“A sinodalidade é o despertar da vida da Igreja”: Bispo de Nova Iguaçu (RJ) promove reflexão no segundo dia do Encontro Nacional de Revitalização

“A sinodalidade é o despertar da vida da Igreja”: Bispo de Nova Iguaçu (RJ) promove reflexão no segundo dia do Encontro Nacional de Revitalização

Na manhã deste sábado, 18 de junho, segundo dia do Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil da CNBB, os representantes dos regionais tiveram a oportunidade de acompanhar algumas reflexões do Bispo da Diocese de Nova Iguaçu (RJ), Dom Gilson Andrade da Silva. Em uma partilha sobre sinodalidade e Pastoral Juvenil, o bispo apresentou indicações de como a Igreja deve caminhar junto com as juventudes.

No início da partilha, Dom Gilson recordou o Sínodo da Juventude, que teve como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, que ocorreu em outubro de 2018, como um exemplo de caminhar juntos. “O Sínodo da Juventude foi o Sínodo da sinodalidade. (…) Nós precisamos fazer mais do que procurar respostas, precisamos ter a capacidade de instaurar processos”.

Processos que são construídos, segundo Dom Gilson, a partir da escuta. “Uma Igreja sinodal é uma Igreja da escuta, ciente que escutar é mais do que ouvir. Trata-se de uma escuta recíproca”, reforçou.

Recordando São João Paulo II na conclusão do Jubileu do Ano 2000, o bispo lembrou que a Igreja deve ser casa e escola de comunhão. “É preciso fomentar uma espiritualidade de comunhão sem a qual todo esforço não vale a pena”.

Sinodalidade orientada para a Missão

Em 2018, Dom Gilson teve a oportunidade de participar do Sínodo da Juventude, com o Papa Francisco, no Vaticano. Por isso, partilhou algumas curiosidades sobre a rotina das sessões e partilhas feitas pelo Santo Padre a partir das reflexões levadas pelos representantes dos diversos países. “Muitas vezes o Papa promovia alguns instantes de silêncio para que nós pudéssemos refletir sobre o que era partilhado”. O bispo contou também que o Santo Padre pedia para que os padres sinodais evitassem discursos prontos, mas deixassem ser movidos pelas reflexões a partir do Espírito Santo. Segundo Dom Gilson, o agir sinodal precisa ter como objetivo a missionariedade.

“A vida sinodal da Igreja essencialmente deve ser orientada para a missão, com dinamismo comunitário de saída e de diálogo. Não vivemos para a estrutura, vivemos para a missão”.

 

Indicações para a Pastoral Juvenil em perspectiva sinodal

Na conclusão de sua reflexão com os participantes do Revitalização, Dom Gilson Andrade partilhou algumas indicações que a Pastoral Juvenil pode assumir na perspectiva sinodal da Igreja. Entre elas, está valorizar a experiência do Setor Juventude como espaço concreto de participação sinodal dos jovens. Para o bispo, a Pastoral Juvenil deve também atuar como uma pastoral de conjunto, articulando ações com outras pastorais. 

O investimento em estruturas de acompanhamento para formação de jovens e adultos para uma pastoral da escuta de acompanhamento espiritual também foi uma indicação de Dom Gilson, além da participação nas instâncias de comunhão eclesiais, nas dioceses e paróquias, e também nos conselhos de juventude do âmbito civil.

Por fim, o Bispo de Nova Iguaçu indicou o compartilhamento de projetos comuns de formação nas diversas dimensões, experiências missionárias e de voluntariado, sem deixar de lado as grandes linhas de ação da Igreja no tempo presente, a fraternidade e a vocação comum entre todos os cristãos: a vocação à santidade.

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