Símbolos da JMJ avançam pelo interior do Acre

Símbolos da JMJ avançam pelo interior do Acre

sena_fazenda

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude foram recebidos na paróquia Nossa Senhora da Conceição. O anfitrião é um padre famoso: Paulino Baldassari, um italiano de 86 anos, há mais de 51 anos em terras acreanas. Aliás, o Acre não seria o mesmo sem a atuação do vigário.

Ele sempre lutou em defesa dos povos da floresta. Chegou a passar seis meses por ano dentro da mata, prestando serviços a milhares de famílias de seringueiros e indígenas. Ele realizava batizados, casamentos, missas, novenas e outros tipos de atendimentos principalmente relacionados à saúde e de orientação sobre conflitos agrários. Mais conhecido como médico da floresta, o padre Paulino nunca pisou num curso de medicina, mas recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Acre.

Muito sorridentes, o padre Paulino e toda sua comunidade celebraram a visita dos símbolos com cânticos e oração. “O papa quis que a cruz e o ícone percorressem o mundo inteiro. Então é com grande alegria que os recebemos aqui”, afirma o vigário.

Após a celebreção, os símbolos da JMJ fizeram uma rápida visita ao centro de internação de jovens que cometeram crimes. Oito adolescentes com bom comportamento puderam tocar na cruz e no ícone de Nossa Senhora na porta do centro. O bispo de Rio Branco, dom Joaquín Fernández, os convidou a se inspirar no exemplo de Jesus para tocar a vida daqui pra frente. “Esqueçam os erros do passado, mirem-se em Jesus Cristo, que morreu por mim, por vocês, e está do nosso lado para as dificuldades que virão lá fora”.

O último destino dos símbolos da JMJ em Sena Madureira foi a Fazenda da Esperança, local de recuperação de pessoas com dependência química. Os moradores da fazenda receberam a cruz e o ícone com muita música, com direito a violão e belos depoimentos.

Charles Vieira da Silva é servidor público, casado e tem dois filhos. Ele quer deixar para trás, a partir da experiência da fazenda, um vício que carrega desde os 15 anos. “A fazenda me fez outra proposta de vida. Ou você se converte, ou vai ser a mesma pessoa depois que voltar [para o convívio na sociedade]”.

Equipe Jovens Conectados: Lucas Monteiro, Manuela Castro e Tiago Miranda

 

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Email