No dia 11 de agosto, comemora-se o Dia do Estudante. Por conta da pandemia, milhões de estudantes ao redor do mundo precisaram encontrar novas formas de seguir o caminho de aprendizados por meio da internet e das tecnologias. O Papa Francisco, na Missa na Casa Santa Marta, no último dia 13 de maio, colocou em suas intenções estudantes e professores. “Rezemos hoje pelos estudantes, os jovens que estudam, e os professores que devem encontrar novas modalidades para seguir adiante no ensino: que o Senhor os ajude neste caminho, lhes dê coragem e também sucesso”.

Papa Francisco (Foto: Rede Século 21).
De forma recorrente o Santo Padre se dirige aos estudantes. Por isso, resgatamos alguns pontos destacados por Francisco em um encontro com jovens estudantes, no Vaticano, no ano passado.
Inclusão, respeito e colaboração
Para Francisco, as escolas devem ser conhecidas como espaços de inclusão, respeito pela diversidade e colaboração mútua.
“A Igreja está comprometida, nas pegadas do Concílio Vaticano II, em promover o valor universal da fraternidade, baseada na liberdade, na busca honesta da verdade, na promoção da justiça e da solidariedade, especialmente para os mais fracos. Sem a atenção e a busca destes valores, não pode haver uma coexistência pacífica real”.
Nos passos de São Luís Gonzaga, padroeiro da juventude
O Santo Padre também destaca duas virtudes da vida de São Luís Gonzaga que devem fazer parte do dia a dia dos estudantes: as escolhas de vida, sem se deixar levar pelo carreirismo e pelo “deus dinheiro”:
“Há tanta necessidade de jovens, que saibam agir desta maneira, colocando o bem comum acima dos interesses pessoais! Por isso, é preciso cuidar da própria interioridade, através do estudo, da pesquisa, do diálogo educativo, da oração e da escuta da própria consciência. Tudo isso pressupõe a capacidade de criar espaços de silêncio”.
Menos celular, mais silêncio para ouvir a voz da consciência
Francisco encoraja os estudantes “a não terem medo do silêncio e de suas consequências, de estar sozinhos, de escrever o próprio diário. Livrem-se do vício de estar no celular! Somente no silêncio interior pode-se ouvir a voz da consciência e distinguir as vozes do egoísmo e do hedonismo”.
Na Christus Vivit, Francisco também fala do estudo como uma oportunidade de abrir a mente e encontrar sentido na vida, à luz da fé.
“Demasiadas vezes vivemos condicionados por modelos de vida banais e efêmeros, que estimulam a perseguir o sucesso a baixo preço, desacreditando o sacrifício, inculcando a ideia de que o estudo não serve, se não leva imediatamente a algo de concreto. Mas não! O estudo serve para se questionar, para não se deixar anestesiar pela banalidade, para procurar um sentido na vida.”
Por Pedro Colatusso, da Redação do Jovens Conectados.