As catequeses do Papa Francisco sobre São José

As catequeses do Papa Francisco sobre São José

Homem, justo, do silêncio, corajoso, carpinteiro, terno, que sonha… Durante o Ano de São José, o Papa Francisco iniciou um ciclo de catequeses dedicadas ao santo. Elas foram reflexões que complementaram a carta apostólica Patris corde, escrita por ocasião dos 150 anos da proclamação de São José como Padroeiro da Igreja católica pelo Beato Pio IX. Ao todo foram doze catequeses, entre 17 de novembro de 2021 e 16 de fevereiro de 2022.

O Papa Francisco é um grande devoto de São José. No encontro com as famílias em Manila, em 16 de janeiro de 2015, ele compartilhou um prática que encantou:

“Amo muito São José, porque é um homem forte e silencioso. Na minha escrivaninha, tenho uma imagem de São José que dorme e, quando tenho um problema, uma dificuldade, escrevo um bilhetinho e meto-o debaixo de São José, para que o sonhe. Este gesto significa: reza por este problema!” 

Hoje, dia que celebramos São José, trazemos a relação de todas esses momentos de reflexão realizados pelo Papa Francisco. A cada catequese, o tema, o link para acesso ao texto completo do papa e um pequeno resumo. Com este ciclo de catequeses, possamos também nós aprofundar nossa fé  com esse grande testemunho da vida do esposo de Maria, que amou e cuidou de Jesus com “coração de pai”.

2021

17 de novembro – São José e o ambiente em que viveu

https://bit.ly/3p3Y23V

Resumo: Estamos vivendo um ano especial, dedicado a São José. Por isso, começamos hoje um novo ciclo de catequeses, centradas na figura do Padroeiro da Igreja Universal, para que nos deixemos iluminar pelo seu exemplo e testemunho. O nome José significa em hebraico “Deus faça crescer”. Constitui uma bênção fundamentada na confiança na providência divina, e nos revela algo essencial da personalidade de José de Nazaré: é um homem cheio de fé em Deus e em sua providência. Também as principais referências geográficas na vida de São José, Belém e Nazaré, têm um papel importante na compreensão da sua figura. São lugares periféricos, distantes dos centros de poder daquela época. A escolha destes dois vilarejos nos ensina que Deus tem uma especial predileção por aqueles que estão à margem, pelas periferias geográficas e existenciais. A Igreja é chamada a anunciar a boa nova a partir das periferias. José, o carpinteiro de Nazaré, nos ensina a voltarmos o olhar para o que o mundo voluntariamente ignora, a dar importância ao que os outros consideram descartável. Peçamos a sua intercessão a fim de que a Igreja recupere este olhar, esta capacidade de discernir e valorizar o essencial. Recomecemos nossa estrada a partir de Belém e de Nazaré.

24 de novembro – São José na história da salvação

https://bit.ly/3BzBa1e

Resumo: Os evangelistas apresentam José como pai de Jesus, a todos os títulos. S. Mateus ajuda-nos a compreender que a figura de José, apesar de permanecer em segundo plano, é central na história da salvação. Discreto e escondido, foi para a Sagrada Família homem sempre presente, sustentáculo seguro e guia sábio nos momentos de dificuldade. Um homem comum à semelhança de tantos pais e mães, avós e professores que passam despercebidos, mas são absolutamente necessários no mundo. No Evangelho de Lucas, José aparece como guarda de Jesus e de Maria. Sendo a Igreja o prolongamento na história do Corpo de Jesus, José continua a sua missão de protetor do Menino e sua Mãe, protegendo a Igreja Universal. Este dado da vida de José é a grande resposta à atitude insolente de Caim, quando Deus lhe pede contas pela vida de Abel: «Sou, porventura, guarda do meu irmão?», rebateu Caim. A figura de José diz que sim, que somos chamados a sentir-nos responsáveis pelos nossos irmãos, protetores de quem se encontra ao nosso lado e que o Senhor nos confia para criarmos laços entre nós. A genealogia de Jesus, há pouco escutada, recorda-nos que a vida é feita de relações humanas que nos precedem e acompanham. O Filho de Deus para vir ao mundo escolheu, precisamente, este caminho. Pensando em todos os que têm dificuldade em estabelecer vínculos e por isso vivem na solidão, rezo para que encontrem em São José um aliado, um amigo e um sustentáculo.

