Jovens fazem vigília pela canonização de João Paulo II e João XXIII em Campo Grande

Jovens fazem vigília pela canonização de João Paulo II e João XXIII em Campo Grande

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A Arquidiocese de Campo Grande – MS organizou no sábado (27) uma vigília em preparação à cerimônia de canonização do Papa João XXIII e do Papa João Paulo II. Segundo informações da Guarda Municipal, responsável pela segurança do evento, cerca de 300 pessoas estiveram reunidos na Praça do Papa, local esse onde em 17 de outubro de 1991, o então Papa João Paulo II celebrou uma missa campal em sua passagem por Campo Grande. O local recebeu esse nome após esse momento histórico, e segundo Dom Vitório Pavanello, é uma das poucas cidades no mundo onde existe um local público homenageando o Sumo Pontífice.

A vigília teve início às 18h com apresentações artísticas, oração do mistério luminoso do rosário (esse instituído pelo papa João Paulo II), e logo em seguida, Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande – MS e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB presidiu uma celebração eucarística. “O Brasil tem passado por um momento especial e transformador. Recebemos a Jornada Mundial da Juventude no ano passado, que foi uma ideia do Papa João Paulo II e que impressionou o mundo com tamanha entusiasmos dos jovens brasileiros. Depois desse evento, percebemos que os jovens adotaram o adjetivo “missionário” como algo que eles tem orgulho em ser e dizer. E isso era o principal desejo do Papa ao criar essa tradição”, destaca.

O Coordenador de Pastoral e responsável pelo Setor Juventude da Arquidiocese de Campo Grande, Padre Márcio Reis relembrou o que os novos santos representam para a Igreja Católica. “O Papa João XXIII é aquele que criou uma revolução na Igreja ao criar o Concílio Vaticano II, onde houve uma abertura maior para a participação do povo na celebração eucarística e também à Palavra de Deus. Já o Papa João Paulo II é àquele que apresenta o projeto de evangelização, solidificado através da humildade. Ele mostrou o Cristo pobre, Àquele que é próximo do povo, a todos os povos”, conta.

Há cinco anos o sacerdote é responsável por cuidar dos jovens diocesanos, e reforça o que a Igreja espera dos jovens. “O jovem está sempre inquieto, é incansável. Cheio de ideias e vontade de fazer algo. E é isso que a Santa Igreja espera deles. Que eles se sintam chamados a ser instrumento de evangelização e que se ofereçam ao trabalho. O Santo Papa confiou aos jovens o futuro da Igreja, que hoje se faz Presente.”

Muitos jovens participaram do evento, o universitário Daniel Ventura, que já participou de duas Jornadas Mundiais da Juventude, relembra o momento em que viu o Papa João Paulo II enquanto ele passava no papa móvel pela Avenida Afonso Pena. “Eu era criança, mas eu me lembro que estava nos ombros do meu pai, quando o Santo Papa passou em minha frente. Hoje, se eu pudesse resumir a imagem do papa em uma palavra, seria Alegria”.

A vigília contou ainda com uma tenda do Serviço de Orientação Vocacional (SAV), onde os jovens puderam saber informações sobre como fazer para servirem à Deus através da Santa Igreja Católica. “O papa João Paulo II é o Homem da Paz e do Diálogo. Ele foi ao encontro dos pobres”, é o que relata Irmã Ermilinda, nascida em Guiné Bissau, país africano que o Papa JPII também visitou, e que há seis anos mora no Brasil, e também é auxiliar no SAV da Arquidiocese de Campo Grande.

Além dos jovens, muitos adultos estiveram na vigília, e nem mesmo a baixa temperatura, os fizeram ir embora. O aposentado, Roberto dos Santos Ferreira, de 60 anos, estava na Praça do Papa durante a celebração da Santa Missa presidida pelo Papa João Paulo II. “Ele, logo que chegou, se abaixou e beijou o chão. Eu me sinto abençoado por tê-lo visto, ainda que de longe”, se emociona.

A passagem do Sumo Pontífice João Paulo II foi tão marcante, não só para a população, mas também para o próprio sucessor de Pedro. Segundo Dom Vitorio Pavanello, durante o almoço, o papa confidenciou sua divina surpresa com o povo campo-grandense, “mas que fervor e acolhida esse povo tem”.

Por: Michel Lorãn

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