Pier Giorgio Frassati e a capacidade extraordinária de animar os desanimados

Pier Giorgio Frassati e a capacidade extraordinária de animar os desanimados

Estamos chegando ao fim do mês e com ele o término da campanha “Setembro Amarelo”, mas a conscientização sobre a prevenção ao suicídio devem ser permanentes. E na vida dos santos, beatos, vemos a busca pelo sentido de viver!

Assim, te convidamos a conhecer essa face na vida do Beato Pier Giorgio Frassati (um dos 12 santos jovens indicados pelo Papa Francisco na exortação apostólica pós-sinodal, Christus vivit, como modelo de santidade a ser seguido), contada por Rafael Menegassi Taniguchi autor da biografia dedicada ao beato no Brasil, “Meu Amigo Frassati“.

Tristeza, melancolia e até depressão…

Muitas vezes, estamos cercados de pessoas cheias de sentimentos assim na faculdade, no trabalho e nos nossos círculos de amigos mais próximos – talvez, até nós nos mesmos nos incluamos nesse mundo de sentimentos depreciativos, de desanimo para fazer qualquer coisa, de dificuldade de encontrar o Sentido.

Pier Giorgio Frassati, como todos nós, também convivia com muitas pessoas sem alegria de viver. O que, contudo, ele fazia para conseguir transmitir a ALEGRIA daqueles que realmente se Encontraram com o Bom Deus? Como ele fazia, mesmo nas dificuldades, para viver o “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4, 4)?

Bom, para começar, Frassati era um ‘zoeiro’ nato, é verdade. Curtia aprontar com os amigos, pregava-lhes peças, fazia-os passar vergonha em público. Jogava água gelada na cara dos amigos que demoravam para acordar quando acampavam nas montanhas sem remorso. Ele pouco se importava quando os vizinhos mandavam-no calar a boca de madrugada depois que ele saia, às gargalhadas, das Adorações Noturnas.

A um olhar rápido, pode parecer que essa alegria estrondosa era apenas superficial, um rebuliço de moleque. Não. Pier Giorgio não era daqueles que, para estar alegre, precisava viver anestesiado no álcool ou aprontando. Jovem de profunda vida de oração que era, irradiava aos amigos tristes aquilo que recebia de seu Senhor, sobretudo da Eucaristia. Irradiava, portanto, não um carisma pessoal, mas a alegria do próprio Jesus Cristo.

Sobre essa capacidade extraordinária que tinha de animar os desanimados, um amigo confessa:

“Na faculdade, ficava sempre em um lugar a parte, pois tinha certo desprezo pelos meus colegas, que considerava inferiores a mim. De repente, prestei atenção em um jovem robusto, de pele bronzeada, que estava conversando em um grupo de rapazes: era Frassati. Ele falava sobre o catolicismo. Aquelas ideias fizeram-me rever meu passado, minha concepção de vida e do próprio cristianismo. Tornei-me seu amigo daí em diante e, apesar de ser inclinado ao desanimo e à tristeza, não me lembro de ter cedido uma só vez à depressão durante os quatro anos em que fui seu amigo”.

Um outro amigo diz:

“Certo dia, voltando das férias de Natal, senti durante toda a viagem uma tristeza de morte. Quando vi, porém, Pier Giorgio me esperando na estação, minha melancolia se transformou rapidamente em uma alegria tão íntima e pura que não pude conter as lágrimas. Quantas vezes não o esperei em meu quarto, nas horas de abatimento e desanimo, para que me reanimasse apenas com sua presença!”.

Assim como Pier Giorgio Frassati, que possamos ser a presença concreta, alegre e vivificadora de Nosso Senhor Jesus Cristo na vida das pessoas que estão ao nosso redor.

“O cristianismo é alegria!” Pier Giorgio Frassati.

 

por Rafael Menegassi Taniguchi autor da biografia dedicada ao beato no Brasil, “Meu Amigo Frassati“.

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