Jovem brasileiro fala sobre a “ponte” entre o Sínodo dos Jovens e o Sínodo da Amazônia

Jovem brasileiro fala sobre a “ponte” entre o Sínodo dos Jovens e o Sínodo da Amazônia

Leon de Sousa, jovem brasileiro e membro da Repam (Rede Pan-Amazônica), concedeu, na última quinta-feira, 10, uma entrevista ao Vatician News, falando sobre a “ponte” entre o Sínodo dos Jovens (realizado em 2018) e o Sínodo da Amazônia. O jovem, que até 2018 foi o assessor da Cáritas brasileira, para assuntos referentes à juventude, participou de todo o processo sinodal que tratou do tema “os jovens, a fé e o discernimento vocacional” e agora está presente no Sínodo que reflete sobre a atuação da Igreja na Região Pan-Amazônica.

“Eu acho que o Sínodo da juventude marca uma opção pastoral do Francisco”, afirma Leon, que chama a atenção para a necessidade eclesial de, a partir do caminho sinodal e da exortação “Christus Vivit”, encantar as juventudes de dentro e de fora da Igreja. “Depois do Sínodo, nós temos a oportunidade de ter nas mãos uma exortação extremamente inovadora, extremamente profunda, que também segue as orientações do Papa Francisco ao que ele chama de uma conversão pastoral, ou seja, não dá pra ler a Cristo Vive se a gente não lê ou não compreende todo o magistério do Papa Francisco”, declarou.

No Sínodo da Amazônia, Leon está responsável pelos eventos que acontecem na “Tenda da Casa comum”, ambientes que tem por objetivo favorecer um contato com a cultura amazônica e trazer um pouco da realidade da região para a cidade de Roma. “Vai desde de exposições fotográficas a exibições de filmes a rodas de conversas e as celebrações que nós temos feito também”, afirmou.

O protagonismo dos Jovens no Sínodo da Amazônia

“Os jovens tem uma dimensão da criatividade que é muito importante neste momento, pra gente reinventar formas de cuidado com o ambiente, de relação com o ambiente, de relação com as pessoas”, declarou Leon, que percebe que os modos com que se comunicam e se organizam os jovens, devem ser incorporados dentro da Igreja e noutros seguimentos sociais.

Falando sobre as juventudes da Amazônia, Leon recordou os sofrimentos que estas vivenciam, por não terem muitos de seus direitos básicos garantidos, destacando a mortalidade e o extermínio, realidade partilhada por milhares de jovens no Brasil. “Mas ao mesmo tempo uma juventude que tem muito a aportar. A juventude da Igreja, a juventude dos movimentos, dos grupos, enfim, a aportar para as novidades pastorais, pra novidades políticas e para as novidades econômicas que a gente precisa”, concluiu.

Por Maurício Lucena, com informações do Vatican News.

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