01 de dezembro – José, homem justo e esposo de Maria

https://bit.ly/3s5NHGG

Resumo: Hoje, na reflexão que vos proponho sobre São José, quero aprofundar duas dimensões da sua figura: ser «justo» e ser «noivo de Maria». O noivado, nos tempos antigos, era a primeira fase do casamento, durante a qual a noiva continuava a viver na casa paterna, mas de facto era já considerada «a esposa» do noivo. Um ano depois tinha lugar a segunda fase em que ela deixava a casa paterna e ia coabitar com o marido. Foi durante a primeira fase do casamento de José com Maria que se notou que Ela estava grávida; a Lei do tempo dava ao noivo a possibilidade de A acusar publicamente de adultério. Segundo o Evangelho, José era «justo» precisamente porque se submetia à Lei como todo o piedoso israelita; mas, dentro dele, o amor por Maria e a confiança que tinha n’Ela sugerem-lhe uma forma de salvar as duas coisas: a observância da Lei e a honra da esposa. Ou seja: entregar-Lhe-ia a ata de repúdio em segredo, sem A expor à humilhação pública. Andava José a matutar nesta solução, quando intervém a voz de Deus no seu discernimento, para revelar um significado do caso muito maior do que a própria justiça de José: «não temas receber Maria, pois o que Ela concebeu é obra do Espírito Santo». E ele assim fez: «recebeu a sua esposa». Queridos irmãos e irmãs, como é importante para cada um de nós cultivar uma vida justa e, ao mesmo tempo, sentir-se carecido da ajuda de Deus, para conseguir ler a vida num horizonte mais amplo! Muitas vezes sentimo-nos prisioneiros de algo que nos aconteceu, mas é precisamente por trás dum caso da vida inicialmente visto como dramático que se esconde a mão da Providência divina; com o passar do tempo, tudo se esclarece enchendo-se de sentido a própria tribulação que nos atingira. São José, ajude cada um de nós a deixar-se surpreender por Deus e acolher a vida, não como um temível imprevisto, mas como um mistério que esconde o segredo da verdadeira alegria.

15 de dezembro – São José, homem do silêncio

https://bit.ly/3v5YrqE

Resumo: Continuamos nossa reflexão sobre São José com outro aspecto importante de sua figura: o silêncio. Os Evangelhos não recolhem nenhuma palavra sua. Com este silêncio, José antecipadamente confirma o que escreveria Santo Agostinho: “à medida que cresce em nós a Palavra, diminuem as palavras”, convidando-nos a abrir espaço à presença de Jesus, Palavra feita carne. O silêncio de José não é mutismo, mas é um silêncio cheio de escuta e que denota grande interioridade. Sob o exemplo de São José devemos recuperar a dimensão contemplativa da vida. Aprendamos dele, portanto, a cultivar tempos de silêncio nos quais possa surgir uma outra Palavra: a do Espírito Santo que habita em nós. Não é fácil reconhecer essa Voz em meio às tantas vozes das preocupações, tentações, desejos e esperanças que ouvimos em nosso interior, mas sem esse treinamento, que vem da prática do silêncio, nossas palavras podem tornar-se malsãs. São José uniu o silêncio à ação. Não falou, mas fez, mostrando-nos assim aquilo que um dia Jesus diria aos seus discípulos: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus”.

