Rotina Missionária: nos encontramos em Cristo

Rotina Missionária: nos encontramos em Cristo

Muitos perguntam como é o cotidiano de um missionário, o que comem, onde vivem, dormem, o que fazem e de onde vem… e todos outros questionamentos a lá “Globo repórter”. E para celebrar os 3 anos de Missão Jovem na Amazônia vamos contar um pouquinho dessa rotina missionária!

O dia começa cedo em terra de missão! Os missionários geralmente acordam as 6h, claro tem sempre aquele que perde a hora e fica mais um pouquinho nos lençóis. As 7h se reúnem para a oração da manhã, Laudes. É um momento de partilha e união.

 

O fato é que todo momento é de benção, do acordar ao deitar! Esses instantes no começo da manhã são de exortação à Deus para que Ele conduza os passos durante o longo dia que virá!

 

Com o coração cheio chega a hora de encher a barriga! As 7h30 o café está na mesa! Durante todas as refeições servem-se alguns pratos típicos, para que os jovens se inculturem com a região e recarreguem as energias alimentando o corpo para ir!

Ir para onde?

Cada dia a agenda traz uma novidade aos jovens. O cronograma dinâmico é para que cada missionário possa vivenciar um pouquinho da rotina da Diocese. Os jovens são encaminhados para o local de missão, geralmente são bairros nas periferias, zona rural, escolas, hospitais, lares de idosos, ou seja, nossa juventude é chamada aos pobres, excluídos e aos que sofrem, mas também fazem bonito em qualquer lugar por onde passam!

O maior objetivo missionário é o IR, ir para anunciar a Boa Nova, para levar uma palavra amiga, rezar junto ou simplesmente para trazer testemunhos de como Deus atua em cada local.

O que é a missão?

Significado de Missão no dicionário é: “ato de ser enviado ou enviar; poder dado a alguém para fazer alguma coisa: cumprir uma missão”.

A dos mais de 30 jovens no Maranhão era levar o Cristo! As missões católicas tem como cerne o anuncio de Jesus! E no tempo do Advento ela tem um gostinho especial, ela quer anunciar a Boa Nova e a preparação para o Natal. A proposta é preparar-se para esse grande dia, o nascimento do Salvador.

Para Pollyana Goes que veio de Curitiba, algo que chamou muito a atenção foi a simplicidade “olha o presépio que delicado, e nessa simplicidade ele fala tanta coisa”. Tais fatos condizem a realidade do povo visitado, no pouco que tem eles se preparam, fazem do coração manjedoura e aproveitam dos jovens para partilhar os momentos e reavivar a esperança.

Irmã Lúcia é religiosa local, ela esteve na comunidade de Caxirimbu acompanhando a juventude e também ressaltou que o presépio falava muito por si. “Veja a imagem está desbotada, é uma caixa de papelão, é tão simples quanto o estábulo que nosso Senhor nasceu, eu amo isso daqui”.

E é na troca de experiências, nas caminhadas embaixo de um sol de 42º que os pequenos detalhes vão falando por si. É na solidariedade de quem pouco tem que divide-se o pão e partilha a palavra e a comida!

Almoço comunitário

12h, doze horas é o horário do almoço, e como tudo vira uma grande diversão em missão… O sino é a atração, é o tocar do mesmo que chamam todos a volta para partilhar o pão!

E são nesses momentos que os missionários são surpreendidos, nas comunidades cada morador traz um prato, ou uma mistura e quando se vê se tem um banquete. Luis Ayrton é de Coelho Neto – MA, e exclamou durante o almoço “gente, de onde saiu tudo isso, tem tanta comida e cada um trazia na mão só um prato”. E é nesse pouco que cada um trouxe que se formam os grandes banquetes aos missionários. Vale ressaltar que sempre tem um diálogo ao redor da mesa “O que é isso?”, “De que é feito?”, “Isso não tem na minha terra”. Comentários que proporcionam uma interação gratificante por ambas as partes a da descoberta do outro no pouco!

Descanso

Muito já falamos aqui que missionário não tem tempo para ficar parado, que momentos de descanso são raros, mas quando se conta com a solidariedade de um povo acolhedor como o Caxiense  o que se recebe é um cantinho em casa, uma rede partilhada, enfim… vou confessar com imagens que esses meninos puxam um ronco e fazem uma sesta após se empanturrarem…

 

Barriga cheia, pé na areia!

Passado o descanso a missão continua, os jovens são chamados a partilha a todo momento.

A intenção missionária é a convivência, não precisa que as famílias parem seus afazeres. E ali mesmo em meio a rotina alheia eles se infiltram, partilham e convivem.

E há de se ressaltar que a rede é um ótimo lugar para isso.

Mas nem sempre eles são bem sucedidos em suas andanças.

Muitas portas estão fechadas para os missionários.

 

E aí a caminhada continua, e se possível sempre do lado da sombra.

Ou embaixo de uma árvore…

Mas tem vez que não dá para ser na sombra e eles vão mesmo assim…

E também podem ir sozinhos pelas rua da cidade…

E eles são insistentes, batem em todas as portas, afinal Deus é Pai de todos!

E assim eles sempre demonstram sua fé por onde passam…

Ufa, que rotina missionária… mas não acabou o dia não!  Depois de tudo isso ainda partilham!

 

Dançam…

 

Tomam uma água…

E é na “desconexão” com a rotina árdua das suas vidas normais que os missionários encontram-se com algo novo, e aos poucos a bagagem vazia que trouxeram vai se completando com um pouco do outro, com a troca e com o sorriso no rosto…

 

 

 

 

Enfim, para finalizar o dia a Santa Missa! Nesse momento missionários, comunidade local, leigos, consagrados e sacerdotes se tornam apenas UM! O Cristo Eucarístico!

E com o coração cheio, a alma plena e um pouco de cansaço físico eles retornam para seus alojamentos para algumas horas de sono, dos justos diga-se de passagem, mais que merecido!

 

E conte aí para nós, você que é, ou já foi missionário, tem rotina mais gratificante?

 

Por Maria Emília Duarte da equipe de comunicação dos Jovens Conectados

 

 

 

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