A delegação portuguesa irá ao Vaticano no próximo domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, para receber os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a qual acontecerá em Lisboa em 2023, com o tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).
A confirmação foi dada pelo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Dom José Ornelas, durante coletiva de imprensa no sábado, 14 de novembro, quando afirmou que, apesar da pandemia de coronavírus, a entrega dos símbolos acontecerá.
“Está já confirmada a entrega. Apesar de tudo, a ideia é de não atrasar demasiado a recepção dos símbolos dentro do país e aproveitar esta ocasião para mobilizar os nossos jovens”, declarou o Prelado.
Dom Ornelas afirmou que “o programa básico está feito”, mas a sua “calendarização, como temos de adaptar à pandemia, estamos a ver como vai ser”.
A entrega da Cruz peregrina e do ícone da Salus Populi Romani (Protetora do Povo Romano) à delegação portuguesa por representantes do Panamá (país que acolheu a última JMJ, em 2019), acontecerá na Basílica de São Pedro.
Tradicionalmente, os símbolos da JMJ são entregues aos jovens do próximo país sede no Domingo de Ramos. Entretanto, devido à pandemia de Covid-19, a data foi adiada para a Solenidade de Cristo Rei, no próximo domingo, 22 de novembro.
A celebração de domingo tem transmissão online, nos canais do Vaticano, e vai decorrer “em conformidade com as atuis normas de segurança sanitária”, refere o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé).
A partir de quarta-feira, responsáveis da Pastoral Juvenil das várias conferências episcopais e movimentos internacionais participam num encontro internacional online, promovido pelo referido organismo da Santa Sé, sobre o tema ‘Do Panamá a Lisboa – chamados à sinodalidade missionária’.
Os Símbolos
A Cruz peregrina, explica o site oficial da JMJ Lisboa 2023, tem 3,8 metros e foi “construída a propósito do Ano Santo, em 1983”. No Domingo de Ramos do ano seguinte, o Papa São João Paulo II a confiou aos jovens, “para que fosse levada por todo o mundo”.
“Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé”, assinala.
E, “desde 2000 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços”.
Trata-se de um quadro de 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura. É uma replicado ícone que se encontra na Basílica de Santa Maria Maior, o qual, segundo a tradição, teria sido pintado por São Lucas.
“Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens”, explica o site da JMJ.
da redação – Layla Kamila, com informações do Comitê Organizador da JMJ Lisboa (COL) e ACI digital.