Como a Jornada entrou na minha vida

Como a Jornada entrou na minha vida

A primeira vez em que ouvi falar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi em 2004. Eu tinha 25 anos na época e morava em Belo Horizonte. O grande amigo Tiago me mandou um e-mail dizendo que tinha se inscrito como voluntário na JMJ de Colônia e me convidou a fazer o mesmo.

– Mas o que é isso exatamente?

– Um grande encontro de jovens do mundo todo com o Papa.

– Parece interessante…

Eu me inscrevi, sem nem saber direito se teria grana pra ir. Pensei: até lá, a gente vê.

Não deu. Deus tinha outros planos. No começo de 2005, fui convocado para tomar posse no serviço público (depois de fazer mais de dez concursos) e me mudei para Brasília. Cidade nova, emprego novo: uma bênção, mas agora sem direito a férias durante um ano. Não dava para me ausentar do trabalho durante uma semana. Ficou para a próxima.

Naquela época,  o desejo de ir a uma Jornada ainda não tinha me fisgado completamente. Meu interesse de ir à JMJ Colônia em 2005 era talvez mais por vontade de conhecer a Europa, ou de simplesmente participar de um grande evento. Não fui e acabei nem acompanhando tanto pela internet. Naquela época era mais difícil: eu não tinha Canção Nova em casa e na web só havia informações em inglês.

Três anos se passaram. Acho que nunca cheguei a pensar seriamente a participar da JMJ Sidney em 2008. A Austrália é muito longe e a viagem ficaria muito cara. Além disso, eu não conhecia ninguém que iria. Mas dessa vez, pude acompanhar pela TV e pela internet.   Agora já tinha a Canção Nova e a Agência Zenit também noticiava muita coisa. Ver aquelas cenas todas, a chegada do Papa em um barco na Baía de Sidney, a belíssima Via Sacra, as missas, a grande festa dos jovens… tudo isso despertou o desejo verdadeiro de participar. Sim, da próxima vez eu iria, onde quer que fosse!

Até hoje me recordo do dia em que comuniquei essa decisão para minha namorada – hoje noiva – Camila e a convidei para ir comigo. Estávamos em uma pizzaria em Santo Antônio do Monte (cidade mineira onde nasci e da qual nunca me afastei). Acho que ela também não sabia nada sobre a Jornada, assim como eu em 2005.  Mas se entusiasmou na hora. Pouco tempo depois, convidamos nosso amigo Nilson e ele também topou na hora. Falamos com outras pessoas e alguns manifestaram interesse. Começamos  montar nosso grupo para a Jornada!

Fizemos as contas e pensamos: guardando entre 150 e 200 reais por mês, ao longo de três anos, seria possível pagar a viagem e ainda esticar mais um pouco. Para nós seria mais fácil fazer isso, já que todos trabalhávamos, do que vender rifas ou comidas, como tantos grupos fazem mundo afora. E assim, começamos.

Agora está quase na hora. Desta vez, o sentimento é outro: vamos realmente fazer uma peregrinação, uma jornada em busca de Cristo. Temos que agradecer a Ele pela rara oportunidade de participar de algo tão grandioso. Que eles nos torne merecedores de tal graça e que possamos retribuir na medida das nossas capacidades.

Nos vemos em Madri!

Moisés de Oliveira Nazário, 32 anos, de Brasília / Samonte

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