“Os homens nascem e são livres e iguais em direitos”. Logo em seu primeiro artigo, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão enaltece os valores da liberdade, igualdade e fraternidade humanas, típicos da Revolução Francesa e que inspiram documentos e declarações até os dias de hoje.
A Declaração foi divulgada em 26 de agosto de 1789, fazendo com que a data seja sempre recordada como um momento de engrandecer os valores que inspiram a sociedade humana. A própria Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas, é inspirada no documento francês.
Mais de 230 anos depois, a Declaração da Revolução Francesa continua inspirando decisões de organizações e conselhos em diferentes países e realidades, buscando implementar políticas públicas que enalteçam os direitos da pessoa humana, inclusive das juventudes.
No Brasil, o Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), é a plataforma oficial de representação juvenil. Criado em 2005, reúne algumas das principais organizações juvenis do país, além contar com representações de Ministérios do Governo Federal. Entre as suas atribuições, está a de formular e propor diretrizes da ação governamental voltadas à promoção de políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens, articular, engajar e mobilizar redes e organizações juvenis e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais.
Dentro os membros do Conselho, está a jovem católica Ariany Leite, que como Conselheira Nacional da Juventude, representa a CNBB. Ela conta que, como um órgão consultivo e propositivo, o CONJUVE está sempre atento ao que está acontecendo com as juventudes e, a partir das suas comissões, propondo soluções e fazendo recomendações.
“Na pandemia, por exemplo, foi instaurado um comitê de crise que foi agindo em todos os pontos que afetavam diretamente a juventude, como a educação e a empregabilidade. Várias notas de recomendação foram encaminhadas aos Ministérios, à Câmara e ao Senado, para que os direitos e garantias dos jovens fossem assegurados”, explica.
Além disso, uma das iniciativas recentes do Conselho foi a idealização e a execução da maior pesquisa já realizada com jovens no Brasil, denominada As Juventudes e a Pandemia do Coronavírus. “Nessa pesquisa, nós ouvimos mais de 33 mil jovens em todo o território nacional, abordando diferentes aspectos. A partir dela, muitos órgãos tanto da sociedade civil quanto governamental estão utilizando os dados como base para ter ações”.
Como outras iniciativas do Conselho, Ariany destaca o Juventude Empreendedora, um curso sobre empreendedorismo com contou com mais de 10 mil jovens inscritos; e também a Plataforma Juventudes contra o Corona, que busca mapear as ações positivas dos jovens que impactam a sociedade. “Diante disso, nós rebatemos algumas questões negativas que as vezes são atreladas à juventude. Nós ajudamos a mostrar quão grandioso é o protagonismo e a diferença que o jovem faz na sociedade”, conta.
Como jovem católica, da Juventude Missionária Redentorista (JUMIRE), Ariany destaca que dentro dos movimentos juvenis sempre existe uma mobilização de fazer muita coisa em pouco tempo. No CONJUVE, ela tem sentido isso também.
“Em seis meses de gestão, o Conselho tem feito grandes entregas de garantias para a juventude. Projetos importantes foram realizados com poucos recursos, com uma visão mais humana para o jovem, trazendo-o para exercer o protagonismo, mostrar o rosto e melhorar o ânimo diante da realidade atual. Quando o jovem se une, se propõe a algo, realiza grandes feitos”, finaliza.
Por Pedro Colatusso – da Redação Jovens Conectados