Juventude no Pacto Educativo Global

Juventude no Pacto Educativo Global

jovem imigrante sorrindo com outros jovens atras dele

Foto: ANEC

Um pacto global pela educação é o novo convite que o Papa Francisco estende a todas as gerações com a proposta de renovar o entusiasmo e compromisso com um processo educativo que forme para o bem e para a paz. A proposta do Papa inclui de forma especial os jovens, que devem colocar suas melhores energias em uma educação que gere compromisso com a vida e com o bem comum. A proposta tem o objetivo de construir uma aliança entre escola, universidade, família, Igreja e sociedade com suas melhores energias, para colocar no centro o desenvolvimento integral da pessoa e a proteção da Casa Comum.

Não é de hoje que a educação tem sido um espaço da presença da Igreja. Lembremos que, na história junto às catedrais e mosteiros, se desenvolveram as escolas e universidades e várias congregações religiosas foram fundadas com a missão de educar crianças e jovens. De forma especial, desde o Concílio Vaticano II, se tem insistido que o progresso social da humanidade passa, necessariamente, pela educação que é compreendida como um “bem comum” e um “direito universal”.

Francisco, sensível a essas exigências, propôs para o ano de 2020 a realização de um Pacto Educativo Global, envolvendo toda a sociedade para que se renove a paixão por uma educação mais aberta e inclusiva em prol das futuras gerações.  O próprio estilo do Papa mostra como ele é um grande educador. Suas histórias e comparações, suas reflexões e interação com as pessoas apontam para um jeito muito humano de educar.  Seus discursos em favor de uma educação que seja fruto do empenho da família, da escola e da sociedade apresentam o ideal do pacto educativo.

Ao propor a celebração de um Pacto, o Papa reconhece a necessidade de unir esforços para formar pessoas maduras e com responsabilidade na construção do bem comum. Inspira-se no provérbio da sabedoria africana, que afirma que “para educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”. A imagem da aldeia evoca uma ampla aliança pela educação que incumbe de responsabilidade não apenas determinados atores sociais, mas pressupõe um envolvimento de toda sociedade. Como afirma o Papa Francisco: “nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”.

Francisco dirige um apelo especial aos jovens para que participem das reflexões sobre o Pacto Educativo e se sintam corresponsáveis por construir um mundo melhor.  As juventudes são também chamadas a entrar nesta roda e dar sua contribuição, partilhando seus sonhos e assumindo o compromisso de construir a Civilização do Amor.

Por Irmã Valéria Andrade Leal, assessora interna da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ)

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