Cuiabá se despede dos símbolos da JMJ

Cuiabá se despede dos símbolos da JMJ

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Cerca de 1500 pessoas estavam presentes dentro da igreja e do lado de fora, acompanhando a missa pelos telões. A homilia foi um relato pessoal do arcebispo e refletiu sobre cada etapa do itinerário dos símbolos na arquidiocese. Segundo D. Milton, em breve as emoções se transformarão em ações sociais e pastorais dedicadas aos jovens. “Um dia, Jesus fez a sua caminhada com a cruz. Sofrimento e morte se transformaram em ressurreição […]. Os jovens serão ‘Cirineus’ do terceiro milênio e ajudarão Jesus Cristo a carregar a cruz; serão ‘Joãos Batistas’, ‘Marias de Cléofas’, ‘Marias Madalenas’ na ajuda ao próximo”, afirmou o bispo.

Empolgado e emocionado, D. Milton já planeja outro “Bote Fé” na arquidiocese, em preparação para a JMJ – o 27º “Vinde e Vede”, que acontecerá em janeiro de 2013. A arquidiocese fez uma réplica facsímile da Cruz entregue por João Paulo II, o que, segundo o bispo, deverá manter animada a juventude de Cuiabá.

A peregrinação

Os símbolos chegaram à arquidiocese de Cuiabá na madrugada do sábado (8), acolhidos por fieis do município de Várzea Grande e seguiram em caminhada até a matriz da Paróquia São Sebastião, onde o arcebispo presidiu uma missa campal e inaugurou um monumento para marcar a data – um grande painel com o logotipo da JMJ e uma réplica da cruz peregrina, com uma placa reproduzindo os dizeres do papa Bento XVI: “É preciso tocar na Cruz, para deixar-se tocar por ela”.

Ainda no sábado, os símbolos foram levados para as unidades masculina e feminina do Centro Socioeducativo de Cuiabá (Pomeri). Lá, os adolescentes acolheram a Cruz e o Ícone cantando a música “Nova geração”, tema da peregrinação. Muitos se emocionaram ao tocar nos símbolos.

Em seguida, os símbolos seguiram à Paróquia Nossa Senhora da Guia, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, onde aconteceram momentos de louvor e catequeses. No início da noite, uma procissão levou os símbolos para o Centro de Pastoral “Pe. Aldacir Carniel”, na mesma paróquia, onde aconteceu um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, seguido de missa presidida por dom Antônio Emídio Vilar, bispo da Diocese de São Luís de Cáceres (MT) e referencial da Juventude no Regional Oeste 2 da CNBB.

A Catedral Basílica Senhor Bom Jesus de Cuiabá foi o último destino da Cruz e do Ícone no sábado. Depois de chegarem em carreata, os símbolos passaram a noite na igreja-mãe da arquidiocese lotada de fieis em vigília.

Na manhã do domingo (8), uma multidão se reuniu diante da catedral para caminharem, meditando a via sacra com os símbolos, por sete quilômetros até chegarem ao Memorial Papa João Paulo II, onde aconteceram shows de atrações da música católica. 

O ápice do Bote Fé Cuiabá foi a grande celebração presidida por dom Milton Santos, concelebrada por dom Vilar, pelo clero cuiabano e animada pelo padre Reginaldo Manzotti. De acordo com a Polícia Militar, 50 mil pessoas participaram do evento.

Ao final dos três dias, o balanço é positivo. De acordo com o assessor arquidiocesano da juventude, padre Fábio Oliveira, responsável pela peregrinação da Cruz e do Ícone em Cuiabá, o objetivo foi alcançado. “Muito mais do que aglomerar uma multidão de pessoas, conseguimos fazer os jovens rezarem e serem atingidos pelo mistério da cruz […]”, afirma o sacerdote. Segundo ele, o que acontece é uma grande metanoia, uma mudança de vida dos que se aproximam do mistério da cruz. “Percebe-se que os católicos voltam a ter orgulho de sua verdadeira identidade, que nasceu da cruz de Cristo”, diz.

Após a missa, a Cruz e o Ícone seguiram para a diocese de Paranatinga, cerca de 320 quilômetros distante da capital do estado.

Pelos enviados especiais Felipe Rodrigues, Fernando Geronazzo e Lucas Dahmer.

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