29 de dezembro – São José, migrante perseguido e corajoso

https://bit.ly/3h6CwqM

Resumo: São José teve de fugir com a família para o Egito, a fim de livrar Jesus das mãos do rei Herodes, que, imaginando n’Ele uma ameaça ao trono, decide matá-Lo. Aquela fuga salvou Jesus, mas infelizmente não impede o massacre dos restantes meninos de Belém com menos de dois anos de idade. Hoje vemos em São José o emigrante perseguido e corajoso, que nos deixa esta lição: a vida sempre nos reserva contrariedades e, à vista delas, podemos sentir-nos ameaçados, amedrontados, mas não é tirando fora o pior de nós mesmos – como fez Herodes – que podemos superar tais momentos, mas comportando-nos como José que reage ao medo com a coragem de se abandonar confiadamente à Providência de Deus. José demonstra ser um homem corajoso ao cumprir a ordem do Anjo, que ordenou a fuga; não é difícil imaginar os sustos e percalços que teve de vencer, bem como as dificuldades que comportou a permanência num país estrangeiro. E a coragem de José vê-se também no regresso depois de tranquilizado pelo Anjo a propósito da morte de Herodes: supera compreensíveis temores e vai, com Maria e Jesus, estabelecer-se em Nazaré. Herodes e José são duas figuras opostas que refletem as duas faces da humanidade de sempre. É ideia comum, mas errada, considerar a coragem como virtude exclusiva dos heróis com as suas façanhas, quando, na realidade, a vida quotidiana duma pessoa requer tanta coragem para enfrentar as dificuldades do dia a dia. E como não lembrar inúmeros homens e mulheres corajosos que, para permanecer coerentes com a sua fé, enfrentaram todo o género de dificuldades, suportando injustiças, derisão pública e até a morte? A coragem é sinónimo de fortaleza, a qual, juntamente com a prudência, a justiça e a temperança, forma o grupo das chamadas «virtudes cardiais», necessárias a todo o homem e mulher sobre a terra.

Papa convoca o “Ano de São José” - Vatican News

2022

05 de janeiro –  São José, o pai putativo de Jesus

https://bit.ly/3sTyp7g

Resumo: Hoje consideramos São José como pai adotivo de Jesus. Os evangelistas Mateus e Lucas o apresentam deste modo: como pai adotivo e não biológico. Esta paternidade adotiva ou legal vem indicada pelo fato de que é a José que cabe a tarefa de impor um nome ao filho de Maria, um nome já preparado por Deus: Jesus, que significa “o Senhor salva”. Como o Anjo lhe havia explicado: “Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21). Este aspecto da vida de São José nos ajuda a entender melhor a paternidade e a maternidade. De fato, não basta colocar um filho no mundo para ser verdadeiramente um pai ou uma mãe. Todas as vezes que alguém assume a responsabilidade pela vida de outra pessoa, exercita em certo modo a paternidade. Pensemos em todos aqueles pais e mães que acolhem a vida através do caminho da adoção. Esta escolha está entre as mais elevadas formas de amor, de exercício da paternidade e da maternidade. Quantas crianças no mundo aguardam que algum coração generoso assuma o cuidado delas! Não tenham medo de escolher o caminho da adoção, de assumir o “risco” da acolhida! Possa, assim, realizar-se o sonho de tantos pequenos que necessitam de uma família e de tantos esposos que desejam doar-se neste empenho de amor.

12 de janeiro – São José o carpinteiro

https://bit.ly/3LZCHmn

Resumo: No Evangelho, São José é apresentado como «o carpinteiro». É por isso natural que Jesus tenha aprendido do pai esta profissão. Na Palestina daquele tempo, a madeira não servia apenas para fazer arados e outros utensílios, mas também para construir a casa. Era um trabalho duro. Porém, do ponto de vista económico, não originava grandes ganhos, daí que, no dia da apresentação de Jesus no Templo, Maria e José ofereçam somente um par de rolas ou de pombas (cf. Lc 2, 24), como a Lei prescrevia para os pobres. Esta dimensão da vida de José e Jesus faz-me pensar em todos os trabalhadores do mundo, especialmente naqueles que têm empregos desgastantes em minas e em certas fábricas; naqueles que são explorados em situações ilegais; naqueles que são vítimas de acidentes no trabalho; nas crianças que são obrigadas a trabalhar ou que remexem as lixeiras à procura de algo útil para trocar… Penso igualmente nas pessoas que se encontram sem trabalho, muitas delas devido à pandemia. Recordo muitos jovens, pais e mães à procura de emprego, situação por vezes tão dramática que lhes rouba a esperança e a vontade de viver. Na verdade, o trabalho não serve apenas para se conseguir o justo sustento; ajuda também a sentirmo-nos úteis à vida dos outros. Vale a pena perguntar-nos: com que espírito fazemos o trabalho de cada dia? Não esqueçamos que o trabalho fomenta a dignidade humana e é caminho de santificação.

