A “síndrome das notificações móveis”

A “síndrome das notificações móveis”

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Será que o excesso de informações que recebemos por diversos meios de comunicação móvel, durante as seis, oito, ou mais horas de trabalho, além daquelas que chegam no período descanso, tem deixado nossa mente cansada e confusa?

No curso que a vida segue, podemos ser surpreendidos por uma nova síndrome, a das “notificações móveis”.

Antes de entrar especificamente na reflexão que o título propõe, quero retomar o significado das palavras: síndrome e notificações, conforme está no dicionário.

Síndrome: palavra de origem grega, “syndromé”, cujo significado é “reunião”, termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição.

Já a palavra notificação, penso que, mais do que saber a definição, é uma realidade contida em quase tudo que fazemos. A palavra significa a ação e o efeito de notificar – verbo que deriva do latim “notificare” – comunicar formalmente uma resolução ou dar uma notícia com um certo propósito).

Não quero tomar posição com acusação, preconceito, ou opinião contrária ao uso da tecnologia. Mas abrir espaço para alguns questionamentos: de que modo temos vivido e quais influências a notificação móvel – marca das novas tecnologias – tem gerado em nossa vida? Quantas notificações recebemos por dia? Seja no celular, em outros dispositivos móveis ou no computador de mesa? O que conseguimos ler, assimilar, refletir e responder no decorrer das 24 horas?

É o e-mail que chega na sua caixa de entrada, o whatsapp do grupo que não para de apitar, o twitter daquele jornalista ou personalidade que você segue, a reunião que vai começar, a foto do(a) namorado(a) que foi publicada no facebook, o aviso do aplicativo para tomar água, remédio. Enfim, durante todo tempo que nosso dispositivo móvel está ligado, se não tivermos desabilitado o recurso nas configurações das ferramentas e aplicações, a cada minuto chegará uma notificação sobre algo.

Segundo estudiosos, uma edição de domingo de grandes jornais, contém mais informação do que uma pessoa do século XVII recebia ao longo de toda a sua vida.

Na própria internet encontramos pesquisas científicas que afirmam que o excesso de informação pode causar exaustão do Sistema Nervoso Central do cérebro.

Sempre escrevo artigos a partir de alguma experiência que vivo ou de realidades que observo. Portanto, não me excluo de nada que abordei.

Deixo aqui algumas dicas que tenho adotado para não perder o foco.

Primeiro: pergunte a si mesmo o que é essencial. Depois, na parte prática, desabilite as notificações dos grupos (whatsapp, telegram, entre outras redes sociais). Lembre-se: se alguém deseja falar com você no horário de trabalho, tentará outros meios, como fazer uma ligação.

Segundo não perca a paciência e a sua paz porque esta ou aquela pessoa não respondeu de imediato a sua mensagem.

Precisamos ser protagonistas no uso da tecnologia e da informação e, jamais, escravos. Nós é quem precisamos ditar as regras!

Por Adailton Batista, missionário da Comunidade Canção Nova, gerente de mídia social e produtor de conteúdo do Portal Canção Nova

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