Viajar para a JMJ 2016 não é tão difícil quanto parece

Viajar para a JMJ 2016 não é tão difícil quanto parece

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Com a alta do dólar e a grandíssima diferença entre o real e o euro, pode ser, eventualmente, que muitos católicos do Brasil se sintam um pouco, ou muito, desmotivados para ir à JMJ na Polônia em 2016.

Mas, qual é a grande notícia? A primeira é que a moeda da Polônia, zloty, vale quase o mesmo que a moeda do Brasil. E a segunda é que é possível encontrar voos que não sejam diretamente para a Polônia, mas para outros pontos da Europa e com preços bem melhores. Porém, o perigo é que aqueles que podem, desistam de participar, ou que aqueles que querem deixem tudo pra última hora.

Quem nos fala mais sobre isso é Fabíola Goulart, jovem brasileira, casada, que atualmente está como voluntária em Cracóvia, juntamente com o seu marido, no Departamento de Comunicação da JMJ Cracóvia 2016.

Na entrevista abaixo aproveite também para conhecer mais de perto o que será esse grande evento da juventude no Ano da Misericórdia:

O que você está fazendo na Polônia?

Fabíola: Estou trabalhando como voluntária na JMJ Cracóvia 2016. Atualmente atuo como jornalista no Departamento de Comunicação, auxiliando a produção de conteúdo internacional e na tradução/edição de notícias para língua portuguesa. Também faço parte do projeto Minuto JMJ, que apresenta vídeos curtos com o resumo dos principais acontecimentos na preparação à JMJ 2016 toda semana, em cinco línguas: português, inglês, polônes, alemão e italiano. Em breve lançaremos nas demais línguas oficiais, como o espanhol, francês e russo.

Vim com o meu marido, Gustavo Huguenin, que oferece os seus talentos no Setor de Design Gráfico do Departamento de Comunicação. (Chegamos aqui com apenas um mês de casados!) Temos a experiência de ter trabalhado na JMJ no Brasil; eu por seis meses e o Gustavo, que foi autor do logo da Rio2013, por um ano e meio. Então, claro que em uma Jornada você acaba fazendo um pouco de tudo e sempre se coloca à disposição para o que o Comitê Organizador Local precisar.

É muito caro para um brasileiro ir para a JMJ Cracóvia?

Fabíola: A passagem é um pouco cara sim. Em média, uma viagem com saída de uma grande cidade como São Paulo ou Rio até Cracóvia custa cerca de R$7 mil, ida e volta. Mas é sempre possível comprar passagem mais barata para outros destinos na Europa, como Lisboa, Madri ou Frankfurt. Mas se escolher esse caminho, é melhor escolher o segundo vôo com cuidado para ter tempo suficiente para vencer algum contratempo caso o primeiro vôo se atrase ou seja cancelado. Existem também muitas empresas que vendem pacotes e, apesar do valor ser um pouquinho maior do que se você for sozinho, você consegue pagar de forma mais facilitada, por exemplo em parcelas, o que pode ser bom para o peregrino que não tem condições de pagar à vista.

Os pacotes de inscrição para a Jornada não estão caros. Estão na média de valor da JMJ do Rio, por exemplo, apesar de ser baseado em Dólar e Euro, o que exige do peregrino uma atenção à cotação diária para não pagar mais caro depois. A JMJ oferece, em seu pacote mais completo, alimentação, hospedagem, transporte, seguro de saúde durante todos os dias de evento e mais o kit peregrino.

Definitivamente é um bom negócio escolher esse tipo de pacote de inscrição. Por exemplo, a rede hoteleira de Cracóvia não é tão grande, apesar do potencial turístico da cidade. Os hotéis que ainda têm vagas estão aumentando o preço devido a grande procura do peregrinos do mundo todo. Então não é um bom cenário para um peregrino que tem que economizar.

