Os três “M” do padre: missionário, mediador e mártir

Os três “M” do padre: missionário, mediador e mártir

Dirigindo-se ao ordenando, Frei Mauro Zannin, O.F.M. nascido na Suíça, o prelado comentou o Evangelho do 15º domingo do Tempo Comum, que conta a parábola do semeador (Mt 13, 1-23).

Entre seus discípulos, “Ele quis escolher alguns em particular, para que, exercitando publicamente, na Igreja e em seu nome, o ofício sacerdotal a favor de todos os homens, continuassem sua missão de mestre, sacerdote e pastor”.

Neste contexto, indicou o secretário do dicastério vaticano, “ser missionário significa ser enviado pelo Pai para amar”.

O sacerdote, prosseguiu, deve ser também mediador, como indicou o Papa Bento XVI, definindo o presbítero como “mediador entre Deus e os homens”.

Se na vida terrena “não faltam os sofrimentos e as provações, (…) o crente – e sobretudo o sacerdote – deve saber ter esperança e perseverança na glória futura”.

O terceiro “M” do sacerdote é o que evoca o martírio, declarou Dom Hon Tai-Fai, no dia em que a Igreja celebrava a festa dos 120 mártires chineses beatificados em vários grupos entre 1746 e 1951 e canonizados pelo Papa João Paulo II em 1º de outubro de 2000.

“O Evangelho – comentou o prelado, referindo-se ainda à passagem do semeador – fala do terreno bom para acolher a Palavra. O sangue dos mártires fecunda o terreno para a Palavra. Jesus Cristo é a Palavra definitiva e eficaz que saiu do Pai e voltou a Ele, cumprindo perfeitamente sua vontade no mundo. O semeador que leva a palavra se converte na própria Palavra.”

Para isso, o arcebispo exortou o ordenando a ser “testemunha de Cristo, para que, com a palavra e o exemplo, possa construir a Igreja e ser o perfume de Cristo em seus ensinamentos, em sua alegria e em seu apoio aos fiéis”.

“Siga o exemplo do Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir”, convidou.

O prelado concluiu citando uma oração de São Tomás, “porque está cheia do espírito de São Francisco”: “Meu Deus, não te esqueças de mim quando eu me esqueço de ti. Não me abandones, Senhor, quando eu te abandono. Não te afastes de mim quando eu me afasto de Ti. Se fujo de Ti, chama-me; se me resisto a ti, atrai-me; se caio, levanta-me”.

“Concede-me, eu te peço, uma vontade que te busque, uma sabedoria que te encontre, uma vida que te agrade, uma perseverança que te espere com confiança e uma confiança que, no final, chegue a possuir-te.”

Da Agência Zenit

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