um embate porque o jornalista não está ali só para ouvir o que você tem a falar. Ele quer de antemão transformar a notícia num produto vendável, atraente”.De acordo com ele, “o jornalista pensa em transformar o discurso do entrevistado em material que as pessoas estejam dispostas a pagar”, explicou.

O professor da PUC – Minas, Mozahir Salomão, também refletiu com os participantes do encontro o conceito de notícia; as rotinas produtivas no jornalismo e a natureza do trabalho do jornalista. “Jornalismo é um ato cênico. Quando as câmeras são ligadas, o público sabe o que é para ser feito; reage de acordo com aquilo que o jornalista e a imprensa, esperam dele”, disse.

Ainda segundo Mozahir, a “mídia opera por narrativas místicas; as pessoas dão atenção à imprensa porque os discursos dizem respeito ao dia a dia e às representações do cotidiano”, concluiu.

Da CNBB

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