2021: será o ano do protagonismo juvenil!

2021: será o ano do protagonismo juvenil!

O que falar do ano de 2020, agora que chegou ao fim? O que aprendemos perante todas as dificuldades e desafios que tivemos que superar e quais os aprendizados que levaremos para 2021?

Em 2020 – um ano atípico – tivemos que aprender  tantas coisas com a pandemia do novo coronavírus, mas talvez a principal dela foi que, sozinhos não somos nada, nem ninguém, precisamos nos unir mais… O ano de 2020, parecia ser um ano sem fim, tivemos que nos ausentar e, dentro de nossas casas, tivemos que nos reinventar, assumir de vez nossa versão beta, e nos transformar a cada dia em termos profissionais, pessoais, comportamentais. Tivemos de encontrar novas formas de mostrar nossos sentimentos, sem recorrer ao toque, o que é tão habitual em nossas rotinas. Descobrimos que dinheiro não é tudo, tendo que  reduzir e repensar nosso ritmo e modo de consumo.

Com as pessoas em suas casas, os índices de poluição ao redor do mundo diminuíram. O planeta Terra agradeceu. Especialistas apontam essa mudança como temporária e, claro, relacionada ao confinamento, mas será que isso não poderá nos ajudar a encontrar soluções para as questões climáticas, já salientadas nos festejos da celebração dos 5 anos da publicação da Carta Encíclica “Laudato Si” do Papa Francisco. Será que essa crise não veio também para nos alertar e mostrar que somos capazes de implementar um novo ritmo de vida que seja positivo e gere um melhor impacto?

Aprendemos que, sem cooperação coletiva não sairemos dessa crise. Foi um ano de nos conectarmos com pessoas de agora e com outras com quem não tínhamos contato já há algum tempo. Dentro dos nossos lares revisitamos histórias por meio de fotos, livros, ligações e vídeos conferências com amigos e parentes. Também aprendemos  a  filtrar as informações que recebemos de diversas fontes. As fake news chegaram para ficar e este é um movimento que só tende a crescer, isso é fato. Mas saber pesquisar a fonte da notícia se tornou questão essencial para muitos que não tinham o hábito de se aprofundar nos assuntos. Porém, nem só de fake news vive a internet, as redes sociais tiveram especial participação: perdi a conta de quantas lives passaram pelas minhas redes, trazendo os mais diversos assuntos. Desde temas sobre como lidar com o psicológico em meio à pandemia aos de formação pastoral e cidadã.

Agora que o ano de 2021 está invadindo nossas casas, temos que ter em mente que não podemos nos deixar levar pela angústia, pela ansiedade, pelo medo e pelas incertezas, que marcaram 2020; mas investidos de responsabilidades e bons propósitos, busquemos compreender as nossas limitações e as dos outros, sem jamais perder a fé e a esperança, despertando e ampliando o protagonismo juvenil na fé, esperança e na Caridade, dando a contribuição para que, em 2021 haja várias manifestações de solidariedade e compaixão, diálogos e parcerias, visando superar  as dívidas sociais e humanitárias, manifestando o sonho juvenil por vida e vida em plenitude.

Feliz ano novo!

Por Dom Nelson Francelino Ferreira – Bispo da Diocese de Valença – RJ – Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

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