Os Papas e a juventude: a influência dos Pontífices na atualidade

Os Papas e a juventude: a influência dos Pontífices na atualidade

29 de junho – Dia do Papa

Ao ouvir de Jesus: “E eu digo Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18), Pedro, que era um simples pescador e passou a pescar homens para Jesus, é escolhido para ser o primeiro Papa da Igreja. Então, neste dia 29 de junho quando é celebrada a festa de São Pedro também é celebrado o “dia do papa”.

Hoje, o Papa Francisco é o 266º sucessor de Pedro, mas certamente não é o primeiro papa a amar e a dirigir-se aos jovens em diversos momentos, vejamos alguns deles…

 

O Papa polonês num encontro com os jovens Sala Paulo VI em 28/03/1986. (Foto: Vatican News).

No começo do pontificado de João Paulo II, em 1978, ele declarou: “Vocês são a esperança da Igreja e do mundo. Vocês são a minha esperança”, iniciando, por assim dizer, um novo tempo em que os jovens não mais seriam vistos pela sociedade em geral como “contestadores e revolucionários” como vinha acontecendo em décadas anteriores.

Ao longo de 27 anos, João Paulo II se referia constantemente aos jovens, inclusive nos documentos pontifícios. Em 1985, Ano Internacional da Juventude, foi publicada a carta apostólica “Dilecti Amici” (‘Caros amigos’, em tradução livre), onde diz: “A Igreja olha para os jovens; antes, a Igreja de um modo especial, vê-se a si mesma nos jovens, em todos vós e, ao mesmo tempo, em cada um e em cada uma de vós”.

Podemos dizer que um grande símbolo dessa união da juventude e os papas ao longo dos tempos foram as Jornadas Mundiais da Juventude, as JMJ. Na primeira delas, no ano de 1986 em Roma, o então Papa João Paulo II fala mais uma vez de esperança.

“A Jornada da Juventude significa precisamente isto: sair ao encontro de Deus, que entrou na história do homem mediante o mistério pascal de Jesus Cristo. Entrou nela de maneira irreversível. E quer encontrar primeiro vocês, jovens, e dizer a cada um: Siga-me, eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

Continuando com o bastão passado por João Paulo II, o Papa Bento XVI seguiu para a JMJ em Colônia, na Alemanha, em 2005 e disse aos jovens:

“Sei que vocês, como jovens, aspiram grandes coisas, e querem se comprometer por um mundo melhor. Demonstrem aos homens, demonstrem ao mundo, que aguarda precisamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo e que, sobretudo mediante o seu amor, poderá descobrir a estrela que nós seguimos”.

Na JMJ Sidney 2008, Bento XVI destacou que a Igreja precisa da fé, da generosidade e do idealismo dos jovens para que possa ser sempre jovem em Espírito, e conclamou: “Caros jovens amigos, o Senhor está pedindo que vocês sejam os profetas desta nova era, mensageiros do seu amor”.

Já o Papa Francisco, na sua primeira JMJ no Rio de Janeiro em 2013, sendo também o primeiro ano de seu pontificado, lança três palavras: ide, sem medo, para servir.

“Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe mais alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo”.

Francisco segue trabalhando a temática das juventudes: entre os principais eventos de seu pontificado está o Sínodo dos Bispos 2018, dedicado aos jovens e que teve por tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”; também na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, lançada em 2019, diz: “Jesus é ‘jovem entre os jovens, para ser o exemplo dos jovens e consagrá-los ao Senhor’. Por isso, o Sínodo disse que ‘a juventude é um período original e estimulante da vida, que o próprio Jesus viveu, santificando-a’” (CV 22).

Por fim, o pontífice se refere aos jovens como “profetas com asas” em seu livro “Deus é jovem”, escrito a partir de uma entrevista a Thomas Leoncini. A obra aborda diversos aspectos relacionados à juventude e destaca o diálogo dos jovens com os idosos.

“Para entender um jovem hoje, você deve entendê-lo em movimento, não pode ficar parado e esperar se encontrar na sua sintonia. Se quisermos dialogar com um jovem, devemos ser móveis, e então será ele quem vai diminuir a velocidade para nos escutar, será ele quem decidirá fazer isso. E, quando diminuir a velocidade, começará outro movimento: um movimento em que o jovem começará a estar em um ritmo mais lento para se fazer ouvir, e os idosos acelerarão para encontrar o ponto de encontro. Ambos se esforçam: os mais jovens para andar mais lentamente, e os mais velhos para andar mais rápido”.

Assim é Francisco, um papa que faz selfies, que sorri e faz piadas, que fala de maneira simples e direta, um pontífice presente nas redes sociais e que se tornou “um papa para os jovens, com os jovens, pelos jovens”.

Por Juliana Cuani, da Redação do Jovens Conectados.

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