Memórias JMJ Rio – 2013: 10 trechos das palavras do Papa Francisco

Memórias JMJ Rio – 2013: 10 trechos das palavras do Papa Francisco

Celebrando o aniversário de sete anos da inesquecível Jornada Mundial da Juventude Rio de Janeiro 2013, separamos dez trechos dos pronunciamentos do Papa Francisco que marcaram o encontro e ainda hoje ecoam em nosso coração. Confira!

 

1 – ABRIR A PORTA DO CORAÇÃO

Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!(Cerimônia de boas-vindas, Palácio Guanabara – 22 de julho)

2 – COLOCAR MAIS ÁGUA NO FEIJÃO

Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês, me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração. Isso é assim porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o nosso tempo – não ficamos mais pobres, mas enriquecemos. Sei bem que quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode “colocar mais água no feijão”! Se pode colocar mais água no feijão? … Sempre? … E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração! (Visita à Comunidade de Varginha/Manguinhos, 25 de julho)

3 – FAÇAM BARULHO!

Desejo dizer-lhes qual é a conseqüência que eu espero da Jornada da Juventude: espero que façam barulho. Aqui farão barulho, sem dúvida. Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos. As paróquias, as escolas, as instituições são feitas para sair; se não o fizerem, tornam-se uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG. Que me perdoem os Bispos e os sacerdotes, se alguns depois lhes criarem confusão. Mas este é o meu conselho. Obrigado pelo que vocês puderem fazer. (Encontro com os jovens argentinos – Catedral de São Sebastião – 25 de julho)

 

4 – BOTE FÉ, BOTE ESPERANÇA, BOTE AMOR!

Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então “bota” o sal; falta o azeite, então « bota» o azeite… «Botar», ou seja, colocar, derramar. É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: «bote fé» e a vida terá um sabor novo, a vida terá uma bússola que indica a direção; «bote esperança» e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; «bote amor» e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. «Bote fé», «bote esperança», «bote amor»! Todos juntos: Bote fé, bote esperança, bote amor! (Festa de acolhida dos jovens, Praia de Copacabana – 25 de julho)

5 – CRISTO ESTÁ SEMPRE PRÓXIMO

O primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de «Terra de Santa Cruz». A Cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e em muitos outros povos: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, por pequena ou grande que seja, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco. (Via-Sacra com os jovens, Praia de Copacabana – 26 de julho)

6 – PROCURAR E ENCONTRAR OS JOVENS

Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, na nossa instituição paroquial ou na nossa instituição diocesana, quando há tanta gente esperando o Evangelho! Mas sair… enviados. Não se trata simplesmente de abrir a porta para que venham, para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Incitemos os jovens para sair. Vão certamente fazer asneiras… não tenhamos medo! Os Apóstolos fizeram-nas antes de nós. Incitemo-los para sair. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não freqüentam a paróquia. Eles são os convidados VIP. Saiamos à sua procura nos cruzamentos das estradas. (Santa Missa com os bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas, Catedral de São Sebastião – 27 de julho)

 

7 – SEJAM OS PROTAGONISTAS DA MUDANÇA

O coração de vocês, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Acompanho as notícias do mundo e vejo que muitos jovens, em tantas partes do mundo, saíram pelas estradas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas estradas; são jovens que querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que tem o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não «olhem da sacada» a vida, entrem nela. Jesus não ficou na sacada, mergulhou… «Não olhem da sacada» a vida, mergulhem nela, como fez Jesus. (Vigília com os jovens, Praia de Copacabana – 27 de julho)

8 – A IGREJA E O PAPA CONTAM COM VOCÊS!

Ide, sem medo, para servir. Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe mais alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. (…) Quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Queridos jovens, Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! (Santa Missa, Praia de Copacabana – 28 de julho)

 

9 – TER A CORAGEM DE IR CONTRA A CORRENTE

Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, crê que vocês não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E tenham também a coragem de ser felizes! (Encontro com os voluntários, Pavilhão 5 do Rio Centro – 28 de julho)

10 – ATÉ BREVE E REZEM POR MIM

O meu pensamento final, minha última expressão das saudades, dirige-se a Nossa Senhora Aparecida. Naquele amado Santuário, ajoelhei-me em prece pela humanidade inteira e, de modo especial, por todos os brasileiros. Pedi a Maria que robusteça em vocês a fé cristã, que é parte da nobre alma do Brasil, como também de muitos outros países, tesouro de sua cultura, alento e força para construírem uma nova humanidade na concórdia e na solidariedade. O Papa vai embora e lhes diz “até breve”, um “até breve” com saudades, e lhes pede, por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos. Que Deus lhes abençoe! (Cerimônia de Despedida, Aeroporto Tom Jobim – 28 de julho)

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