Outra coisa importante é que a moeda corrente aqui na Polônia não é o Euro, mas o zloty. E o zloty atualmente tem cotação próxima ao Real, então não pesa tanto no bolso dos brasileiros como visitar outro país europeu. Uma dica para economizar dinheiro pode ser trocar a peregrinação por países como Itália e França (que muitos pacotes sugerem) por uma peregrinação por lugares na Polônia, como Czestochowa (cidade da famosa imagem de Nossa Senhora, padroeira da Polônia), o campo de concentração nazista Auschwitz-Birkenau ou ainda a cidade natal de João Paulo II, Wadowice. Assim a viagem acabaria ficando mais barata para os dias que antecedem ou procedem a JMJ e os locais são de incrível riqueza religiosa e cultural.

Ou seja, dinheiro é sempre necessário quando se trata de uma viagem internacional. Mas vir para a Polônia para a JMJ é muito mais barato e fácil do que a maioria dos brasileiros pensam.

Na sua opinião, qual a principal motivação para ir à JMJ 2016?

Fabíola: Toda JMJ oferece uma experiência diferente. Acredito que Cracóvia vai oferecer à nova geração de jovens católicos conhecer melhor João Paulo II, já que os jovens de hoje eram muito pequenos para ouvir e viver experiências com o papa polônes. Aqui em Cracóvia podemos conhecer melhor a sua história, entender a sua vida, a sua mensagem ao mundo. É impossível não amá-lo depois de ver a casa em que ele nasceu, a pequena igreja em que ele foi coroinha, o carmelo em que visitava para rezar, comer o seu doce preferido, passar pelo teatro em que ele gostava de atuar, a Catedral em que ele foi ordenado sacerdote e se tornou bispo, os locais em que ele viu os poloneses sofrerem com o regime comunista… tudo isto ainda está muito vivo aqui. E então você começa a sentir de verdade o amor que João Paulo II nutria pelos jovens e de como ele passou de um jovem normal para uma das figuras mais extraordinárias do último século.

Além disso, Cracóvia é a terra da Misericórdia. Em um mundo cada vez mais intolerante e impiedoso, a misericórdia é uma das mensagem mais urgentes que temos que anunciar. Mas primeiro os jovens precisam fazer uma experiência com essa Misericórdia para conseguir vivê-la. Os jovens de hoje precisam saber o que é a misericórdia e como podem a escolher como caminho seguro de santidade.

Qual o atrativo que tem a Polônia para um católico brasileiro?

Fabíola: Penso que todo católico brasileiro é atraído pela Polônia por causa de João Paulo II e Santa Faustina (que escreveu em seu famoso diário toda a mística sobre o coração misericordioso de Jesus). Ambos viveram em Cracóvia e por si só já é muito especial para convencer um católico a conhecer a região. Mas é sempre bom citar São Maximiliano Kolbe, que foi mártir em Auschwitz com uma história que pode inspirar muito a nossa fé.

A Polônia também pode atrair os brasileiros pela força da fé católica. É impressionante como a enorme maioria da população aqui vive de verdade e com intensidade a fé. As igrejas são absolutamente lindas e ver a veneração e a seriedade com que eles tratam as coisas sagradas é impressionante. Mesmo os jovens dedicam o seu melhor quando se trata das coisas de Deus. É um lugar maravilhoso de se estar quando se é católico.

Como podemos acompanhar o seu trabalho nesse ano? Em suma, a JMJ 2016 promete?

Fabíola: Assim como o dos demais brasileiros, o nosso trabalho pode ser acompanhado nos espaços de comunicação oficiais da JMJ, como o site e as redes sociais.

Promete mesmo! Será uma experiência maravilhosa viver uma Jornada Mundial da Juventude na terra natal de João Paulo II, que iniciou esse caminho com os jovens há quase 30 anos. E ainda mais especial por vivermos o tema da misericórdia aonde a devoção ao Coração Misericordioso de Jesus começou, às portas do Ano Santo da Misericórdia. Com certeza será uma JMJ histórica!

Por Zenit

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