Testemunho de esperança: o tesouro por trás da cruz!

Testemunho de esperança: o tesouro por trás da cruz!

Convivência de Letícia Dias – segunda da esquerda para à direita – com as Irmãs Franciscanas de Siessen e outras jovens.

A jovem Leticia Dias, 22 anos, da cidade de Itaquaquecetuba – SP, jornalista da Paroquia Cristo Redentor, tinha o desejo de partir para a Missão Jovem da Amazônia ( realizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB), mas como era seu último ano de faculdade, não se cadastrou. Foi então que, através dos Jovens Conectados, conheceu o Projeto Espalhando Esperança. Assim começou a sua “divina aventura”, fazendo a experiência missionaria no meio das meninas na Fazenda da Esperança. Aqui ela partilha a sua experiência na Alemanha.

O mês de Maio foi sempre muito especial para mim, pessoas queridas da família comemoram aniversário, pai, mãe, irmã, primos, amigos, o inverno está próximo de chegar ao Brasil e, além disso, é o mês dedicado a Maria. Agora, em 2016, tenho mais um motivo para continuar me alegrando com a chegada dessa época do ano.

No dia 05 fez nove meses que cheguei para fazer uma experiência na Fazenda Santa Elisabeth em Riewend (Alemanha) e resolvi tirar alguns dias para refletir o que mudou e como foi esse tempo vivido. Senti que tinha dado espaço demais para que as dificuldades fizessem com que me sentisse sufocada. Visitei algumas cidades, encontrei amigos, mas quero contar como os dias que convivi com as Irmãs Franciscanas de Siessen (na casa mãe, em Siessen) foram importantes, lá elas têm a Jugendhaus Elisabeth (Sim! Elisabeth também rsrs), casa onde recebem jovens para passar um determinado período e conviver com as irmãs ( não apenas para discernimento vocacional, mas para refletir, rezar e conversar).

Aproveitei cada minuto para estar com elas e ao mesmo tempo para fazer uma análise da minha experiência. O interessante foi que elas  todos os dias “escolhiam” uma palavra para viver e isso me fazia não esquecer o porquê estava ali. Posso dizer a vocês que fui acolhida com muito amor pelas irmãs, mas sobre as reflexões que fiz nos momentos em que estive lá…

6Quando cheguei na Alemanha comecei a questionar como poderia “Espalhar Esperança” na vida das meninas, se nem conversar com elas podia, não sabia falar e não sabia rezar em alemão. Tornei-me como uma analfabeta e pensava “Senhor como posso ajudar desse jeito?”, mas lembrava sempre do Nelson, Fundador da fazenda da Esperança e do versículo “Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos…” e comecei a entender que eu precisava “ser nada” para as meninas e estar ali para elas, apesar das minhas dificuldades.

Nos primeiros meses, não sentia tanta falta de casa, mas depois precisei estar mais ainda unida a Deus para conseguir caminhar, e é claro a nova vida que o Amor dá para as meninas é algo que te faz ir para frente, de querer dar sempre mais a vida por elas.

E, foi olhando para tudo isso que cheguei a conclusão que não existe mais perguntas, Deus quis que eu estivesse aqui, que vivesse tantas coisas duras e belas.

Com o fim das férias, volto feliz para as meninas, sabendo que não só elas, mas que também eu ganho uma nova vida a cada dia e isso possibilita a acreditar mais e enxergar com maior profundidade o tesouro por trás da cruz.

Por Leticia Dias

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