19 de janeiro – São José pai na ternura

https://bit.ly/3h2a7Cl

Resumo: Para Jesus, São José foi um pai cheio de ternura. Como se lê no livro de Oseias a propósito de Deus com Israel, assim José ensinou o filho a andar, segurando-O pela mão: era para Ele como o pai que levanta o filho contra o seu rosto, inclinava-se para Ele a fim de Lhe dar de comer. Estas palavras, ouvimo-las no início da Audiência e bem podem expressar a paternidade de José, tal como a viu e viveu Jesus. Como o sabemos? Pela forma como o próprio Jesus falava de Deus e do seu amor, usando a palavra «pai». Pensemos, por exemplo, no acolhimento do filho pródigo pelo Pai misericordioso: «Quando ainda estava longe – escreve o evangelista Lucas –, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos». O filho estava à espera duma punição, contentando-se em ser tratado como um dos criados; e, ao contrário, vê-se abraçado pelo pai. Na experiência que Jesus tem do amor de Deus, há uma grande ternura e podemos imaginar que o primeiro a transmitir-lha foi precisamente José. De facto, as coisas de Deus chegam-nos sempre através da mediação de experiências humanas. Faz-nos bem espelhar-nos na paternidade de São José e perguntar-nos se deixamos o Senhor amar-nos com a mesma ternura, transformando cada um de nós à sua imagem e semelhança. Sem abraçar esta «revolução da ternura», corremos o risco de ficar prisioneiros duma justiça que não permite facilmente a uma pessoa erguer-se, confundindo redenção com punição. Por isso hoje quero recordar de modo particular os nossos irmãos e irmãs reclusos na prisão. Se é justo que a pessoa que errou, pague pelo próprio erro, mais justo ainda é que ela se possa redimir do erro.

26 de janeiro – São José, homem que “sonha”

https://bit.ly/3gZvkgf

Resumo: São José aparece como um homem que sonha. Na Bíblia e nas culturas antigas, o sonho simbolizava a vida espiritual, porque através dele Deus manifestava-se e falava no íntimo de cada um. No entanto, dentro de nós não existe apenas a voz de Deus, existem muitas outras vozes: a voz dos nossos medos, de experiências passadas, de esperanças, e até a voz do maligno que nos quer enganar e confundir. Por isso, é importante discernir qual é a voz de Deus. São José, porque se acostumou ao silêncio e à oração, foi capaz de dialogar com Deus no seu interior. Isso mesmo testemunham quatro sonhos que teve. No primeiro, o anjo ajuda-o a resolver o drama que lhe causou a inesperada gravidez de Maria; a partir do segundo decide fugir para o Egito, porque a vida de Jesus corria perigo; já em terra estrangeira, José espera um sinal de Deus, que chega no terceiro sonho e lhe permite voltar para casa; por fim, quando José regressava, ao saber que a Judeia ainda não era lugar seguro, sentiu medo, mas graças à mensagem do quarto sonho, não se deixou abater e decidiu ir para Nazaré, na Galileia. Estas preocupações e estes sonhos de José fazem-me pensar em muitas pessoas esmagadas pelo peso da vida, que já não conseguem dialogar com Deus. Que São José as ajude a reencontrar o Senhor, que afugenta os medos, e a redescobrir na oração a força do amor que eleva.

São José, o inspirador dos Papas: uma ligação especial - Vatican News

02 de fevereiro – São José e a comunhão dos santos

https://bit.ly/33Aykws

Resumo: As reflexões anteriores sobre São José feitas a partir dos Evangelhos e da tradição orante da Igreja testemunham um «sentir comum», bem expresso na honra e amizade especial que lhe tributamos, confiando-nos à sua custódia e proteção. Aliás, o próprio Pai do Céu confiou a São José as coisas mais preciosas que tem: o seu Filho Jesus e a Virgem Maria. Alargando as margens deste «sentir comum», vemo-nos na chamada «comunhão dos santos» em Cristo: n’Ele formamos um só corpo, cuja cabeça é Jesus, e nós os membros. E cada membro da Igreja está ligado a todos os outros de maneira profunda e por um vínculo tão forte que nem a morte o pode romper. De facto, a comunhão dos santos envolve não só os irmãos e irmãs que vivem comigo neste momento histórico, mas também quantos já concluíram a sua peregrinação terrena e atravessaram o limiar da morte. Como é bom pensar que ninguém poderá jamais separar-nos daqueles que amamos! A comunhão dos santos mantém unida a comunidade dos crentes que vivem sobre a terra e no Céu. Por isso, a relação de amizade que posso construir com um irmão ou irmã aqui na terra, consigo estabelecê-la também com um irmão ou irmã que esteja no Céu. Todos temos necessidade de amigos, todos temos necessidade de relações profundas que nos ajudem a enfrentar a vida. Os Santos são amigos com quem muitas vezes tecemos relações de amizade. Graças à comunhão dos santos sentimos perto de nós os Santos e as Santas que são nossos patronos pelo nome que temos, pela comunidade eclesial a que pertencemos, pelo lugar onde habitamos.

