Mídias Sociais na vida do Leigo Católico

Mídias Sociais na vida do Leigo Católico

As mídias sociais vieram para ficar isto é fato; a Web 2.0 faz parte da vida de toda basta saber ler e entender um pouco de computador. Elas se propagam de uma maneira ilimitada; é fato que tem se as redes sociais mais populares no Brasil, como Orkut, Twitter e Facebook, mas ainda existem redes cada vez mais segmentadas, por interesses e assuntos.

Smartphones, notebooks, computadores estão cada vez mais acessíveis para todas as classes sociais. Tem se tornado comum em todas as rodinhas de conversas, dos mais jovens aos mais velhos; em outros tempos pedia-se o e-mail da pessoa, hoje o e-mail é só um bônus, pois a primeira pergunta é – Você tem Facebook?

O mundo tem emitido cada vez mais ruídos, afastando da Igreja os mais jovens de modo principal; há se o habito de usar as redes sociais pelos incrédulos considerados ateus e até mesmo por pessoas que julgam existir outros deuses e publicam crenças falsas, fazendo necessário o combate espiritual e a evangelização e resgate em nome de Cristo.

Como na televisão e no radio, podemos e devemos usar a web, por meio de redes sociais e blogs, para evangelizar e levar o nome de Deus para todas as gerações e lugares; mas claro um dos conselhos do Vaticano é que utilizemos as redes somente como um pré contato ou manutenção, um auxiliar de diálogos, incentivo de debates e caridade para com o próximo, mas sempre deve haver o “contato humano entre irmãos” e a presença na Igreja e em suas manifestações. “Na busca de compartilhamento, de amigos, há o desafio de ser autêntico e fiel, e de não ceder à ilusão de construir um perfil público artificial”, afirma o Papa Bento XVI.

O Vaticano que possui seu perfil oficial no Twitter e dispõe também de uma página no Facebook onde é possível acompanhar o processo de beatificação do Papa João Paulo II, fazendo assim com que os fieis se sintam mais próximos de sua Instituição Religiosa e sintam-se mais esclarecidos sobre diversos assuntos da Igreja.

“A Igreja sabe que os meios de comunicação mudaram muito e que precisa levar em conta as novas mídias. O Papa conhece bem a importância das redes sociais, sobretudo para se comunicar com os jovens”, disse Gustavo Entrala, presidente-executivo da Agencia 101, que assessora o Vaticano. Com a percepção desta tendência a Igreja Católica se posicionou:

“Também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos contextos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele”, enfatizou Bento XVI.

Durante este ano pudemos acompanhar nas redes sociais o JMJ – Jornada Mundial da Juventude – através de 21 idiomas, o que permitiu que quem não pode ir a Madri, ficasse por dentro de todas as informações e acontecimentos mais relevantes.

Algumas igrejas tomaram o posicionamento de celebrar a santa missa e transmiti-la por twitcam, uma “reforma” da midiatização, afinal há muitos anos canais de televisão já transmitem nos seus primeiros horários de programação a santa missa.

É possível também encontrar em blogs o  YouCat, que é uma obra composta por 527 perguntas e respostas diretas que abordam assuntos da vivência cotidiana da fé católica respondendo as principais dúvidas dos jovens, em seis idiomas; um “catecismo” produzido especialmente para o JMJ.

Para alguns a entrada da Igreja Católica nas redes sociais levantam polemicas, como se “estivessem vendendo um produto”, mas o que podemos ver é que com toda a “agitação” do mundo moderno, o excesso de compromissos, a busca por conhecimento nos impede de “fazer buscas e estudos” por exemplo, alegando que nunca temos tempos, ai neste ponto estamos lá no face ou twitter – uma pesquisa realizada comprova que homens e mulheres de 14 a 35 anos passam ao menos 04 horas por dia – e de repente nos deparamos com uma formação, um testemunho que pode nos aproximar ainda mais de Deus; comprovando isto vemos a opinião do Pe. Marcelo Rossi:

“A Igreja tem que entender que ela tem que entrar nas redes sociais, este é o meu objetivo principal: tocar o jovem. Eles têm muita informação e pouca formação, não sabem nem o que prestar no vestibular… Como lidar com tanta informação? Este é o meu trabalho, evangelizar [as pessoas].”

O padre conta que, dentre as redes sociais, prefere o Facebook e tem oito perfis lá. “Amo o Facebook. Tenho iPhone, então sempre mando mensagens por lá. Twitter não gosto muito, não interajo tanto com ele, mas o ‘face’ sou apaixonado. Onde estou, se estou no carro, estou sempre digitando”, diz. Segundo o religioso, seu site tem mais de 02 milhões de e-mails inscritos em sua newsletter. “Tudo isso ajuda, é um meio de comunicação”, diz.

Sendo assim vale as regras de bom senso e educação, como para qualquer área, mas muito mais que isso pesa o amor ao próximo e o sentido de evangelização.

Então vamos lá, evangelizar na web 2.0? Estou te esperando viu.

Por Kamila Mendonça
Publicitaria e Radialista

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