Grupos Paroquiais agora têm representação na Comissão Nacional da Pastoral Juvenil

Grupos Paroquiais agora têm representação na Comissão Nacional da Pastoral Juvenil

Dom Nelson, presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, e os jovens representantes dos Grupos Paroquiais durante o #Conecta

O Encontro Nacional dos Grupos Jovens Paroquiais, o #Conecta, foi ainda mais especial neste ano com o anúncio que a partir de agora os grupos terão representação na Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB. O evento aconteceu no dia 27 de abril no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e reuniu mais de 670 jovens que coordenam ou participam de grupos paroquiais. Foram apresentados o regimento e os dois jovens que serão os representantes na comissão, Ana Flávia Oliveira Savá, da Diocese de Valença (RJ), e Luiz Henrique Jesus de Moraes, da Diocese de Itapetininga (SP).

Os representantes dos Grupos de Jovens Paroquiais se juntam agora às representações das Pastorais da Juventude  – Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) -, Congregações Religiosas, Novas Comunidades e Movimentos Eclesiais.

Para a Comissão, contar com esta representação enriquece ainda mais o trabalho desenvolvido, visto que a maior parte dos jovens no país está inserida na vivência dos grupos nas paroquias, consideradas a base de toda ação pastoral da Igreja.

Clique aqui e confira a matéria sobre o #Conecta 2019.

REGIMENTO

O Regimento dos Grupos Paroquiais traz orientações para “proporcionar aos grupos jovens paroquiais uma articulação e vivência da fé no seio da vida eclesial, pois a alma dos grupos jovens é a paróquia”. O documento traz ainda o que caracteriza e diferencia os grupos paroquiais de outras expressões e movimento. Estes grupos vivenciam a espiritualidade cristã juvenil na própria paróquia, em comunhão com toda a vida comunitária, com o pároco, sendo que muitos são articulados com a catequese crismal, por exemplo.

Os Grupos Paroquiais são chamados a viver em comunhão também utilizando os diversos subsídios produzidos, como o “Aos jovens com afeto”, “Encontros: juventudes”, “Laços de fé e vida” entre outros, assim como documentos da Igreja como o Docat, o Youcat e Itinerário Educação a Fé.

O Regimento ainda trata sobre como os grupos podem ser acompanhados. É necessário que eles estejam em sintonia com o Plano Diocesano de Pastoral e, se for o caso, do plano paroquial. Para esta comunhão com a diocese, há a necessidade de ter um padre referencial como primeiro responsável pelos grupos a nível diocesano, para que os grupos estejam inseridos na dinâmica e articulação do Setor Diocesano de Juventude.

Os representantes dos Grupos Paroquiais participarão da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB perlo período de três anos. Após este tempo, em indicação dos próprios grupos no encontro nacional, outros jovens assumem a representação.

Clique aqui e acesse o Regimento dos Grupos de Jovens Paroquiais.


Conheça um pouco sobre os dois jovens que representarão os Grupos de Jovens Paroquiais nos próximos três anos.

“Jovem não tenha medo de ser santo”

Há 5 anos, Deus mudou toda a minha história através do meu Grupo Jovem Paroquial.

Meu nome é Ana Flávia, tenho 25 anos, nascida e criada em Valença-RJ. Venho de uma família católica, porém na minha adolescência eu vivi um afastamento da Igreja. Após duas grandes perdas, no desejo de completar o vazio que sentia, eu comecei a viver os prazeres do mundo e uma fase de rebeldia. Foi então que em 2014, eu descobri que Deus faz coisas grandes em pessoas tão pequenas quanto eu. Conheci o Grupo Jovem  Santos de Calça Jeans – SCJ, da Paróquia de São Sebastião do Monte D’ouro, que minha família sempre frequentou.

A minha alegria tinha voltado e o vazio que existia tinha sido preenchido.  Hoje eu sou enfermeira obstétrica, trabalho no hospital maternidade da minha cidade, namoro, sou uma das coordenadoras do grupo e secretária do Setor Juventude Diocesano.

