Revitalização da Pastoral Juvenil: próximos passos

Revitalização da Pastoral Juvenil: próximos passos

Passadas duas semanas do encerramento do 3º Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil, realizado na Arquidiocese de Niterói (RJ), de 17 a 19 de junho, podemos nos perguntar quais serão os próximos passos dados pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB com relação às partilhas e vivências realizadas.

Diante desta indagação, recordamos as palavras de Dom Nelson Francelino, Bispo de Valença (RJ) e Presidente da CEPJ, na Missa de Envio do Encontro, quando falava do chamado que a revitalização juvenil constitui.

“É uma oportunidade que precisa ser confrontada com uma mentalidade pastoral muito precisa, animada pela dimensão profético-samaritana e missionária fundamentada na fé em Cristo vivo. Uma mentalidade pastoral plena de esperança e impulsionada pela caridade. Somos conscientes, ou ao menos deveríamos sê-lo, que podemos correr o risco de tornar-nos vítimas da mentalidade das lamentações, que terminam mais por condenar a escuridão do que por empenhar-nos em acender alguma fagulha de luz. Os nossos tempos são tempos de uma missionariedade alegre e otimista, própria de nossa juventude.”

Segundo Dom Nelson, a CEPJ está convencida de que, mais do que nunca, a juventude tem uma palavra a compartilhar, um projeto a propor, uma experiência pastoral a oferecer com criatividade para toda a Igreja no Brasil. “A Pastoral Juvenil olha para trás e se inspira na herança acumulada para não se omitir, mas lançar-se nos desafios do presente, reassumindo e ressignificando o sonho  de futuro, de uma civilização do amor.”

Para o jovem Gustavo Monteiro, 28 anos, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, o encontro foi um momento de refletir as fraquezas e, de forma ainda mais importante, as oportunidades para a evangelização dos jovens.

“Essa foi a primeira vez que eu participei de um Encontro de Revitalização e me surpreendi positivamente. Poder encontrar uma Igreja viva, consciente de suas potencialidades e fraquezas e, ao mesmo tempo, com a coragem de observar o mundo e os jovens de maneira integral – que não exclui nenhuma periferia existencial – foi estimulante. Poder estar ali como uma expressão do carisma da unidade, típico do Movimento dos Focolares, também foi uma graça. Pude constatar, ainda mais, o quanto a igreja é linda se está unida!”

PRÓXIMOS PASSOS

De acordo com o Pe. Antônio Ramos, assessor externo da CEPJ, a Comissão irá se reunir no início do mês de agosto para organizar o material e estruturar o plano trienal de pastoral, que será, em seguida, corrigido e diagramado. “A expectativa é fazermos o lançamento no final do mês de setembro para que, na sequência, o plano possa ser consolidado nas dioceses do Brasil”, explica.

DE ONDE PARTIREMOS COMO PASTORAL JUVENIL?

Para Dom Nelson, seguramente não partiremos do zero.

“Temos uma história de 12 anos enquanto Comissão, que foi precedida pela história da Pastoral da Juventude, que fora precedida da ação católica… Portanto, somos herdeiros de um caminho, e hoje temos um Papa que deposita toda confiança e estímulo na juventude: somos protagonistas de uma experiência pastoral que pode enriquecer os rumos da Igreja no Brasil, servindo os jovens, especialmente os mais pobres”, reflete o bispo.

“E a força do novo projeto de evangelização dos jovens, que será fruto do encontro, vem exatamente do esforço conjunto de pensar sobre o que pode ser feito em cada localidade, tendo em mente o Brasil inteiro, com criticidade e esperança ao mesmo tempo. Outra beleza do plano de evangelização é que ele é feito pelos próprios jovens, mas de maneira intergeracional. Os bispos, padres, religiosos e religiosas estavam misturados nos grupos, como bom fermento na massa”, alegra-se Gustavo.

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