Na tarde desta sexta-feira (17), durante o primeiro dia do 3º Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil, em Niterói (RJ), o bispo-auxiliar de Belém do Pará (PA) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Antônio de Assis Ribeiro, refletiu sobre os grandes desafios da Pastoral Juvenil. Com os mais de cem participantes, vindos de todos os Regionais do país, o bispo elencou dez grandes desafios, entre eles a identidade da Pastoral, a questão vocacional e a sinodalidade.
Tempo de grandes mudanças
Contextualizando o presente como um período de mudança de época, Dom Antônio falou sobre a necessidade de renovações e reconfigurações na Pastoral Juvenil, assim como muitos setores de dentro e de fora Igreja estão passando por atualizações.
“Estamos em tempos de grandes mudanças, por isso somos chamados a refletir sobre o redimensionamento, reconfiguração, reestruturação e renovação. Trata-se de um processo de reorganização e também a Pastoral Juvenil deve fazer esse mesmo processo.”
Dom Antônio recordou que o Documento de Aparecida (2007) já apresentava esta necessidade, bem como o Documento 100 da CNBB, Comunidade de Comunidades: uma nova Paróquia. “A renovação das Paróquias é também das suas estruturas e lá estamos nós: a Pastoral Juvenil”.
A sensibilidade juvenil e a questão vocacional
Dom Antônio refletiu sobre a importância da Pastoral Juvenil ter a sensibilidade de reconhecer as diferentes necessidades das juventudes. “Não podemos fazer nenhuma Pastoral que não esteja encarnada na existencialidade, e os documentos do Papa Francisco são muito claros com relação a isso”. Para o bispo, desafios como o vazio existencial que atinge muitos jovens, bem como a fragilidade psicológica, a criminalidade, a drogadição, a pobreza e a miséria devem despertar a ação da Igreja.
A importância da Pastoral Juvenil trabalhar o projeto de vida com os jovens também foi abordada por Dom Antônio. “Falar de questão vocacional significa enfrentar hoje a ideologia do presentismo, do imediatismo, das relações descompromissadas. (…) É uma necessidade voltarmos a falar sobre projeto de vida”.
Desafios da Pastoral Juvenil
Além disso, Dom Antônio apresentou como um grande desafio fazer com que os jovens tenham um verdadeiro encontro, conhecimento e amizade com a pessoa de Jesus Cristo, tornando-se discípulos e missionários, bem como a importância de uma Pastoral Juvenil sinodal e preventiva, com engajamento sócio-eclesial, com visibilidade social e autossustentável.
Saiba mais sobre o primeiro dia do Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil:
Revitalização da Pastoral Juvenil: encontro tem início em Niterói (RJ)