Hoje nós vivemos uma realidade em que temos voz e vez em tudo da Paróquia.  Saímos do papel de expectadores para o papel de anunciadores. Participamos de tudo que diz respeito a nossa Igreja: eventos, festas de Padroeiro, Solenidades, damos faxina, ajudamos na secretaria paroquial, enfim tudo da vida da Igreja.  Foi a grande graça de Pentecostes que aconteceu em nosso meio, porque não atingiu apenas nós jovens, mas todos os paroquianos. Famílias inteiras entraram ou voltaram para a Igreja porque os filhos fazem parte do Grupo de Jovens. Tudo isso acontece porque nosso pároco, o Padre Henrique, sempre acreditou na juventude e enfrentou tudo para nos dar a chance de sermos protagonistas da nossa fé.

Além disso, temos o privilégio de ter como bispo Dom Nelson Francelino, que é APAIXONADO pela juventude e que acredita que ela é o presente da Igreja e não só o futuro. Que grande graça é ele ser agora também Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a juventude da CNBB.

Quando eu recebi a notícia de que eu e o Luiz representaríamos todos os Grupos Jovens Paroquiais junto a CNBB, eu voltei imediatamente no tempo. Me lembrei do início da minha caminhada, senti uma grande esperança de que se Deus fez através de um grupo paroquial tudo isso na minha vida, poderia fazer na vida de muitos outros jovens.

Vamos em frente! A meta é o céu! A Igreja é viva! A Igreja é Jovem!

Ana Flávia Oliveira Savá, Diocese de Valença (RJ)


Sou Luiz Henrique, da cidade de Capela do Alto, diocese de Itapetininga. Sou Secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Juvenil no Regional Sul 1 da CNBB, articulador da “Missão Jovem na Amazônia da CNBB”, também exerço a função de Coordenador do Setor Juventude em minha diocese e agora na Coordenação Nacional representando os Grupos de Jovens Paroquiais.

Sempre estive engajado nos serviços da igreja em minha paróquia, estive sempre ao lado dos jovens, buscando a cada dia fazer com que os mesmos tivessem papéis importantes na paróquia, sociedade, pois devemos sempre ser uma Igreja jovem!

Tive a oportunidade de participar de três edições da Missão Jovem na Amazônia; a primeira em 2016 no estado do Amazonas em parceria com as irmãs Salesianas em Manaus, a segunda em 2017 no estado do Maranhão na diocese de Caxias e nesse ano de 2019 em Porto Velho no estado de Rondônia, experiências que me trazem uma vivência muito grande em minha fé, que fazem de mim um cristão cada dia melhor e nos faz voltarmos nossos olhares para os que mais precisam! Essas experiências nos fazem refletir onde está nossa fé, em nos confrontarmos consigo mesmos em dizer “Qual o tamanho de nossa fé?”. Ao se comparar com os povos ribeirinhos que saem de suas casas e atravessam horas e horas nos rios para irem ao encontro de Jesus… Ver o rosto daquela juventude, que mesmo com suas diversas dificuldades, fazem o seu trabalho, alegres em suas comunidades! Isso me dá o ânimo para prosseguir na minha caminhada e sempre o olhar para os que mais precisam.

Também tive a graça de participar em duas Jornadas Mundiais da Juventude, Rio de Janeiro (2013) e Cracóvia (2016). São encontros em que vemos a juventude do mundo inteiro reunida com seu pastor, mostrando o seu rosto jovem, mostrando que a Igreja é viva, que a Igreja é jovem!

Que possamos aproveitar esse momento ápice em nossa Igreja, em que o Papa Francisco, mais uma vez, abre as portas para nós jovens, através de um sínodo reservado especialmente para nós, para que o mundo inteiro possa nos ouvir! O Papa sabe da importância dos nossos jovens para o futuro da nossa Igreja e do mundo, que possamos cada dia mais confiar em nossa juventude. Cristo vive e quer você vivo!

Luiz Henrique Jesus de Moraes, Diocese de Itapetininga (SP)

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