Desde 1992, por iniciativa de São João Paulo II, 11 de fevereiro é o Dia Mundial do Enfermo. A data tem o objetivo de chamar a atenção por melhores condições de tratamento e atenção às pessoas que passam por algum tipo de enfermidade.
Em meio a pandemia, recordar a data e invocar a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes tem motivos especiais. Com números em alta e milhares de famílias atingidas, o Papa Francisco, em sua mensagem para o Dia Mundial do Enfermo, ressaltou que a crise chamou a atenção para as insuficiências dos sistemas de saúde e as carências na assistência aos doentes. Ao mesmo tempo, o Santo Padre agradeceu pelas belas iniciativas que vem sendo realizadas. “(…) A pandemia destacou também a dedicação e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas: com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares.”
O cuidado como carisma
O conforto e o serviço, atitudes destacadas por Francisco na mensagem, são características próprias de diferentes congregações religiosas, entre elas, a dos Camilianos. Fundada por São Camilo de Léllis, a Ordem tem como carisma o cuidado dos enfermos. No Brasil, os religiosos estão presentes há quase 100 anos, atuando em vários estados do território nacional, e com a ajuda da juventude.
Na Arquidiocese de Montes Claros (MG), o carisma de São Camilo está presente no Grupo Missionários do Bom Samaritano. Um dos fundadores é o jovem André Kévny. Ele conta que a missão iniciou em 2010, quando, junto com um amigo, começou a fazer visitas aos enfermos nos hospitais. “Naquele momento nossa experiência era de ser a família daquelas pessoas, pois elas vinham de outras cidades para tratamento de saúde, ficando por dias sem contato com nenhum familiar.”
A espiritualidade e a caridade autêntica de São Camilo foi inspiradora. Hoje ele é o patrono do grupo. “Nós somos alimentados pelo carisma camiliano”, conta André.
Logo no ano seguinte, a iniciativa começou a crescer e as visitas ganharam os moldes dos doutores da alegria, levando sorrisos e orações aos leitos dos hospitais. “Para nós é mais do que um serviço social, é um momento de Deus, para que aquela visita não seja apenas um evento, mas uma forma de vida, uma maneira de despertar o melhor de cada pessoa”, conta André.
“Jesus é o bom-samaritano, nós somos os seus missionários, querendo sempre viver a espiritualidade do Evangelho”.
Proximidade
Uma Igreja samaritana é um pedido constante do Papa Francisco. Na mensagem para este Dia Mundial do Enfermo, o Santo Padre insiste que a sociedade é mais humana quando sabe cuidar melhor dos seus membros mais frágeis e atribulados. Este exemplo vemos em São Camilo e também em Maria, invocada como a Senhora de Lourdes.
“Que Ela, da Gruta de Lourdes e dos seus inumeráveis santuários espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno.” Papa Francisco
Por Pedro Colatusso, da Redação Jovens Conectados