Há um ano, jovens acolhiam o Papa Francisco na JMJ Panamá

Há um ano, jovens acolhiam o Papa Francisco na JMJ Panamá

O sol mal tinha aparecido e os jovens já começaram uma invasão do bem no Campo Santa Maria la Antigua, na Faixa Costeira da Cidade do Panamá. Era dia 24 de janeiro, muito esperado por ser o primeiro contato dos peregrinos com o Papa Francisco. Era a cerimônia de acolhida.

“Que bom é encontrar-nos de novo, e fazê-lo nesta terra que nos acolhe com tantas cores e tanto calor! Reunidos no Panamá, a Jornada Mundial da Juventude é mais uma vez uma festa de alegria e esperança para toda a Igreja e, para o mundo, um grande testemunho de fé”, saudou o pontífice naquela tarde.

Para o jovem Maxwell Sousa Costa, de Minas Gerais, e milhares de jovens, ver o Santo Padre, perto ou longe, abraçando-o ou pela grade, foi uma grande emoção. “A ansiedade tomou conta, ao saber que em algumas horas o Papa passaria por ali. No momento em que ele passava, presenciei uma mistura de sentimentos, algo inexplicável, lágrimas corriam e lá estava ele, com sua simplicidade e humildade, mas grandioso. Ele é verdadeiramente o reflexo do Amor e da Paz de Jesus Cristo”, lembra.

Maxwell registrou a passagem do Papa Francisco, “verdadeiramente o reflexo do Amor e da Paz de Jesus Cristo”

As palavras do Papa Francisco no discurso de acolhida trouxeram a importância da cultura do Encontro. “Vimos de culturas e povos distintos, falamos línguas diferentes, vestimos roupas diversas. Cada um dos nossos povos viveu histórias e circunstâncias distintas. Quantas coisas podem diferenciar-nos! Mas nada disso impediu que nos pudéssemos encontrar e sentir felizes por estarmos juntos. Isto é possível, porque sabemos que há algo que nos une, há Alguém que nos faz irmãos. Vós, queridos amigos, fizestes muitos sacrifícios para vos poderdes encontrar, tornando-vos assim verdadeiros mestres e artesãos da cultura do encontro”, refletiu o pontífice.

Essa mistura de culturas, cores, sorrisos e línguas marcou o jovem Maxwell. “O que mais me tocou no seu pronunciamento foi quando ele evidenciou o amor de Jesus, baseado no respeito às diferenças. Éramos povos distintos, de línguas diferentes, costumes diversos e nada disso impediu que estivéssemos em comunhão e partilha uns com os outros, e de forma bastante feliz. Isso é a Unidade na Diversidade. Isso só foi possível porque há algo em comum que nos uniu: o amor de Jesus Cristo, que é ‘diário, discreto e respeitador, amor feito de liberdade e para a liberdade, amor que cura e eleva’, como disse o Papa Francisco”.

A emoção de estar em uma JMJ preencheu os jovens em todos os momentos.  Pacífica Mikaelle Alves de Oliveira é uma jovem que foi à jornada com um grupo da Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, do Distrito Federal.

“Desde o primeiro momento, o evento foi muito marcante, a começar pelas famílias que nos acolheram no seio de suas casas. Nestes momentos que estivemos juntos, vimos com muita concretude a persona de Jesus Cristo. No nosso último dia, em que nos despedíamos das famílias, um senhor, com os olhos cheios de lágrimas, disse-me: com a alegria que vi em vocês nesses últimos dias sinto-me disposto a retornar a Santa Igreja, a iniciar novamente um caminho de fé”, lembra a jovem.

Mais que um evento, a JMJ é uma verdadeira exortação aos jovens, que voltam para suas casas para fazer ressoar o amor vivido e experimentado agora em suas paróquias e comunidades.

O próprio Santo Padre disse aos jovens naquele dia que a Jornada não se revela fonte de esperança por um documento final, uma mensagem consensual ou um programa a aplicar. “Este encontro irradia esperança, graças aos vossos rostos e à oração. Cada um regressará a casa com aquela força nova que se gera sempre que nos encontramos com os outros e com o Senhor, cheios do Espírito Santo para lembrar e manter vivo aquele sonho que nos faz irmãos e que somos convidados a não deixar congelar no coração do mundo: onde quer que nos encontremos, a fazer seja o que for, sempre poderemos olhar para o alto e dizer: ‘Senhor, ensinai-me a amar como Vós nos amastes’. Quereis repeti-lo comigo? ‘Senhor, ensinai-me a amar como Vós nos amastes’”, disse Francisco.

por Adilson Jorge, do Jovens Conectados

 

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