O episcopado se diz convencido de que “se o Papa polonês vivesse hoje, certamente compreenderia as pessoas que se encontram em isolamento e na quarentena. Rezaria pelos doentes, pelos mortos e por suas famílias”. Ele, que durante sua vida foi várias vezes internado no hospital, sem poder celebrar a Missa, e que tinha sofrido a perda de seu irmão Edmund, morto aos 26 anos, porque, jovem médico, foi infectado por um paciente
“O que nos diria hoje São João Paulo II? Qual mensagem dirigiria a seus compatriotas em maio de 2020”, neste momento tão difícil para todos nós, que estamos lutando contra a pandemia do coronavírus? Pergunta-se a Conferência Episcopal Polonesa, numa carta, que será lida nas igrejas locais na Polônia hoje, domingo, 17 de maio, vigília do aniversário de nascimento do Papa polonês.
Os bispos respondem à pergunta com as seguintes palavras: “Não tenhais medo! Abri, aliás, escancarai as portas a Cristo! Abri a seu poder salvador os confins dos Estados, os sistemas econômicos e os sistemas políticos, os vastos campos da cultura, da civilização, do desenvolvimento. Não tenhais medo! Cristo sabe ‘o que há dentro do homem’. Somente Ele o sabe!”
Somente Cristo tem a resposta às nossas interpelações
“Cristo sabe – acrescentam os prelados – o que cada um de nós traz dentro de si hoje, conhece perfeitamente nossas alegrias, ansiedades, esperanças, medos e desejos. Somente Ele tem a resposta às interpelações que nos fazemos agora.”
O episcopado se diz convencido de que “se o Papa polonês vivesse hoje, certamente compreenderia as pessoas que se encontram em isolamento e na quarentena. Rezaria pelos doentes, pelos mortos e por suas famílias”. Ele, que durante sua vida foi várias vezes internado no hospital, sem poder celebrar a Missa, e que tinha sofrido a perda de seu irmão Edmund, morto aos 26 anos, porque, jovem médico, foi infectado por um paciente.
Ensinamento de São João Paulo II válido ainda hoje
Por conseguinte, “São João Paulo II compreendeu e apreciou os trabalho dos médicos, dos enfermeiros, daqueles que prestam socorro e dos agentes de saúde que encontrou e pelos quais rezou tanto” em sua vida, lê-se na carta dos bispos.
O ensinamento do Papa polonês, que visitou 132 países e cerca de 900 cidades ao longo de seu Pontificado, é hoje ainda válido. Já em 2002, o Santo Padre tinha convidado a Igreja a zarpar para as profundezas do cyber-espaço” e já se tinha expressado pedindo a proteção da vida humana desde a concepção até a morte natural.
O Papa Francisco e São João Paulo II
O próprio Papa Francisco, na introdução do livro “100 anos. Palavras e imagens”, publicado pela Livraria Editora Vaticana, para a ocasião do centenário de nascimento de São João Paulo II, confessa ter olhado para ele “muitas vezes, ao longo de sua vida de sacerdote e de bispo, pedindo em suas orações o dom de ser fiel ao Evangelho como ele nos testemunhava”.
Atentado sofrido pelo Papa polonês em 13 de maio de 1981
Por fim, a carta recorda as palavras do cardeal Stanisław Dziwisz que descrevem o momento do atentado ao Papa polonês, sobre como permanecera calmo, embora a situação fosse dramática e a ameaça de morte fosse concreta; sobre como, mesmo sentido a dor pelas feridas, não mostrasse pânico e antes de perder a consciência, imediatamente confiou-se a Maria, pedindo para perdoar aquele que tinha atirado contra ele.
Por Vatican News