JMJ Rio2013 desenvolve projetos de combate às drogas

JMJ Rio2013 desenvolve projetos de combate às drogas

Uma realidade que ainda preocupa famílias de jovens do mundo inteiro, inclusive dos cariocas, é o envolvimento da juventude com o mundo das drogas. E é para atuar na reversão deste quadro que o Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, em parceria com o Vicariato para a Caridade Social da Arquidiocese do Rio, busca, a partir de projetos em união com comunidades terapêuticas, deixar um legado social contra este mal que aflige a sociedade.

Um dos projetos é o ônibus, chamado “Passaporte da Cidadania”, que foi lançado no início de dezembro. Outra ação, mais ampla em seu atendimento, será um trabalho mais profundo com os dependentes químicos, que acontecerá a longo prazo.

Segundo o vigário episcopal para a Caridade Social e diretor do setor de Legado Social do COL, cônego Manuel de Oliveira Manangão, o legado social planejado e pensado desde o início para a JMJ foi acertado tanto entre os bispos da CNBB quanto da cidade do Rio e será colocado em prática a partir de um plano criado pelo Vicariato para a Caridade Social junto com outras instituições.

“O processo primeiro está sendo a criação do estatuto, uma espécie de regimento interno, onde ficará claro quais são as atribuições e responsabilidades e qual é o caminho que vai ser desenvolvido. Ele foi elaborado pelas entidades que estão participando desse trabalho, com as experiências que tem”, disse.

De acordo com o cônego Manangão, a partir da criação do estatuto, o projeto será desenvolvido em três momentos: o acolhimento de dependentes químicos e a prevenção contra o envolvimento de outras pessoas com o mundo das drogas, a criação de uma rede de trocas de experiências entre instituições religiosas e da sociedade civil que cuidam destas pessoas e o desenvolvimento de um centro de triagem.

“O primeiro momento é o acolhimento das pessoas envolvidas com a realidade da droga e, ao mesmo tempo, um processo de prevenção nas paróquias, comunidades e escolas no intuito de ajudar o jovem a perceber que a realidade da droga é uma furada. No segundo momento, estabelecer uma articulação real entre as entidades que, no mundo católico e na sociedade civil, já trabalham com a realidade do tratamento de pessoas que vivem a experiência da droga. Vamos começar pelo trabalho feito pelas entidades católicas para termos uma base sólida a fim de, depois, mediante um documento de vinculação, abrirmos para as entidades da sociedade civil que fazem este trabalho. A isso a gente vem dando o nome de rede. O que se pensa é que a rede seja um mecanismo para que consigamos encaminhar com mais facilidade essa pessoa para algum lugar. O terceiro passo é a questão de um centro de triagem. Hoje, pelo que nós estamos vendo, provavelmente será o ambulatório da Providência. Ele vai focar, a partir de agora, um pouco mais da realidade do mundo da ‘drogadição’” explicou.

Passaporte para a cidadania

A coordenadora da Pastoral do Menor, Maria Christina Sá, que faz parte do Conselho da JMJ, afirmou que, em uma pesquisa com educadores de meninos de rua, verificou-se que o envolvimento deles com as drogas deve-se, em grande parte, à busca de algo que preencha a situação de indigência e miséria em que vivem.

Por isso, segundo ela, o trabalho já começou a partir da ideia de criação de um ônibus equipado com diversas tecnologias, que foi lançado na Feira da Providência (evento em parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro), para promover a inclusão destes jovens à sociedade. A ele foi dado o nome de “Passaporte da Cidadania”.

“Verificamos que eles realmente queriam ser vistos e ouvidos e chegamos à conclusão do que fazer para que esses meninos venham voluntariamente para um destino que lhe dê condição de cidadania humana. Então, fizemos o ônibus para que fosse aos lugares em que a pesquisa detectou que havia uma maior concentração de dependentes químicos. Nele, haverá técnicos de TI, assistentes sociais, psicólogos e educadores. Ele será inaugurado na Feira da Providência como parte do legado social da JMJ”, destacou.

Do site oficial www.Rio2013.com

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