Igreja e Rock: será que combina?

Igreja e Rock: será que combina?

O ritmo que surgiu nos Estados Unidos na década de 1950 se espalhou por todo mundo, se reinventando a cada geração e se subdividindo em diversos estilos como o Punk Rock, Pop Rock e o Rock Alternativo. O rock que sempre foi visto como uma música que representava a rebeldia dos jovens, hoje é usado para a evangelização.

mika070312077-originalO ritmo tem atraído para a Igreja muitos jovens que já gostavam desse estilo, como salienta o padre Omar Raposo.

“Se a música é criação de Deus e dom especial dado àqueles que se prestam a louvar o Senhor, acredito que este [o rock] pode ser um importante canal de evangelização”, esclarece.

Considerado também um ritmo forte que deixa os jovens exaltados, o rock pode se adequar para ser usado como meio de evangelização, afirma o membro da Academia Internacional de Música e Reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar.

É o que pensa também o músico e doutor em teologia e espiritualidade, padre João Carlos Almeida, SCJ, conhecido como Pe. Joãozinho. “O rock é um ritmo como outro qualquer. E um ritmo não é bom ou ruim, o que é bom ou ruim é o coração que está batendo por trás daquela batida. Como diz Jesus: ‘a boca fala do que o coração está cheio’. Assim eu acho que o ritmo fala do que o coração está cheio”.

Vencendo preconceitos

A alegria do rock atrai muitos jovens, mas o rock católico ainda sofre preconceito tanto por parte dos roqueiros do mundo secular, porque as letras falam de Cristo, quanto dos cristãos que não gostam de rock.

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Banda A.U.B.

“O mais importante é estar junto da molecada e de quem gosta desse ritmo, mas louvando a Deus e caminhando numa vida saudável, uma vida de santidade no dia-a-dia junto a Deus”, diz Fabrício, da banda A.U.B.

A maioria dos músicos são acompanhados por padres e bispos, e para eles a obediência à Igreja é essencial para continuar o trabalho.

“A gente sofre um pouco de dificuldade por parte de quem não tem Jesus como seu Senhor e Salvador, e quem é cristão tem preconceito porque é rock. Mas se a gente faz isso é porque fomos chamados [por Deus]. Mas acredito que todos aqueles que são chamados a evangelizar sofrem algumas dificuldades”, conta o vocalista da banda A.U.B.

Rock na Liturgia

Porém os próprios integrantes das bandas concordam que o rock pesado não é o melhor ritmo para tocar nas Missas.

“Existem formas de batida que usamos o tempo inteiro e que tecnicamente são consideradas rock. Mas um rock pesado não acredito que possa nos elevar. Não só o rock pesado, assim como qualquer ritmo que tem outro tipo de propósito, que não litúrgico, não pode ser usado durante a Missa”, salienta padre Joãozinho.

Mas o ritmo atrai os amantes do rock trazendo a eles uma sensibilidade para as coisas sagradas. “Toda boa música pode nos conduzir a uma realidade espiritual”, enfatiza padre Omar.

Por cancaonova.com (grifo nosso)

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