Em Caxias, no Maranhão, Símbolos da JMJ vão aos presos, aos estudantes e aos militares

Em Caxias, no Maranhão, Símbolos da JMJ vão aos presos, aos estudantes e aos militares

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No dia 1° de abril, a juventude e o povo de Deus, somando oito mil pessoas das quatro paróquias da cidade, tomaram conta das ruas e caminharam em procissão para a celebração de Domingo de Ramos. Os jovens da Fazenda da Paz (instituição de recuperação de dependentes químicos) carregaram a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora no percurso pelo qual milhares de pessoas passaram para rezar.

Na tarde do mesmo dia, o momento que tomou conta do coração das pessoas foi a entrada dos Símbolos na cadeia de Timon, onde os 250 presos puderam tocá-los e rezar diante deles, dando um testemunho de fé e agradecendo à Igreja por ter preocupado com eles.

Em seguida a Cruz e o Ícone, acompanhados de 200 carros, partiram em carreata para a cidade de Caxias. Os Símbolos foram acolhidos por milhares de pessoas com seus altares nas portas e janelas das casas. O parque da cidade, foi tomado por uma multidão de 15 mil pessoas que caminharam três quilômetros até chegar à Praça da Catedral, onde mais 20 mil pessoas esperavam. Lá, Dom Vilson Basso, bispo de Caxias e referencial da juventude no Regional Nordeste 5, celebrou a missa. Logo na sequencia a banda Domus realizou alegre e contagiante show.

A 5h da manhã do dia 2 de abril, os Símbolos continuaram peregrinando pela cidade. Carregados pelos jovens voluntários, eles foram até o Batalhão do Exército de Caxias e até a Polícia Militar. Vinte jovens do Exército e mais dez da policia militar carregaram a Cruz e o Ícone até a Praça da Catedral, onde 20 mil estudantes os esperavam para rezar e fazer sua procissão. Para poder acolher a Cruz, foi decretado feriado municipal.

Durante a caminhada com os estudantes, Dom Vilson pedia para parar o trio elétrico diante de hospitais, creches, repartições publicas, do comércio, do centro cultural, etc., e abençoava todas as pessoas, deixando uma mensagem de amor e paz. Na tarde do mesmo, dia os Símbolos passaram pela cadeia de Caxias e, em seguida, se encontraram com os universitários, num momento em que a oração e o testemunho tomaram conta dos jovens e professores. Às 22h, começou a vigília na Catedral, onde muitos jovens testemunharam a sua fé.

Na terça, 3 de abril, por volta de 4h da madrugada, começou a missa de envio e milhares de pessoas se despediram da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora chorando, na certeza de que a missão foi cumprida naquela diocese, que já vive como Igreja em estado permanente de missão.

Testemunho do P. Toninho (assessor da Comissão Pastoral Episcopal para a Juventude):

Passei 24h rezando com os jovens e seguindo os Ícones da JMJ. Na Procissão de Ramos, num calor de 35 graus, Nosso Senhor Jesus tocava profundamente o coração daquelas oito mil pessoas que caminhavam incansavelmente seguindo os Símbolos da JMJ em Timon.

Como se não bastasse, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora foram levado pelos jovens para dentro da cadeia, e ao ver tantos jovens na prisão meu coração sangrou. Os jovens presos pediam a Deus que os tirasse daquela cadeia e mesmo com uma dor muito grande, perguntei ao jovem Rafael pelo buraco da grade da prisão qual era a esperança dele. Resposta: “Deus é mais e ele vai me tirar daqui e vou começar uma vida nova”. Nesse momento chorei, porque sei que nas cadeias do Brasil a maioria dos presos são jovens e, assim como esses presos de Caxias do Norte, também milhares de jovens sonham e gritam por liberdade.

Também pude experimentar um momento de grande esperança para nossa Igreja do Brasil. foi na manhã do dia 1º de abril, quando, junto com Dom Vilson, caminhei em procissão com os Símbolos da JMJ com mais de 20 mil jovens estudantes que rezavam intensamente. Ali pude experimentar o rosto jovem da Igreja. Bendita Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Padre Toninho Ramos, assessor nacional da Juventude

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