09 de fevereiro – São José, padroeiro da boa morte

https://bit.ly/3BBL3vn

Resumo: O povo cristão tem São José como patrono da boa morte. É uma devoção baseada no pensamento de que José terá morrido assistido pela Virgem Maria e Jesus. Recentemente, de forma dramática, a pandemia evidenciou a realidade da morte, que a cultura do bem-estar tenta afastar do pensamento. Porém, a fé cristã não dissimula o medo da morte, ajuda sim a enfrentá-lo. Graças à fé na ressurreição de Jesus, podemos aproximar-nos do abismo da morte sem ceder ao medo e aproveitar a própria morte para olhar a vida com novos olhos. Por que razão caímos na tentação de acumular riquezas? Eu nunca vi o camião com as mobílias atrás de um carro fúnebre! Por que razão litigamos, se um dia morremos? Queridos irmãos e irmãs, é preferível acumular as obras de caridade e morrer reconciliados com todos. Sabemos que a hora da morte foge ao nosso controlo, mas, pensando nela, podemos fazer importantes escolhas. A primeira passa por reconhecer que, uma vez feito tudo para curar um doente, é imoral o encarniçamento terapêutico. A segunda diz respeito à qualidade da morte e do sofrimento. Graças aos chamados “cuidados paliativos”, tem-se ajudado a viver a última fase da vida de forma mais humana; mas essa ajuda significa acompanhar, não provocar a morte ou o suicídio. A vida, sim, é um direito, não a morte, que deve ser aceite e não ministrada. Que São José nos ajude a viver da melhor maneira possível o mistério da morte, fazendo a experiência da misericórdia de Deus, que está ao nosso lado também no último momento.

16 de fevereiro – São José, Padroeiro da Igreja universal

https://bit.ly/3LMNyzE

Resumo: Concluímos hoje o ciclo de catequeses sobre a figura de São José, que são complementares da minha Carta apostólica intitulada Com coração de pai, escrita pelos 150 anos da declaração do nosso Santo como Padroeiro da Igreja Católica. E que significa isto? De certo modo o núcleo primordial da Igreja é formado por Jesus, Maria e José. Sabemos que o Filho do Altíssimo veio ao mundo em condições de grande fragilidade; precisou de ser defendido, protegido, cuidado. Pois bem! O Pai do Céu fiou-se de José, como aliás fez Maria que nele encontrou o esposo que A amou e respeitou e sempre cuidou d’Ela e do Menino. Neste sentido, «São José não pode deixar de ser o Guardião da Igreja, porque a Igreja é o prolongamento do Corpo de Cristo na história e ao mesmo tempo, na maternidade da Igreja, espelha-se a maternidade de Maria. José, continuando a proteger a Igreja, continua a proteger o Menino e sua mãe; e também nós, amando a Igreja, continuamos a amar o Menino e sua mãe» (n. 5). Este Menino tonar-Se-á homem adulto; então ouvi-Lo-emos dizer: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40). Assim, cada faminto e sequioso, cada forasteiro e pessoa sem agasalho, cada doente e encarcerado é o «Menino» que José guarda. Por isso, o invocamos como protetor de todos os necessitados, exilados, aflitos e moribundos. E nós temos de aprender com ele a «guardar» estes bens: amar o Menino e sua Mãe; amar os Sacramentos e o Povo de Deus; amar os pobres e a nossa paróquia. Em todas e cada uma destas realidades, sempre encontramos o Menino e sua Mãe.

(Fotos: Vatican News)

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