Juventude do DF se mobiliza contra inclusão de ideologia de gênero na educação

Juventude do DF se mobiliza contra inclusão de ideologia de gênero na educação

Plano Distrital de Educação vai para a CCJ e ao plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira, 16 de junho. Além do contato com os parlamentares, a presença, a partir das 10h, também é importante

Plano Distrital de Educação vai para a CCJ e para o plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira, 16 de junho

Está de volta à pauta de políticas públicas para educação a ideologia de gênero. Desta vez, a questão é discutida nos planos municipais de educação dos 26 estados da federação e no Distrito Federal. Na Câmara Legislativa do DF, o Plano Distrital de Educação (PDE) já passou pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) na semana passada.

Em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) passou pelo Congresso Nacional sem a ideologia, depois de várias tentativas de inclusão da questão no texto. Com esta derrota, o movimento gay traçou esta nova estratégia voltada à decisão dos vereadores e deputados distritais.

A votação do PDE na Câmara Legislativa do DF vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao plenário nesta terça-feira, 16 de junho. Vários deputados já se manifestaram contra a inclusão da questão, mas há ainda muito o que ser feito, já que o projeto tem a data limite de 19 de junho para ser aprovado.

O que fazer?

Sobre a questão, dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, enviou um comunicado, no fim de maio, para o clero de todo o Brasil:

Em nossa reunião do Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP -, de 19 a 20 de maio de 2015, conversamos sobre o processo em curso de elaboração e votação dos Planos Municipais de Educação. (…)

Em muitos municípios, este processo está acontecendo sem a participação dos principais interessados, pais e educadores. A não participação da sociedade civil na escolha do modelo de educação fere o direito das famílias de definir as bases da educação que desejam oferecer a seus filhos.

Urge uma ação de nossa parte, como Bispos. Contando com a atuação dos leigos, especialmente dos pais, dos agentes da pastoral familiar e de educadores, é preciso contatar, com urgência, os vereadores que já estão votando ou virão brevemente a votar. Em diálogo com eles, solicitem conhecer e avaliar o respectivo Plano Municipal, atentando-se a aspectos que precisam ser contemplados, tais como: controle do investimento financeiro do município; garantia de capacitação dos docentes; garantia de infraestrutura de cada unidade escolar, além de expressar nosso posicionamento contrário à inclusão da ideologia de gênero.

Reconhecemos a importância da ação da Igreja em momentos como este. E para tal, contamos com seu apoio e empenho.

A partir deste comunicado vários presbíteros e leigos se movimentaram para impedir que os planos municipais de educação não contivessem a ideologia de gênero nas escolas.

No Distrito Federal, a comissão de Bioética, por meio do grupo de jovens Promotores da Vida, está mobilizando pessoal para impedir a entrada da questão na educação local. Ari Ferreira, coordenador do grupo, é categórico ao afirmar que a ideologia é um erro.

“A ideologia de gênero é um equívoco. Fundamenta-se no erro de que não há diferenças naturais entre homens e mulheres, além daquelas observadas no corpo humano. Segundo essa ideologia, todas as demais características e comportamentos são construídos exclusivamente pela influência da sociedade. Assim cada um poderia escolher ser homem ou ser mulher após a retirada dessa influência. E o que se alcançaria com isso? Dizem: a igualdade plena entre homens e mulheres. Mas, basta uma observação simples do comportamento das crianças para notar que essa ideologia não é confirmada pela realidade”, explica.

Ari destaca que a complementariedade entre os sexos, ao invés de ser um problema, é uma riqueza. “Desde o início da existência humana, meninos e meninas manifestam interesses e ações diferenciadas. E isso é um mal? Gera uma opressão para as mulheres? Não. A beleza dessa complementariedade entre os sexos comprova a importância das relações humanas para o pleno desenvolvimento das crianças e o amadurecimento da personalidade”.

Uma das ações do grupo é a ligação e envio de e-mails para os deputados distritais. “Os deputados e vereadores precisam ouvir os cidadãos nesse tema. Infelizmente as políticas públicas atuais refletem o interesse de minorias pelo desinteresse da maioria em se envolver com a política. Se não nos conscientizarmos sobre a gravidade dessa discussão e as consequências devastadoras dessa ideologia na educação de nossas crianças, correremos o sério risco de perder o sagrado direito de educarmos nossos filhos na verdade e no bem”.

Veja aqui a lista para entrar em contato com os deputados do DF.

Além do contato com os parlamentares, é importante a presença na CCJ e no plenário da Câmara Legislativa para a votação do plano distrital a partir das 10h. A votação deve começar às 11h. Mais informações pelo telefone (61) 3348-8000.

Entenda a questão da ideologia no PDE no seguinte quadro, produzido pelo grupo Promotores da Vida (para ver em alta resolução, clique na imagem).

Ideologia de Gênero -Promotores da Vida

*Por Lilian da Paz

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