#ConectadosNoSínodo: Qual a razão em dedicar um Sínodo aos jovens?

#ConectadosNoSínodo: Qual a razão em dedicar um Sínodo aos jovens?

“Através do caminho deste Sínodo, eu e os meus irmãos Bispos queremos, ainda mais, ‘contribuir para a vossa alegria’ (2 Cor 1, 24). Confio-vos a Maria de Nazaré, uma jovem como vós, à qual Deus dirigiu o seu olhar amoroso, a fim de que vos tome pela mão e vos guie para a alegria de um ‘Eis-me!’ pleno e generoso (cf. Lc 1, 38) – Papa Francisco.

 

O Papa Paulo VI instituiu o Sínodo dos Bispos com o Motu próprio “Apostolica sollicitudo”, em 15 de setembro de 1965. De lá para cá diversos temas de grande importância foram debatidos e geraram documentos papais – o último deles foi publicado em 8 de abril de 2016: a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia, sobre o amor na família. Essa série de reflexões é o resultado do último Sínodo – realizado entre outubro de 2014 e outubro de 2015 – dedicado ao tema da família, debatendo “os desafios pastorais da família no contexto evangelização” e “a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

Em 2018, a 15ª edição do Sínodo é dedicada aos jovens, mas qual seria a razão da escolha deste tema?

A palavra “sínodo” vem de duas palavras gregas: “syn”, que significa “juntos” e “hodos”, que significa “estrada ou caminho”. Portanto, um Sínodo é um apoio do episcopado da Igreja Católica ao Papa, discutindo assuntos especiais para auxiliar o Santo Padre no governo da Igreja.

Um comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé destaca que esse tema pretende reforçar a “importância pastoral que a Igreja dá aos jovens”, seguindo o tema da família e a exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia.

“Trata-se de uma proposta para acompanhar os jovens em seu caminho existencial para a maturidade. O objetivo é que, através de um processo de discernimento, eles possam descobrir seu projeto de vida e realizá-lo com alegria, abrindo-se ao encontro com Deus e os homens. Deste modo, a juventude é convidada a descobrir seu projeto de vida e realizá-lo com alegria, abrindo-se ao encontro com Deus e os homens e participando ativamente da edificação da Igreja e da sociedade”, indica o comunicado.

Em janeiro deste ano, por ocasião da apresentação do documento preparatório para o Sínodo, o Papa Francisco dirigiu uma carta à juventude com incentivos de ‘sem medo seguir pelos caminhos aos quais o Senhor chama’.

“Eu quis que vós estivésseis no centro da atenção, porque vos trago no coração. (…) Desejo recordar-vos também as palavras que certo dia Jesus dirigiu aos discípulos, que lhe perguntavam: ‘Rabi, onde moras?’. Ele respondeu: ‘Vinde e vede!’ (cf. Jo 1, 38-39). Jesus dirige o seu olhar também a vós, convidando-vos a caminhar com Ele. Caríssimos jovens, encontrastes este olhar? Ouvistes esta voz? Sentistes este impulso a pôr-vos a caminho? Estou convicto de que, não obstante a confusão e o atordoamento deem a impressão de reinar no mundo, este apelo continua a ressoar no vosso espírito para o abrir à alegria completa. Isto será possível na medida em que, inclusive através do acompanhamento de guias especializados, souberdes empreender um itinerário de discernimento para descobrir o projeto de Deus na vossa vida”.

Recordando a abertura da JMJ da Polônia, quando perguntou aos jovens se as coisas poderiam mudar, Francisco disse ouvir o sim dado como resposta como um ‘brado do vosso jovem coração, que não suporta a injustiça e não pode submeter-se à cultura do descartável, nem ceder à globalização da indiferença’.

“Um mundo melhor constrói-se também graças a vós, ao vosso desejo de mudança e à vossa generosidade. Não tenhais medo de ouvir o Espírito que vos sugere escolhas audazes, não hesiteis quando a consciência vos pedir que arrisqueis para seguir o Mestre. Também a Igreja deseja colocar-se à escuta da vossa voz, da vossa sensibilidade, da vossa fé; até das vossas dúvidas e das vossas críticas. Fazei ouvir o vosso grito, deixai-o ressoar nas comunidades e fazei-o chegar aos pastores”.

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