Dia Mundial da Água: 8 ensinamentos da Laudato Si

Dia Mundial da Água: 8 ensinamentos da Laudato Si

No dia 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água. Mas, você pode se perguntar, qual o motivo de “celebrar” a água?

Talvez a gente possa começar por uma outra pergunta: o que é a natureza para você?

A maioria automaticamente vai pensar em rios e árvores, em florestas ou nos animais, considerando um lugar distante, algo desligado do nosso dia-a-dia.

Mas é aí que muitos se enganam, todos os seres humanos também fazem parte dessa natureza.

O Papa Francisco nos lembra com a encíclica Laudato Si que cada cristão tem um compromisso com o meio ambiente, com o cuidar da Casa Comum. Já no início dela, o pontífice recorda o cântico das criaturas de São Francisco de Assis, de onde foi retirado o termo Laudato Si’ (Louvado sejas).

[São Francisco] “recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços” (LS, 1).

‘Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou’, continua Francisco, afinal todos os seres e toda a criação habitam este planeta em relação com o ser humano:

“O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos” (LS, 2).

Percebe agora como tudo está interligado? Não se trata apenas da água.

É “a relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto impede-nos de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura da nossa vida. Estamos incluídos nela, somos parte dela e compenetramo-nos” (LS, 139).

E é claro, que o Papa Francisco também se dirige aos jovens:

“A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos. (…) Os jovens têm uma nova sensibilidade ecológica e espírito generoso, e alguns deles lutam admiravelmente pela defesa do meio ambiente” (LS, 209).

Mesmo os cristãos, “comprometidos e piedosos” diz o pontífice, muitas vezes se esquecem das preocupações com o meio ambiente, uns são passivos, outros se recusam a mudar hábitos e se tornam incoerentes.

“Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa” (LS, 217).

Especialmente, sobre a questão da água, a encíclica nos traz também preocupações com o esgotamento dos recursos naturais e a impossibilidade de sustentar os atuais níveis de consumo.

“A água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos” (LS 28).

“Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos” (LS 30).

Por isso, Papa Francisco reforça que a todo momento as coisas podem mudar, e destaca:

“o urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral” (LS, 13).

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