Jovens de diferentes expressões debatem relação Igreja e juventude

Jovens de diferentes expressões debatem relação Igreja e juventude

Protagonismo juvenil, formação de assessores, maior integração das expressões, falta de recursos humanos e materiais e eventos que marcaram a juventude brasileira nos últimos dois anos. Estes foram alguns dos avanços e desafios apontados pelos jovens que comporam a mesa de debates na tarde desta quinta, 12, segundo dia do Encontro de Revitalização.

Representando as Pastorais de Juventude, movimentos, novas comunidades, grupos paroquiais e congregações, participaram Thiesco Crisóstomo da Pastoral da Juventude (PJ), de Marabá (PA);  Alex Bastos da Juventude Franciscana (Jufra), de São Paulo (SP); Everson Donizete Araújo, do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), de São Paulo (SP); Bruno Carvalho de Melo, de um grupo de jovens paroquial da Arquidiocese de Pelotas (RS) e Diogo Rocha, da Comunidade Shalom.

Cada um trouxe, de acordo com a visão de sua expressão, os pontos positivos e as problemáticas enfrentadas pelos jovens e pela Igreja no processo de evangelização da juventude. Contudo, a mesa também deu lugar a quem não participa ativamente da Igreja: a jornalista Suzi Amanda de Souza, 32, de Brasilia (DF), foi convidada a responder como ela enxerga a Igreja Católica em sua relação com os jovens.

Em sua fala, Suzi contou um pouco de sua trajetória e os motivos pelos quais ela se afastou da comunidade paroquial. Muito jovem, ela assumiu responsabilidades como a catequese e equipe de liturgia. Contudo, se viu em conflito devido a estas responsabilidades e ao ver que os jovens as recebem, buscam conquistar quem está fora da Igreja, mas eles mesmos podem não ter se deixado conquistar por Cristo.

“É fácil entrar na Igreja quando adolescente, mas o desafio é mantê-lo”, apontou a jornalista ao ressaltar que os responsáveis por juventude precisam instruir mais as crianças, adolescentes e jovens sobre a importância da religião, além de enfatizar sobre a necessidade de acolhimento e boas homilias nas Missas para o público juvenil.

Por fim, Suzi destacou que os jovens precisam ouvir mensagens que os agreguem como pessoas e cristãs e que o único lugar onde podem ser “fracos” e eles mesmos é a Igreja.

Confira abaixo os principais pontos de avanços e desafios apresentados pelos jovens católicos:

Avanços 

– Proximidade das PJs com movimentos e novas comunidades

– Criação da Comissão Episcopal para a Juventude

– Enfoque maior aos jovens a partir de eventos como a CF 2013 e JMJ

– Favorecimento ao protagonismo e liderança jovem nas novas comunidades

– Maior espaço para a construção de novos métodos de evangelização, através dos meios de comunicação, artes, músicas etc

Desafios 

– Necessidade de fortalecer o protagonismo do leigos e de formação juvenil e de seus assessores

– Burocratização no relacionamento com os jovens

– Restrição ao espaço físico das igrejas para a evangelização

– Estruturas rígidas nas paróquias que, muitas vezes, envelhecem os jovens

– Escassez de recursos humanos e materiais para a realização de projetos de juventude

Por Gracielle Reis

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