Dia do Irmão: da fraternidade na família à alegria de ser Igreja

Dia do Irmão: da fraternidade na família à alegria de ser Igreja

Marta, Maria e Lázaro: exemplos de fraternidade no Novo Testamento

Hoje é o Dia do Irmão. São os que dividem a mesma mesa, até mesmo os brinquedos, a vivência da infância, do ombro amigo, da roupa que já não serve para um e vai para o outro, de apoiar nos sonhos, dar conselhos, de ser o irmão mais velho que defende, de ser família. A ligação entre os irmãos tem um lugar especial em toda a história de Deus. O salmista canta: “Eis como é belo e como é doce que os irmãos vivam juntos!” (Sl 132, 1). Deus pergunta a Caim (e continua a nos perguntar a cada geração): “Onde está Abel, o teu irmão?” (Gen 4,9a), trazendo-nos a corresponsabilidade de uns para com os outros. No Novo Testamento, temos a linda vivência dos irmãos de Betânia, “Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11,5). A beleza da fraternidade entre os irmãos é projeto de Deus na nossa vivência.

Diferentes em muitos aspectos, apesar de inúmeras vezes idênticos na aparência física, com vivências que tomam rumos muitas vezes diferentes, nascidos dos meus pais ou não, “crescer entre irmãos proporciona a bela experiência de cuidar uns dos outros, de ajudar e ser ajudado” (Amoris Laetitia, 145). Aprendemos na vivência entre irmãos a própria convivência humana, tão necessária para conviver em sociedade, sendo a primeira experiência de fraternidade que irradiamos para todas nossas relações.

O amor na família se faz fecundo na relação entre irmãos como aprendizagem de crescimento na relação com os outros. Por isso, a divisão entre eles é algo triste para a família. Para o Papa Francisco, em Audiência Geral no dia 18 de fevereiro de 2015 em uma série de catequeses sobre a família, “a quebra do vínculo entre irmãos é uma coisa bruta e má para a humanidade. Também em família, quantos irmãos brigam por coisas pequenas, ou por uma herança e depois não se falam mais, não se saúdam mais. Isto é ruim! A fraternidade é uma coisa grande. (…) Pensemos um pouco: todos conhecemos famílias que têm irmãos divididos, que brigaram; peçamos ao Senhor por estas famílias – talvez na nossa família há alguns casos – que os ajude a reunir os irmãos, a reconstituir a família”.

Para a Igreja, as palavras “irmão” e “irmã” tomam uma dimensão ainda maior, porque graças à experiência familiar, da fraternidade que vivemos no seio familiar, todas as culturas e todas as épocas podem compreendem o ser Igreja (Irmãos pelo Santo Batismo), porque envolve a preocupação, a paciência e o afeto. Amarmos os irmãos na família nos favorece a amar todos os irmãos em Cristo, sermos “atraídos por aquele Rosto tão amado, que adoramos na sagrada Eucaristia e reconhecemos na carne do irmão que sofre” (Christus Vivit, 299).

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