Tony Melendez emociona com sua música e exemplo na Cidade da Fé

Tony Melendez emociona com sua música e exemplo na Cidade da Fé


“Com a voz, o violão e o amor de Cristo hoje posso viver esse milagre”. Com essas palavras, o nicaráguo Tony Melendez, hoje residente dos Estados Unidos, foi o artista convidado para encerrar o show do Bote Fé no segundo dia da Cidade da Fé, e atraiu milhares de jovens.

Nascido sem os dois braços, Tony teve uma infância humilde e cresceu sendo zombado pelos amigos da escola. Mas ele nunca ligou para isso. Uma experiência profunda do amor de Cristo, por meio de um beijo do Papa João Paulo II,  lhe deu a certeza de que podia fazer muito mais: tocar violão com os pés e evangelizar milhares de pessoas em mais de 42 países que já passou.

Antes de entrar no palco, Tony recebeu fãs. Um deles, Augusto César, incapacitado de uma perna e músico da Banda Dom, se emocionou ao conhecer o ídolo. “Vejo ele desde pequeno e sempre me espelhei nele. É uma motivação, um exemplo de superação e simplicidade. Já é difícil tocar com as mãos, imagina com os pés. Mas ele toca com a vida dele, é uma referência como músico e instrumento de Deus”, disse.

Para ele, a deficiência só pôde ser aceita quando conheceu a Cristo. “Me sentia incompleto, faltava um pedaço. Mas quando Cristo entrou em minha vida, Ele nos preencheu e me completa, a cada dia”, conta.

A argentina Denise Toll de 21 anos também conseguiu encontrar o artista. Ela é uma das voluntárias da Jornada Mundial da Juventude. “Conhecê-lo me dá esperança. Ele é um exemplo para todos nós. Devemos seguir adianta, independente das dificuldades e não podemos nos dar por vencidos, porque com Cristo podemos tudo”.

Durante o show, o cantor emocionou o público. Suas músicas falavam de amor, esperança e gratidão a Deus. Entre as canções, Tony dialogava com os jovens. “Se eu toco violão com pés, imagina o que vocês não podem fazer?
Parte da peregrinação é aproximarmos do nosso Deus. Não tenham medo da maior forca do mundo”, disse.

Ao final, o cantor chamou ao palco seu irmão mais velho, José Angel Melendez.

“Todos sempre olhavam para o Tony como alguém esquisito e estranho. E apesar de tudo que passou, meu irmão jamais teve raiva ou rancor dessas pessoas ou da sua situação. Eu aprendi a amá-lo como Deus o fez.  Mas, já desejei que ele não fosse incapacitado. Eu não aceitava. Queria que ele jogasse frisbee, futebol e fosse normal. “, contou.

E, uma vez, Tony escutou o irmão se queixar, foi ao quarto, e voltou com um frisbee no ombro. Ele arremessava o disco com o pé, e agarrava com o queixo. “Algumas vezes caía, mas eu consegui. Assim é na vida, jovens, caímos e levantamos. Devemos olhar sempre para o céu”, concluiu o cantor.

Superação
Esta é décima Jornada Mundial da Juventude que o artista participa e a terceira vez que ele vem ao Brasil. Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Jovens Conectados. Confira

Tony, como é ser figura constante nas Jornadas pelo mundo?
É uma emoção. Tenho muito orgulho de ser católico, e poder ver os jovens de diferentes lugares aqui, de uma maneira diferente do que estamos acostumados lá fora.

O que te movia a não desistir diante das dificuldades?
É difícil entender porque as coisas acontecem, porque são assim, mas Jesus é quem ajuda. Ele dá a força todos os dias.

O que diria aos jovens que vivem momentos difíceis em suas vidas?
Quem disse que ia ser fácil? Jesus morreu em uma cruz! A vida não é fácil. Vocês precisam estudar, trabalhar, com muito ânimo no coração. Conheçam o amor de Deus, e vivam tudo junto Dele.

Você vai conhecer um terceiro papa. O que está sentindo?
É uma honra conhecer o Papa Francisco. Para mim, é uma nova mudança. Ele não teve medo de dizer sim. E sei que muita coisa vai mudar.

Para você, quem é Jesus?
Jesus é amor, felicidade. Eu vivo por Ele e minha meta é conhecê-Lo. Todo mundo deve desejar chegar cada vez mais, todos os dias mais perto Dele.

Por Amandda Souza (Jovens Conectados)

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