Papa Francisco sobre o santo de Assis: jovem que “ousou sonhar alto”

Papa Francisco sobre o santo de Assis: jovem que “ousou sonhar alto”

 

Falar que São Francisco de Assis é uma grande referência para o Papa Francisco é ser redundante, cair no óbvio e tanto mais. Sim! Verdade! O pontífice sempre direciona palavras aos jovens sobre o santo que “ousou sonhar alto”, que da pequena cidade de Assis transformou a história da Igreja. O Santo Padre deseja que São Francisco seja referência também para a juventude, para que sejam os jovens os protagonistas da mudança.

Vamos conferir três mensagens aos jovens do Francisco bispo de Roma sobre o Francisco de Assis, que celebramos neste dia 4 de outubro.

1 – Jornada Mundial da Juventude – Rio 2013

Contemplando vocês que hoje estão aqui presentes, me vem à mente a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor para reparar sua casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; era colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.

Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário. Hoje, queridos jovens, o Senhor lhes chama!

(Discurso da Vigília de Oração na Praia de Copacabana – 27 de julho de 2013)

2- Encontro com os jovens italianos – 2018

Os sonhos dos jovens causam um pouco de medo aos adultos. Causam medo, porque quando um jovem sonha vai longe. Talvez porque eles já não sonham nem arriscam. Muitas vezes a vida faz com que os adultos deixem de sonhar, deixem de arriscar; talvez porque os vossos sonhos desestabilizem as suas escolhas de vida, sonhos que vos levam a fazer censura, a criticá-los. Mas não deixeis que roubem os vossos sonhos. Há um jovem, aqui na Itália, tem uns vinte, vinte e dois anos, que começou a sonhar e a sonhar grande. E o seu pai, um importante homem de negócios, procurou convencê-lo e ele: «Não, eu quero sonhar. Sonho o que sinto dentro». E no final, foi-se embora, para sonhar. E o pai seguiu-o. E aquele jovem refugiou-se no paço episcopal, despojou-se e entregou as vestes ao pai: «Deixa-me ir pelo meu caminho».

Este jovem, um italiano do século XIII, chamava-se Francisco e mudou a história da Itália. Francisco arriscou para sonhar grande: não conhecia as fronteiras e terminou a vida sonhando. Pensemos: era um jovem como nós. Mas como sonhava! Diziam que era louco porque sonhava assim. E praticou tanto bem e continua a fazê-lo. Os jovens assustam um pouco os adultos porque os adultos deixaram de sonhar, deixaram de arriscar, acomodaram-se. Mas, como vos disse, não deixeis que roubem os vossos sonhos.

(Diálogo com os jovens no encontro em vista do Sínodo dos Jovens – Circo Massimo – Roma, 11 de agosto de 2018)

3 – Exortação Christus Vivit – 2019

«Através da santidade dos jovens, a Igreja pode renovar o seu ardor espiritual e o seu vigor apostólico. O bálsamo da santidade gerada pela vida boa de muitos jovens pode curar as feridas da Igreja e do mundo, levando-nos àquela plenitude do amor para a qual, desde sempre, estamos chamados: os jovens santos impelem-nos a voltar ao nosso primeiro amor (cf. Ap 2, 4)». Há santos que não conheceram a vida adulta, tendo-nos deixado o testemunho doutra forma de viver a juventude. Recordemos ao menos alguns deles, de diferentes momentos da história, que viveram, cada um à sua maneira, a santidade.

São Francisco de Assis, ainda muito jovem e cheio de sonhos, ouviu a chamada de Jesus para ser pobre como Ele e restaurar a Igreja com o seu testemunho. A tudo renunciou com alegria e é o santo da fraternidade universal, o irmão de todos, que louvava o Senhor pelas suas criaturas. Morreu em 1226.

(Exortação Pós-Sinodal Christus Vivit – parágrafos 50 e 52)

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