O que é Indulgência Plenária e a Bênção Urbi et Orbi?

O que é Indulgência Plenária e a Bênção Urbi et Orbi?

Mas você sabe ao certo o que é indulgência e como obter?

O canal Jovens Conectados fez uma pesquisa (27/03) no Instagram (@jconectados) para identificar o percentual de jovens que detém o conhecimento da temática. Para a nossa alegria 60% do público jovem da rede social sabe o que é a indulgência plenária, mas 40% desconhece ou tem dúvidas! Então, vamos esclarecer!

Clique aqui, para conferir a pesquisa do Instagram.

Créditos: Vatican Media

A palavra indulgência, segundo o dicionário Aurélio, vem do verbo indulgenciar; perdoar.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório a remissão das penas temporais, consequências dos pecados” (CIC, §1498).

Para que possamos entender mais, o Papa Paulo VI (1963-1978), na Constituição Apostólica Doutrina das Indulgências (DI), fala com clareza toda a verdade sobre este assunto. Começa dizendo que:

“A doutrina e o uso das indulgências vigentes na Igreja Católica há vários séculos encontram sólido apoio na Revelação divina, a qual vindo dos Apóstolos “se desenvolve na Igreja sob a assistência do Espírito Santo”, enquanto a Igreja no decorrer dos séculos, tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras de Deus (Dei Verbum, 8)” (DI, 1).

Assim, fica claro que as indulgências têm base sólida na doutrina católica (Revelação e Tradição) e, como disse Paulo VI, “se desenvolve na Igreja sob a inspiração do Espírito Santo”.

Todos que pecam, além do pecado tem a consequência do pecado. Entenda que, o pecado tem duas consequências: a culpa e a pena. A culpa é perdoada na Confissão; a pena, que é a desordem que o pecado provoca no pecador e nos outros, e que precisa ser reparado, é eliminada pela indulgência que pode ser plenária (total) ou parcial.

Fazendo uma analogia: Um indivíduo belisca o outro, em algum momento este individuo se arrepende de ter beliscado, mas não se sabe que consequência aquele beliscão teve na vida do outro, ou para os que rodeiam. A indulgência, por sua vez, apaga a “pena” do pecado. Apaga as “desordem” do pecado, as consequências.

Decreto da Penitenciaria Apostólica

Como ganhar a indulgência plenária? Diante da emergência do coronavírus, a Igreja oferece a possibilidade de obter a Indulgência plenária para os fiéis enfermos com coronavírus, bem como para os profissionais de saúde, familiares e todos aqueles que, a qualquer título, cuidam deles, até mesmo com a oração. É o que estabelece um Decreto da Penitenciaria Apostólica publicado, nesta sexta-feira (20/03), e assinado pelo penitencieiro-mor, cardeal Mauro Piacenza, e pelo regente do dicastério, mons. Krzysztof Nykiel.

O Decreto diz que para obter a Indulgência plenária, os doentes de coronavírus, os que estão em quarentena, os profissionais de saúde e familiares que se expõem ao risco de contágio para ajudar quem foi afetado pelo Covid-19, também poderão simplesmente recitar o Credo, o Pai-Nosso e uma oração a Maria.

Os outros poderão escolher entre várias opções: visitar o Santíssimo Sacramento ou a adoração eucarística ou ler as Sagradas Escrituras por pelo menos meia hora, ou rezar o Terço, a Via-Sacra ou o Terço da Divina Misericórdia, pedindo Deus, a cessação da epidemia, o alívio para os doentes e a salvação eterna daqueles a quem o Senhor chamou a si.

A indulgência plenária também pode ser obtida pelos fiéis que, no momento de morte, não tiveram a possibilidade de receber o Sacramento da Unção dos Enfermos e do Viático: neste caso, recomenda-se o uso do crucifixo ou da cruz.

“Quanto à absolvição coletiva”, explica a Penitenciaria, “o sacerdote deve avisar, dentro dos limites possíveis, o bispo diocesano ou, se não puder, informá-lo o mais rápido possível”. “De fato, cabe sempre ao bispo diocesano”, sublinha a nota, “determinar, no território de sua circunscrição eclesiástica e em relação ao nível de contágio pandêmico, os casos de grave necessidade em que é permitido dar absolvição coletiva: por exemplo, na entrada das repartições hospitalares, onde se encontram internados os fiéis contagiados em perigo de morte, utilizando na medida do possível e com as devidas precauções, os meios de amplificação da voz a fim de que a absolvição possa ser ouvida”.

Clique aqui, para fazer ler o Decreto da Penitenciaria Apostólica.

Bênção Urbi et Orbi 

A expressão latina “Urbi et Orbi” significa “à cidade [de Roma] e ao mundo”. Esse é o nome dado à bênção pronunciada pelo Papa, na sacada central da Basílica São Pedro, em três ocasiões.

Todos os anos, o rito é celebrado no dia de Natal e no dia da Páscoa, as maiores festas cristãs. Além dessas datas, a bênção é concedida no dia da eleição de um novo Papa, logo após o resultado do Conclave.

No dia 27 de março de 2020, o Santo Padre, o Papa Francisco, dará uma Bênção Urbi et Orbi extraordinária, com a Praça de São Pedro vazia. Essa decisão foi tomada devido à atual pandemia de coronavírus (COVID-19), para permitir que as pessoas que acompanhem pelos meios de comunicação possam lucrar a indulgência plenária.

O Santo Padre dirigirá um momento de oração no átrio da Basílica de São Pedro, às 18h (horário de Roma) e 14h (horário de Brasília), depois de rezar com a Palavra de Deus e Adoração ao Santíssimo Sacramento, o Papa concederá a Bênção Urbi et Orbi extraordinária.

“Presidirei um momento de oração no átrio da Basílica de São Pedro. Com a Praça vazia. Desde já, convido todos a participarem espiritualmente através dos meios de comunicação. Ouviremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual, ao término, darei a Bênção Urbi et Orbi à qual será unida a possibilidade de receber indulgência plenária”, afirmou o Papa.

Assim, o Pontífice também explicou:

“Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos com que as pessoas mais sozinhas e em maiores provações sintam a nossa proximidade”.

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Fonte:

• Livro: O que são as indulgencias – Prof. Felipe Aquino
• Catecismo da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana. Ed. Loyolas
• Carta Apostólica Indulgentiarum Doctrina, 1o de jan. de 1967, n. 11. 3. Cf. ib. 4. Cf. Conc. Vat.
• Decreto da Penitenciaria Apostólica

da redação com colaboração dos portais: A12, Arquidiocese de Brasília e vatican.va 

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