Brasileiros no Sínodo: Entrevista com Dom Gilson

Brasileiros no Sínodo: Entrevista com Dom Gilson

E o Sínodo da Juventude Começou! Os Padres, os Bispos e os jovens auditores iniciaram hoje os trabalhos sinodais, refletindo sobre as realidades juvenis de todo o mundo. Nesta primeira semana da Assembleia do Bispos, o Jovens Conectados apresenta entrevistas com os brasileiros que estão no Sínodo. Confira a nossa conversa com Dom Gilson Andrade da Silva, Bispo Coadjutor de Nova Iguaçu.

Jovens Conectados: Como o senhor avalia a participação dos Jovens neste processo sinodal?

Dom Gilson: Foi ampla a consulta feita aos jovens nas nossas Dioceses, também através do questionário online e no pré-sínodo de março. Assim, deu-se um impulso grande ao trabalho preparatório para o Sínodo, oferecendo a oportunidade de escutar jovens do mundo inteiro. Fruto precioso dessa participação foi o Instrumento de Trabalho sobre o qual vamos trabalhar. Os jovens atenderam ao convite do Santo Padre e falaram com muita liberdade, demonstrando com isso a seriedade com que vivem o seu compromisso de discípulos missionários e o interesse em colaborar com a reflexão dos Padres Sinodais. Os jovens se tornaram assim protagonistas do próximo Sínodo.

Jovens Conectados: Quais as suas expectativas para o Pós Sínodo, no contexto da evangelização Juvenil?

Dom Gilson: Minhas expectativas têm a ver com a própria temática do Sínodo. Espero que estejamos bem abertos à ação do Espírito Santo para oferecer propostas de caminhos  para anunciar ao coração dos jovens a mensagem do Evangelho de forma viva e atualizada, e assim ajudá-los nas grandes e importantes decisões da vida. Penso que como fruto do próprio Sínodo os jovens poderão ter um lugar de maior protagonismo na vida eclesial, especialmente no tocante à evangelização da juventude. É urgente dar ainda mais espaço para a atuação dos jovens no dinamismo próprio da vida da Igreja, como também repensar o modo como estamos realizando a evangelização dos jovens. Neste âmbito faz-se necessário também ser Igreja em saída, indo aos lugares onde os jovens se encontram. A maioria deles não está nas nossas paróquias, pastorais, movimentos ou associações, mas no mundo da família, educação, lazer e do trabalho. É preciso encontrar modos adequados de diálogo com eles no lugar onde estão, considerando também os elementos da nova cultura que os circunda onde, por exemplo, a comunicação  influencia direta e rapidamente o modo das pessoas pensarem e viverem suas relações. Como disse o documento chamado “Instrumento de trabalho”, os jovens podem, com sua presença e palavra, ajudar a Igreja a rejuvenescer o próprio rosto.

Jovens Conectados: O discernimento Vocacional é um dos pontos principais de debate do Sínodo, quais os principais passos para que um jovem possa trilhar bem este caminho?

Dom Gilson: O primeiro sempre é o encontro com Cristo que se aprofunda à medida que se vive na comunhão com todos na experiência eclesial. A vida de oração e sacramental, o contato assíduo com a Palavra de Deus, o compromisso com os irmãos e o acompanhamento pessoal na direção espiritual são indispensáveis dentro desse processo de discernimento vocacional.

Jovens Conectados: Quais ações concretas de promoção vocacional, podem surgir a partir do Sínodo, principalmente para os jovens que ainda não vivem este processo de forma simples e com liberdade?

Dom Gilson: Quanto a isso é preciso esperar os resultados da reflexão do Sínodo. Na atual crise de instituições que vivemos a Igreja pode oferecer referências indispensáveis para o processo de um discernimento vocacional que promova o desenvolvimento integral da pessoa. Discernimento, acompanhamento e formação me parecem indicar três direções importantes para as propostas concretas do Sínodo dentro da perspectiva do discernimento vocacional. O tema do discernimento estará no coração das nossas reflexões, portanto, é de se esperar que seja facilitado a todos os jovens meios concretos para realizar o discernimento da vontade de Deus não apenas na escolha vocacional pontual, mas também no modo concreto como essa escolha se realiza nas diversas circunstâncias de toda a vida do chamado. Nossos jovens precisam de irmãos que os acompanhem no processo.Que o Sínodo nos ofereça boas ferramentas para ajudar os jovens a despertar para a vocação comum à santidade e a desenvolver na Igreja uma verdadeira cultura vocacional.

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