A visita dos símbolos atraiu caravanas de outros municípios da região e chamou a atenção de católicos de todas as idades, com destaque para os jovens, que queriam tocar na cruz e na imagem abençoados pelo Beato João Paulo II. Cruz e Ícone permaneceram por 24 horas em Bauru e seguiram para a Arquidiocese de Ribeirão Preto.
Recepção calorosa
No dia 16, jovens aguardavam com oração, em uma das entradas da cidade a chegada da Cruz e do ícone, que vieram de Marília e passaram pelas principais avenidas de Bauru em um caminhão do Corpo de Bombeiros.
No bloco K da USC, famílias e jovens receberam os símbolos com palmas e aclamações a Jesus e Maria. Dom Caetano Ferrari, bispo diocesano de Bauru, e a reitora da USC, Irmã Susana de Jesus Fadel, fizeram a recepção oficial, diante de uma multidão emocionada. Os Símbolos entraram solenemente, precedidos pelas bandeiras do Vaticano e do Brasil. A cantora bauruense Luciana Pires interpretou o hino nacional e a Banda Pax animou a missa.
A cerimônia foi presidida pelo bispo e concelebrada por diversos padres, com a presença de diáconos permanentes, religiosas, seminaristas, lideranças diocesanas, jovens engajados na evangelização da juventude e a comunidade em geral.
24 horas de oração
Após a missa, grupos de jovens, paróquias, pastorais e movimentos se revezaram em uma vigília, durante toda a madrugada, com oração do rosário e adoração ao Santíssimo Sacramento. Às 7h, houve uma missa e, em seguida, foi aberta a visitação para o público e colégios de Bauru.
Por volta das 17h30, foi realizada uma via-sacra pelo campus da USC com a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora. À frente dos jovens que carregaram os símbolos rezando e cantando, estava dom Caetano Ferrari e alguns sacerdotes, juntamente com Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração. O bispo conduziu a cerimônia de despedida na entrada principal da universidade. Marcello Zanluchi, gerente de operações da USC e coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação, cantou o Angelus.
Padre Wellington Supriano, assessor espiritual do Setor Juventude da Diocese, passou os símbolos para o padre Anderson da arquidiocese de Ribeirão Preto.
Testemunhos de fé
Ao final da celebração do dia 16, alguns dos jovens que representaram a Diocese de Bauru na Jornada Mundial da Juventude 2011, realizada em agosto, na Espanha, contaram como foi participar de um evento que reuniu 2 milhões de católicos em torno do Papa Bento XVI.
“Passamos 15 dias no desconforto do saco de dormir, enfrentando muito calor, longas distâncias e banho gelado à noite. Isso tirou um pouco do ânimo. Quando eu pensei que não aguentaria mais, um dos jovens da delegação brasileira teve a ideia de agradecer porque tudo é vontade de Deus ou permissão d’Ele. E percebi que eu tinha muito a oferecer”, contou Dabiel Buceli, coordenador do Setor Juventude da Diocese,
“Conheci muitas pessoas, participei das catequeses e percebi a força da Palavra de Deus. Quando o papa leu o Evangelho, o silêncio era impressionante. Aqui a gente vive com intensidade o Espírito Santo e na Jornada Mundial da Juventude no Brasil, o mundo inteiro vai conhecer esse amor ao Espírito Santo”, destacou Patric Teixeira, de Agudos.
“Lá evangelizei, conduzi um grupo de oração em espanhol, ensinei músicas, evangelizei e vi como podemos levar Deus para as pessoas. Preguei para pessoas de diversas partes do mundo e até meu inglês fluiu de um jeito diferente. Muitos foram tocados e vieram dar testemunho. Deus conta com os jovens para evangelizar”, enfatizou Bruno Bilia, da Paróquia Universitária.
“Ver o papa é um presente de Deus. Procuro transmitir essa alegria e a emoção de estar com 2 milhões de jovens unidos, todos rezando pela juventude. Quando enfrentei dificuldades, calor e tempestades, pensei por que estou aqui? Mas quando o papa passou senti uma paz que me faria repetir tudo isso. Que na Jornada no Brasil todos possam sentir isso e que cada um dê sua contribuição a esse evento”, desejou Daniela, das Equipes Jovens de Nossa Senhora.
Na cerimônia de envio foi a vez dos religiosos que participaram da JMJ partilharem suas experiências.
“Na Jornada Mundial da Juventude vivi uma profunda experiência do amor de Deus e a riqueza desse amor por cada um; é uma experiência que marca, gera vida e mostra os diversos modos de ser Igreja. No meio de 2 milhões de jovens vemos que não estamos sozinhos. Que essa experiência não fique só na memória, mas passe para as nossas mãos para que aconteça como disse Maria: fazei o que Ele vos disser”, refletiu Irmão Victor Augusto Ferreira de Aguiar, da Congregação Marianista.
“Em primeiro lugar, quero agradecer a todos por acreditarem na juventude da Diocese de Bauru. Para servir a Deus é preciso ter bom humor, mas também carregar a cruz. A experiência em Madri mostrou que onde está Jesus não há limites. Jornada Mundial da Juventude é missão, é pegar a sua cruz e seguir Jesus”, finalizou o padre Wellington Supriano.
Por Aline Mendes e Marcello Zanluchi