Uma delegação de jovens de várias dioceses de Portugal e alguns membros da organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 encontram-se em Roma para receber os símbolos da Jornada Mundial da Juventude. E neste sábado (21), os jovens participaram de um encontro com o Cardeal D. José Tolentino Mendonça, na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, e logo em seguida da Santa Missa presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
Assegurando o cumprimento de todas as normas de segurança sanitárias portuguesas e italianas, um grupo de diversas dioceses nacionais e alguns elementos da organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 estão em Roma para receber a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romana. A comitiva é presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente e pelos bispos auxiliares D. Joaquim Mendes e D. Américo Aguiar, membros do Comitê Executivo da JMJ Lisboa 2023.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem pessoal ao Papa Francisco através da delegação portuguesa. O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues, que tutela a área da juventude, participa da cerimônia, em Roma, representando o Primeiro-Ministro de Portugal.
A entrega dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude aos jovens de Portugal pelos jovens do Panamá, cidade onde se realizou a última Jornada Mundial da Juventude, em 2019, vai acontecer durante a Santa Missa presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro, no domingo (22), a partir das 10h00 em Roma (6h horário de Brasília).
Jornada de Lisboa tem de ser mais do que um megaevento – D. José Tolentino Mendonça
O cardeal português D. José Tolentino Mendonça disse hoje (21) em Roma que a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, que Lisboa vai receber, tem de ser mais do que um megaevento, levando ao compromisso dos jovens católicos.
“As jornadas devem – e muito em particular nestes anos de preparação – fazer chegar a cada jovem a boa notícia de que ela, de que ele, foram encontrados por Jesus e que isso faz a diferença”, declarou.
Falando à delegação portuguesa que vai receber em Roma os símbolos da JMJ, este domingo, o colaborador do Papa apelou a combater uma “cultura dominante do egoísmo” e entender a vida como “serviço e dedicação” aos outros.
As JMJ, sublinhou o bibliotecário e arquivista do Vaticano, são um “sinal” e ultrapassam a lógica do “mega-acontecimento pontual”, que deixa tudo “como estava”.
“As jornadas não são apenas uma das maiores concentrações humanas e juvenis do planeta, com tudo o que isso representa em termos de organização”, indicou o cardeal português.
Para o responsável católico, as JMJ são uma “oportunidade extraordinária para acender o Evangelho nos corações” e uma intensa “jornada de evangelização”.
“Sinal profético, atualizando no coração dos jovens a consciência de que eles próprios são um sinal”, acrescentou. O cardeal e poeta sustentou que “Deus faz dos jovens protagonistas da história”.
Os sonhos de Deus não se dissipam no nada, como bolas de sabão, no tempo, mas transformam efetivamente a vida, rasgando-a a uma esperança maior do que ela própria”.
A catequese apresentada por D. José Tolentino Mendonça centrou-se no tema para a JMJ 2023, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ – passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista.
“Com Maria, aprendemos que, se nos levantamos e partimos, é porque, primeiro, Deus vem ao nosso encontro”, disse.
O especialista no estudo da Bíblia abordou a decisão de partir, por um caminho “mais difícil”, e as motivações de Maria, ligadas a “uma experiência de amor e de fé”.
“A viagem constitui uma forma clara e comprometida de resposta”, realçou.
da redação – Layla Kamila, com informações do Comitê Organizador da JMJ Lisboa (COL) e agencia ecclesia.