Papa aos jovens: confiem tudo a Jesus, arrisquem-se sem medo

Papa aos jovens: confiem tudo a Jesus, arrisquem-se sem medo

Juventude se reuniu no Estádio Papp László Budapest Sportaréna, em Budapeste, para encontrar-se com Francisco em meio a sua viagem à Hungria

Uma multidão de jovens foi até o Estádio Papp László Budapest Sportaréna, em Budapeste, para se encontrar com o Papa Francisco neste sábado, 29. O Pontífice, que realiza Viagem Apostólica à Hungria desde ontem até domingo, 30, animou a juventude a ousar, se arriscar colocando seus dons à disposição de Deus e da comunidade. Em vários momentos, pediu que todos repetissem algumas de suas falas, em húngaro, interagindo com os presentes.

Estádio em Budapeste sediou o encontro com os jovens / Foto: REUTERS-Bernadett Szabo

O Papa iniciou seu discurso aos jovens agradecendo por todas as apresentações culturais, pelos testemunhos corajosos que foram dados e pela presença de cada um. Referindo-se primeiramente à fala de Som Ferenc Cserháti, bispo que o recebeu, Francisco ratificou que a juventude “é tempo de grandes perguntas e grandes respostas”. Por isso, ele “apresentou” o Amigo, o melhor dos amigos; o Irmão, o melhor dos irmãos; Aquele que é muito hábil ao colocar perguntas: Jesus.

O Santo Padre indicou que Cristo se alegra com aqueles que ousam, porque essa ousadia leva à vitória quando se decide viver com Ele.

“Mas como se faz para vencer na vida? Há duas coisas fundamentais, como no desporto: primeira, apostar alto; segunda, treinar-se,” explica Francisco, que exortou a usar os talentos, os dons dados por Deus sem medo, verdadeiramente se arriscar.

E, para treinar-se, o Papa convidou a contar com o próprio Cristo. “Jesus, que é o melhor treinador possível, ouve-te, motiva-te, acredita em ti, sabe como tirar o melhor de ti. E sempre nos convida a fazer equipe: nunca sozinhos, mas com os outros; na Igreja, na comunidade, juntos, vivendo experiências comuns”, ressaltou o Pontífice.

Estádio em Budapeste sediou o encontro com os jovens / Foto: REUTERS-Bernadett Szabo

Dialogue com Jesus, Ele te ouve!

Francisco indicou também, baseado no testemunho de Krisztina, que estava entre os jovens que deram testemunho, a necessidade de saber fazer silêncio para poder dialogar com Jesus.

“Não tenhais medo de ir contracorrente, encontrando diariamente um tempo de silêncio a fim de parar e rezar. Hoje tudo vos diz que é preciso ser rápido, eficiente, praticamente perfeito, como máquinas. Mas depois damo-nos conta de que muitas vezes ficamos sem gasolina e não sabemos o que fazer. É bom saber parar para abastecer, para recarregar as baterias”, aconselhou o Papa.

Ele também advertiu, contudo, para que os jovens não caiam na reclusão, mergulhando nas próprias melancolias ou pensando demais no que os outros fizeram. O silêncio deve ser um lugar para cultivar relações benéficas, “porque nos permite confiar a Jesus aquilo que vivemos, apresentar-Lhe rostos e nomes, entregar-Lhe as preocupações, lembrar os nossos amigos e rezar por eles”.

Neste contexto, Francisco falou como “o silêncio é a porta da oração, e a oração é a porta do amor”. Por meio da oração, a pessoa ama a Deus e se aproxima dele, é verdadeira. E, assim, consegue ser alcançada pela graça divina, permitindo que o Senhor faça grandes coisas na própria vida.

Estádio em Budapeste sediou o encontro com os jovens / Foto: REUTERS-Bernadett Szabo

Confiar tudo, sem se contentar com “meias medidas”

O Pontífice prosseguiu e citou, a partir do testemunho de Tódor, que não se deve contentar com meias medidas. É preciso questionar-se, deixar-se inquietar. O Papa convidou, então: “cada um de nós interrogue-se: Que faço pelos outros, pela Igreja, pela sociedade? Vivo a pensar só no meu bem ou arrisco pelos outros, sem me cingir aos meus interesses? Interroguemo-nos sobre a nossa gratuidade, sobre a nossa capacidade de amar segundo Jesus, isto é, servir”.

Finalizando, Francisco refletiu, ainda sobre a gratuidade, sobre o jovem que cedeu os cinco pães e dois peixes que tinha para Jesus realizar o milagre da multiplicação. Ele não sabia o que Cristo faria, mas “o rapaz faz uma coisa extraordinária: confia, dá tudo, não guarda nada para si. Veio para receber de Jesus e vê-se na situação de dar a Jesus (…) É aqui que conduz a fé: à liberdade de dar, ao entusiasmo do dom, à superação dos medos, a pôr-se em jogo!”

por CN Notícias, com Boletim da Santa Sé

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