A Cruz foi recebida na capital do Rio Grande do Norte com um grande show realizado na Praia do Forte na noite de sexta-feira (10). Dezenas de artistas se apresentaram para um público de quase trinta mil pessoas, num belo espetáculo de alegria e fé que agora será transformado no DVD oficial do Bote Fé, cujo lançamento está previsto para maio.

Shows

Padre Zezinho, precursor da música católica no Brasil, abriu os shows com a canção “Um Certo Galileu”. Começou aí uma sequência de apresentações que levantou a juventude. Sucederam-se no palco mais de trinta artistas, entre eles vários padres cantores. Ao longo da noite, também foram apresentadas mensagens especiais de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, cidade que vai sediar a JMJ em julho de 2013. Também falaram Dunga, da Comunidade Canção Nova, e Moysés Azevedo, da Comunidade Shalom.

A Cruz e o Ícone chegaram às 20h na Arena Bote Fé sob uma salva de palmas dos presentes em Natal. Em meio a um grande silêncio, os símbolos da Jornada entraram segurados por várias mãos em um mar de jovens. “Deus foi entrando devagarinho em nossa história”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, que conduziu um momento de oração. “Os símbolos da Jornada querem trazer a certeza de que Deus está presente. Somos convidados a transbordar esse amor aos outros”, disse.

Após a oração, com os símbolos já no palco do evento, Eugenio Jorge começou a cantar a versão em português do hino da Jornada Mundial da Juventude de 2000, Emmanuel. Suely Façanha, Ziza Fernandes, Luiz Carvalho e Celina Borges também acompanharam e animaram o coro de milhares de jovens.

“A peregrinação da Cruz e do Ícone é uma grande ideia de congregar as pessoas não só no mesmo lugar, mas também no mesmo ideal. E música  é uma dessas forças de atração”, destacou o padre Joãozinho, produtor do CD “No peito eu levo uma Cruz”, que reuniu mais de 80 cantores para a gravação da música “Nova Geração”, em maio de 2010, tema da peregrinação dos símbolos no Brasil.

Uma oportunidade única para vivenciar a unidade da Igreja e mostrar a força da juventude. Foi esse o sentimento dos participantes do encontro. Eli Mendonça de Almeida, 45, trouxe os cinco filhos e a esposa para o Bote Fé. “Não podia perder um evento desse, acho ele essencial para o jovem, para tirar ele de caminho errado”.

Peregrinação

No sábado, os Símbolos da JMJ peregrinaram por toda a Arquidiocese de Natal, visitando alguns locais marcantes. Antes mesmo de o sol nascer, foram levados em Via Sacra para a Catedral Metropolitana, onde mais de 3 mil fiéis acompanharam a missa padre Robson, do Santuário do Divino Pai Eterno (GO).

Às 10h, acompanhados pelo Padre Zezinho, Cruz e o Ícone visitaram o bairro Mãe Luíza, local onde a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) deu os primeiros passos no Rio Grande do Norte.

Em seguida, os Símbolos foram levados ao Santuário da Candelária, onde a acolhida, animada pela cantora Jake, foi presidida por Dom Eduardo Pinheiro. Citando a canção de Padre Zezinho, ele ressaltou que a cruz nos lembra, com sua haste vertical, que somos filhos de Deus, voltados para o infinito e para a eternidade do Seu amor; e, com a haste horizontal, que somos irmãos uns dos outros.

– Se não tivermos a coragem de nos comprometer com a vida plena do nosso irmão, não somos cristãos – disse.

A parada seguinte foi no Santuário dos Mártires, onde Ir. Kelly Patrícia já animava a juventude. De lá, os símbolos foram levados para a Área de Lazer do Conjunto Panatis, onde Padre Reginaldo Mazotti celebrou uma missa com a presença de milhares de fiéis. De lá, a Cruz e o Ícone saíram em carreata até Uruaçu, onde foram levados, em procissão luminosa, até o Monumento dos Protomártires do Brasil.

No domingo, a despedida aconteceu na cidade de Santa Cruz. De lá, a Cruz e o Ícone seguiram para a Diocese de Caicó (RN).