Curiosidades sobre o Papa São João Paulo II

Curiosidades sobre o Papa São João Paulo II

Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus: SÃO JOÃO PAULO II: 21 FATOS INTERESSANTES SOBRE ESTE SANTO PAPA.

Desde sua eleição como papa em 1978 ao dia de seu “retorno a Casa do Pai” em 2005, foram anos de um pontificado que exortou a Igreja a ser peregrina e também foi muito influenciado pela mudança da sociedade, como o surgimento de novas tecnologias, entre elas a internet.

Papa São João Paulo II, que celebramos hoje, dia 22 de outubro, é uma figura que até hoje atiça nossa curiosidade. E, como também gostamos de conhecer mais sobre este grande homem de Deus, separamos duas curiosidades relatadas por ninguém menos que o Cardeal Stanislaw Dziwisz, que o acompanhou durante quase 40 anos – sendo 12 em Cracóvia e 27 em Roma -, sendo seu secretário particular. Essas curiosidades estão no livro “Uma vida com Karol”, escrito pelo cardeal que hoje é arcebispo emérito de Cracóvia.

  • O cotidiano do papa

Acordava cedo, às 5h30. Depois de pronto, ia para a capela para a adoração da manhã, os louvores e a meditação, que duravam meia hora. Às 7h, rezava a Missa com a presença de alguns fiéis, sacerdotes ou grupo de bispos que estavam em visita.  Depois, um café da manhã e seguia para o escritório, onde escrevia notas, homilias ou trecho de discursos. Até mesmo entre essas tarefas, rezava.

Às 11h, com excessão das quarta-feiras, nas quais havia a Audiência Geral com os fieis, começava a receber as visitas privadas e públicas. Eram bispos, chefes de Estado, personalidades das mais variadas áreas… No início do pontificado, essas visitas se estendiam até mais de 14h.

Chegava a hora do almoço. Em geral, comia-se à italiana. Havia massa, carne com verdura, água e vinho tinto. Tudo preparado pelas irmãs polonesas Ancilas do Sagrado Coração de Jesus. Em dias festivos, um cardápio mais polonês, como uma sopa de beterraba chamada barszcz, uma costeleta de carne de porco com batatas e verduras chamada kotlet, torta de papoula ou de ricota. Sempre comia acompanhado. Fazia perguntas sobre diversos assuntos, da Igreja, mas também de todo o mundo, conflitos, preocupações etc.

O papa comia pouco, mas de tudo. Era um hábito desde a juventude comer pouco, reflexo de sua experiência durante a guerra, quando encontrar um pão duro e amanhecido era difícil. Gostava de doces, em especial os italianos, e também de café.

Após o almoço, descansava um pouco, rezava e saía no terraço (até mesmo no inverno) e ficava meditando e rezava o terço, sua oração preferida. Toda quinta-feira, praticava a Hora Santa, e nas sextas-feiras a Via Crucis. E isso em qualquer lugar que estivesse, mesmo dentro de um helicóptero!

Lia o breviário, fazia visitas frequentes ao Santíssimo e se confessava toda semana. Mesmo já com idade avançava, fazia também dias de jejuns completos.

Mais tardes, mais audiências. Recebia colaboradores mais próximos: na segunda-feira  e na quinta-feira, o Secretário de Estado, na terça-feira, o Substituto, na quarta-feira, o secretário da II Seção da Secretaria, na sexta-feira, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (desde 1981 o então cardeal Joseph Ratzinger), e no sábado o prefeito da Congregação dos Bispos.

Em seguida, chegava a hora do jantar, na maioria das vezes sopa e peixe. Neste momento, também sempre acompanhado. Eram expoentes da Cúria, diretores da Sala de Imprensa, do jornal L’Osservatorio Romano, amigos que estavam passando por Roma entre outros.

Após o jantar, ocupava-se com os documentos que chegavam. Lia a sinopse da imprensa e o L’Osservatorio Romano. Via televisão, que ficava na sala de janta, e companhia noticiários e alguns programas gravados em videocassete, como alguns documentários ou filmes temáticos. Lia livros de literatura e temáticas diversas. Ia à capela para uma “última conversa com o Senhor”.

Finalmente, em todas as noites, ia até a janela e olhava Roma toda iluminada e a abençoava. Com aquele sinal da cruz sobre a “sua” cidade, encerrava o dia e ia dormir.

 

João Paulo II

Ao centro, o papa com roupa e gorro pretos

  • Um dia para esquiar

O papa era um grande amante dos esportes, sendo até mesmo um nadador assíduo, mas também gostava de esquiar. Depois de sua eleição como sucessor de Pedro, esquiar era uma missão impossível. Mas, em um jantar, o assunto veio à tona e surgiu um “Por que não?”.   

A cidade escolhida foi a pequena Ovindoli, na região de Abruzzo, centro da Itália. Era dia 2 de janeiro de 1981. Saíram da residência de Castel Gandolfo no carro do bispo Józef Kowalczyk, hoje arcebispo emérito de Gniezno. Ao lado do pontífice, dom  Tadeusz Rakoczy, hoje bispo emérito de Bielsko – Żywiec, fingia ler um jornal e abria o rosto do papa.

Guiavam com todo o cuidado respeitando rigorosamente todas as placas e indicações. Tinha receio de acontecer um acidente, o carro quebrar ou até mesmo um policial parar o carro!

Chegaram à cidade e escolheram uma pista mais tranquila, com menos turistas. O papa? Com roupa de esqui, gorro e enormes óculos escuros. Chegava até a entrar na fila para pegar os bondinhos. Com ingresso na mão, tinha acesso aos pontos que desejava. Ninguém o reconhecia e o papa se divertia muito. Até que…

Já caia a tarde quando o papa estava esquiando e passou um grupo de corredores. Passaram sem problema, mas eis que um menino surgiu depois de um tempo  todo ofegante. Perguntou se viram os outros passarem. Enquanto dom Rakoczy explicava o caminho, ele olhou para o papa e ficou com a boca aberta durante alguns segundos e gritou: “É o Papa! É o Papa!”. “Não fala besteira, menino! Corre que está ficando mais para trás dos seus amigos!”, tentou despistar o bispo.

Logo correram para o carro e voltaram para Roma. Fim da aventura! Durante dias, o papa agradeceu os amigos pelo “presente”. Mas não foi a única aventura do papa para esquiar. Dizem que foram dezenas ocasiões durante seus 27 anos de pontificado!

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