Jovens e adultos em situação de rua são tema de musical apresentado por Ziza Fernandes

Jovens e adultos em situação de rua são tema de musical apresentado por Ziza Fernandes

‘Arsenal – As Armas da Paz’, musical conta a história do Arsenal da Esperança (SERMIG) e será apresentado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

 

Em uma estação de trem, uma jovem é abandonada pela mãe. Sozinha, a Praça da Sé, no centro de São Paulo, torna-se o seu lar, e, em um gesto desesperado, ela faz reféns Ernesto Olivero e Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida.

A juventude roubada de “Coturno” (nome da criança deixada nas ruas) pode ser retomada, na medida em que seus prisioneiros lhe contam a história do centro de acolhida a pessoas em situação de rua, o Arsenal da Esperança, e lhe ensinam, pelo diálogo, o lema que os edifica: “A bondade desarma”.

É com esse enredo que alunos do Curso de Expressão Viva (CEV), da Oficina Viva Produções (produtora liderada por Ziza Fernandes), faz ecoar de forma inovadora em 2019 o musical “Arsenal – As Armas da Paz”.

Transformação Humana

Tudo começou durante o Ano da Misericórdia instituído pelo Papa Francisco para acontecer em 2016. Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, propôs à cantora Ziza Fernandes a produção de um teatro musical que tivesse engajamento com as obras de misericórdia.

“Nós começamos um trabalho de pesquisa. Fomos ao Arsenal da Esperança (SERMIG) para conhecer. Estive na Itália para fazer as entrevistas necessárias a fim de construir o roteiro. Nós começamos um vínculo que hoje já não é só sobre o musical. O Arsenal se tornou a nossa casa, é lá que todos os ensaios acontecem e, desde 2016, nós continuamos nessa unidade, o trabalho é ininterrupto”, contou Ziza, que também é a idealizadora da Oficina Viva.

Para a artista, o que mais aproxima esses dois importantes projetos é a busca por Deus e a maneira como eles educam e integram o ser humano na sociedade. A vivência artística, segundo ela, não é uma particularidade apenas da Oficina Viva, mas um bom exemplo da comunhão fraterna entre eles.

“A arte é uma forma de vivência e integração, de elucidação de si próprio, e no Arsenal acontece a mesma coisa – muitos internos são reintegrados por meio de uma intervenção artística, pois o Ernesto (fundador da obra) diz que onde não há beleza, não há esperança”, completou.

A Narrativa

A roteirista do espetáculo, Maria Helena Alvim, recordou que, quando foram apresentadas as sete opções de atividades misericordiosas que ocorriam na cidade de São Paulo, foi por unanimidade a decisão de narrar e cantar sobre o Arsenal da Esperança. O enredo que hoje dá vida à história é resultado de três experiências. A roteirista contou à reportagem que era necessário inserir uma terceira personagem, sem se esquecer dos que, em sua percepção, são as figuras centrais de todo o enredo: Ernesto Olivero e Dom Luciano Mendes. Ao ouvir daqueles que vivem e conhecem o lar de acolhida, ela decidiu preservar seu lema: “A bondade desarma” e fazer dele um fio condutor.

Dessa forma, o diálogo entre os dois prisioneiros e “Coturno” vai, pouco a pouco, desarmando a criança, a ponto de que ela se deixe cuidar e ser acolhida pelo próprio Arsenal da Esperança, exemplificando concretamente o trabalho desenvolvido por eles.

Foto: Rodrigo Roncolato

 

Sobre a Oficina Viva 

A Oficina Viva é uma produtora liderada por Ziza Fernandes, que tem como objetivo aliar-se à beleza em todos os seus projetos, além disso dar formação humana e musical a cantores (mas não apenas) em todo o país. Atuando em atividades, que compreendem produção de shows, de produtos audio-visuais, musicais como o Show Viva, pocket shows, workshops e cursos de desenvolvimento humano para artistas.

Por trás desse sucesso, a dedicação amorosa de uma cantora que, sendo também musicoterapeuta, se lançou à missão de compartilhar experiência e lapidar o talento bruto de cantores brasileiros. “Cada pessoa tem o seu tom, cada voz, a sua exclusividade e cada sentimento, a sua verdade”, explica Ziza. “E a Oficina Viva é isso: uma busca do timbre próprio de cada ser humano através da beleza, da bondade e da verdade”.

Sobre o Arsenal da Esperança

O SERMIG foi fundado em 1964 por dois jovens recém-casados, Ernesto Olivero e Maria Cerrato, para realizar o sonho de derrotar a fome no mundo. No início, eram um grupo de jovens que se reuniam para falar de paz, rezar e encontrar formas de arrecadar recursos para ajudar missionários de diversos grupos espalhados pelo mundo.

Aquele sonho foi crescendo… dia após dia, tornou-se escolha, compromisso e estilo de vida para os que se aproximavam e se dispunham a ajudar. No dia 2 de agosto de 1983, depois de muitos anos de perseverança no trabalho pela paz e de crescimento na oração e no diálogo com pessoas de boa vontade, Ernesto Olivero e seus amigos receberam a autorização para entrar nas instalações do antigo arsenal militar de Turim. O local estava em ruínas, mas eles sentiam que estavam entrando em uma profecia: transformar um lugar de guerra em um lugar de paz. Aquele local passou a se chamar Arsenal da Paz, e o trabalho cresceu mais ainda. Hoje, o SERMIG – Fraternidade da Esperança e seus amigos já realizaram cerca de 3.400 projetos de desenvolvimento em 92 países e promoveram mais de 77 ações de paz em países em guerra, como Líbano, Somália, Ruanda, Moçambique, Iraque, Israel, Palestina. Outras casas foram abertas depois: o Arsenal da Esperança, no Brasil, e o Arsenal do Encontro, na Jordânia.

Serviço

São Paulo – 15 e 16 de outubro, às 21h
Local: Teatro Tuca; R. Monte Alegre, 1024 – Perdizes

Rio de Janeiro – 5 de novembro, às 19h e às 21h
Local: Theatro NET Rio; 2º Piso, Rua Siqueira Campos, 143 – Copacabana

Ingressos disponíveis no site: http://oficinavivaproducoes.com/arsenal

da redação com informações da Oficina Viva Produções

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