Criado por muitas lideranças latino americanas, livro será usado nas diversas expressões juvenis, movimentos, novas comunidades, congregações religiosas e outras forças da Igreja visando a vida do jovem
A Comissão Episcopal Pastoral para Juventude, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou o documento “Civilização do Amor: Projeto e Missão”,em dezembro de 2013, no Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil.
O documento, criado por diversas lideranças juvenis, faz parte do projeto de revitalização da Pastoral Juvenil na América Latina e Caribe, e busca empreender uma dimensão de vida e prática nova a partir da vida dos jovens nos diferentes contextos e de uma profunda conversão pessoal, pastoral e eclesial, com o intuito de incitar o caminho de discipulado missionário em cada um.
Assessor Nacional da Comissão para Juventude, o padre Antônio Ramos Prado destaca que o Documento possui oito linhas de ação, que propiciam a formação integral do jovem em todos os aspectos, pensando o ser humano em sua totalidade.
De acordo com o ex-presidente da Comissão, Dom Eduardo Pinheiro da Silva, esse material tem um conteúdo muito importante na área teológica e eclesial e auxilia a fundamentar os trabalhos junto aos jovens de diversas expressões. “Percebemos a vontade da Igreja em avançar cada vez mais nesses novos tempos com as várias expressões juvenis, como as Pastorais da Juventude (PJs), movimentos, novas comunidades, congregações religiosas e outras forças em vista da vida do jovem”, defende.
Para ele, a tradução a cada realidade do país deve se dar no conjunto e unidade dessas várias expressões, para possibilitar a criação de novas pistas de evangelização em unidade com a América Latina.
Dentro desse discurso da fomentação do fortalecimento de protagonismo juvenil católico, o bispo de Caxias (MA) e presidente da Comissão , Dom Vilsom Basso destaca a importância de que os líderes jovens e adultos propaguem e façam desse documento fonte de estudo. “É preciso que vocês carreguem a Bíblia, o Documento 85 e o Civilização do Amor. Se queremos construir essa Civilização, aqui tem o roteiro e manual”, ressalta.
Construindo a Civilização do Amor
Diversas expressões juvenis presentes no Encontro de Revitalização apresentaram suas perspectivas e anseios na utilização do Documento Civilização do Amor:
Luana Padilha, da Pastoral da Juventude, aponta que o Documento Civilização do Amor: Projeto e Missão é a continuidade de um caminho, já que existiu o estudo e vivência do Civilização do Amor: Tarefa e Esperança, um documento que embasou a caminhada da Pastoral ao longo dos anos.
Para ela, o documento chega num momento para agregar como Igreja no Brasil a outros grupos. “O que para nós como PJ já é cotidiano é muita riqueza e ternura pensar toda a proposta de Jesus Cristo inscrita nesse documento e agregar outros jovens a pensarem sob essa perspectiva; o mais importante é ir colocar o documento na mochila e ir ao encontro da juventude”, afirma.
Civilização do amor, para Luana, é viver em uma sociedade muito negativa que não enxerga as coisas boas que estão acontecendo, porém, quando existe em um projeto que traz ao jovem Jesus que é a esperança.
Integrante do Ministério Jovem, Fernando dos Santos Gomes, destaca que para os jovens pertencentes à Renovação Carismática Católica (RCC), o Documento contribuirá no processo formativo, dando passos concretos para a formação integral: humana, sociopolítica, transformadora e para a missão.
Segundo ele, o processo de implantação do estudo será dividido em duas partes: formação de lideranças nos encontros nacionais do MJ e RCC; a segunda etapa está na ampla divulgação para o grande público, por meio das redes sociais e meios de comunicação.
A civilização do amor, para Fernando, é uma realidade onde o evangelho pode ser mais propagado e vivenciado pelas pessoas. “É a vivência entre os povos de uma cultura da solidariedade, do encontro e diálogo, onde todos têm seu espaço na sociedade, sem guerra, fome, onde haja pão e a Palavra”, espera o jovem.
Nilton Júnior, da comunidade Pantokraator, aponta que o documento demonstra toda a riqueza da Igreja que tem sido muito eficaz para a unidade e crescimento evangelizador das novas comunidades e demais expressões eclesiais. “Será possível levar cada um com seu carisma a colocar em prática esse documento de uma forma específica com sua identidade própria, contribuindo para que sejamos Igreja e vivamos essa unidade”, diz.
Ele ressalta que os jovens participantes das novas comunidades estudarão o Documento Civilização do Amor e serão multiplicadores da riqueza da Igreja, com objetivo de atingir aos que estão se aproximando agora de uma obra de evangelização.
Nilton acredita que a definição de Civilização do Amor é ter Jesus Cristo como centro de tudo. “Ele é o verdadeiro e único amor e cada um assumindo isso, viveremos com plenitude o essa Civilização”, ressalta.
Alex Bastos, da Juventude Franciscana (JUFRA) acredita que para sua expressão, o documento é uma forma de unidade com a Igreja e a ideia para a aplicação desse material é um encontro em sintonia eclesial, se encaixando na essência do que se prega.
A Civilização do Amor para ele é uma realidade de vida plena. “Sonhamos com uma terra sem males, com harmonia, onde o jovem seja valorizado, tenha seu papel de protagonismo, construção e a busca da apresentação do rosto de Jesus Cristo para os outros jovens que precisam conhecê-lo integralmente”, deseja.
Por Maria Amélia Saad, Jovens Conectados.
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