CF 2013: Fraternidade e Juventude – “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

CF 2013: Fraternidade e Juventude – “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2013
Criada, a partir dos ideais de renovação propostos no Concílio Vaticano II, neste ano, a Campanha da Fraternidade (C.F.) completa 50 anos! Para celebrar o seu “Jubileu de Ouro”, o lançamento nacional acontecerá no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, no mesmo local de sua fundação: a Arquidiocese de Natal – RN. E, em seguida, em todas as dioceses do Brasil.

A Campanha da Fraternidade, coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é realizada anualmente pela Igreja Católica, no período da Quaresma. A cada ano é escolhido um tema, que define sob qual perspectiva a solidariedade será despertada, em relação a questões que envolvem a necessidade de “conversão” da sociedade. É, portanto, um “elo” entre Igreja, fiéis e sociedade, evangelizando de forma ampla, e despertando iniciativas sociais que respondam diretamente às reflexões e aos estudos realizados através do Texto-base.

Ao longo dos anos, muitas foram as conquistas realizadas a partir das reflexões da Campanha da Fraternidade. Podemos elencar a aprovação do Estatuto do Idoso, a consciência em relação aos direitos das pessoas portadoras de deficiências, o Estatuto do Índio, a Campanha de Desarmamento, a consciência da relação entre “Fé e Política” e também diversas propostas de políticas públicas referentes à Mulher, aos encarcerados e em questões como ecologia, saúde, trabalho, educação, moradia e o valor inviolável da Vida.

E, agora, mais uma vez, em 2013, vivemos um tempo da “Graça do Senhor”: com a realização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, com a presença do Papa Bento XVI e da Semana Missionária, no mês de julho, que contará com a presença de milhões de jovens de todo o mundo, teremos, pela segunda vez, uma Campanha da Fraternidade trazendo o tema: “Fraternidade e Juventude”, agora com o lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

A Igreja do Brasil, a partir do exemplo de Isaías, ousa olhar os jovens do Brasil com esperança: aposta no potencial positivo e transformador de uma juventude comprometida com o Evangelho e engajada na Igreja, na vida acadêmica, profissional e nas esferas de participação da sociedade. Trata-se de uma posição divergente daquela visão retratada diariamente pelos Meios de Comunicação Social, que apresentam os jovens como “problema social”.

Mas, a questão do tema “juventude” não se restringe apenas ao aspecto cronológico da vida! É muito mais abrangente: “Jovem” é aquele(a) que sente o vigor de Deus, que revitaliza as pessoas, os ideais e estruturas sociais. Assumir a Campanha da Fraternidade significa abrir-se a acolher novas pessoas, ideias, projetos e maneiras alternativas para realizar o trabalho de evangelização. É “jovem” a pessoa que se deixou tomar pelo amor próprio de Deus, pela força e seu vigor de amar, princípio da “conversão” desejada na Quaresma.

Por fim, a Campanha da Fraternidade deste ano deseja refletir as questões dos jovens em três níveis: 1) Propiciar às comunidades eclesiais a reflexão da necessidade de acolher melhor os jovens, aceitando-os como são e criando canais próprios para sua participação; 2) Revigorar os organismos pastorais para um melhor acompanhamento e formação dos jovens já existentes em nossas comunidades, para que levem o seu testemunho cristão ao mundo e, 3) Refletir e propor soluções para a Vida dos jovens, especialmente, daqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade social.

“Há que se cuidar do broto para que a vida nos dê flor e fruto”.

Nei Márcio Oliveira de Sá – Mestre em Teologia Pastoral pela PUC-SP – Secretário-executivo do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo – membro da Comissão de Subsídios da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB

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