Serviço de Evangelização da Juventude apresenta Plano Bienal

Serviço de Evangelização da Juventude apresenta Plano Bienal

Serviço Evangeli - Ir.Durante a Assembleia Geral do Regional Sul 3 da CNBB, ocorrida nos dias 02 e 03 de junho, no Centro de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI), em São Leopoldo, dom Adelar Baruffi, bispo da Diocese de Cruz Alta e Referencial para a Juventude do Regional Sul 3 da CNBB, e Ir. Zenilde Fontes, coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude gaúcha, apresentaram aos presentes o Plano Bienal 2016-2017.
Em entrevista concedida a Assessoria de Comunicação do Regional Sul 3 da CNBB, Ir. Zenilde Fontes conta em detalhes como foi definido o plano e objetivos esperados na evangelização da juventude no contexto da organização do Setor Juventude nas dioceses.

RS3: Como foi definido o Plano Bienal 2016-2017?
Ir. Zenilde: Ao falar de nosso Plano de Ação 2016-2017 nos reportamos de como ele surge. Ele é o resultado de um caminho feito desde antes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013, ou seja, o antes, o durante e o pós JMJ. Nós pós JMJ vivemos o #EmMissão e agora inauguramos os próximos dois anos para trabalharmos dentro da dinâmica Em Missão Pela Vida. Esse plano foi feito pelas lideranças das dioceses no final de 2015 num processo de avaliação. A avaliação consistiu em uma análise dos nossos projetos e programas de trabalhos que víamos trabalhando desde 2010.

RS3: Qual foi o ponto inicial do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB?
Ir. Zenilde: O projeto do Serviço de Evangelização da Juventude teve seu marco inicial no ano de 2010 com um processo de escuta e levantamentos de dados. Com isso tivemos um norte para a evangelização da juventude no estado do Rio Grande do Sul. Desde então tínhamos um objetivo muito específico, o de trabalhar a dimensão missionária. Durante a preparação para JMJ vivenciamos experiências de missão em lugares de dores e sofrimentos das periferias humanas, como, por exemplo, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora levaram-nos a visitar presídios, prostíbulos, lugares em que as pessoas sofrem. Após a JMJ fizemos todo um caminho de aprofundamento dessa dimensão missionária da nossa fé. Revisitamos o nosso batismo e a partir daí nos projetamos a novas perceptivas pedagógicas do serviço, de diálogo, do anúncio e do testemunho eclesial. Vivemos dois anos (2014-2015) e celebramos o Bote Fé Porto Alegre com toda a caminhada do biênio.

RS3: Há algum método para o desenvolvimento das atividades?
Ir. Zenilde: Durante o ano de 2015 víamos fazendo avaliação desses processos e usamos a metodologia/ferramenta do SWOT, que trás os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades. Dos pontos fortes as lideranças das dioceses, como os articuladores, comunicadores e assessores foram apontando o que de fato foi muito forte, entre eles apareceu a formação. O aspecto que apareceu como ponto fraco foi às estruturas de acompanhamento. As lideranças fazendo as coisas certas, na hora certa, mas fragilizadas. Ao mesmo tempo em que aparece um ponto forte, a formação, se aponta como ponto fraco as estruturas de acompanhamento. Ao avaliar a dimensão missionária de nossa fé percebemos que precisamos crescer e ampliar mais até nos tornarmos um estado permanente de missão. Assim, apontamos para esse biênio a dimensão da formação, das estruturas de acompanhamento e a missionariedade. Essas três dimensões serão perpassados pelo cuidado da vida como eixo integrador e transversal do biênio.
RS3: Já começaram as atividades do biênio?
Ir. Zenilde: Durante este ano de 2016 já fizemos uma reunião em cada Província Eclesiástica e aconteceu a primeira Formação de Multiplicadores Jovens, na Província Eclesiástica de Santa Maria. Tem-nos chamado muito atenção a diversidade de juventudes que nós temos em nossas comunidades. Juventudes presentes nos movimentos, nas pastorais da Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) e Pastoral da Juventude Rural (PJR). Também a juventude das congregações religiosas com muitos grupos organizados que também estão acompanhando o processo do Setor Juventude nas dioceses. E a juventude das novas comunidades. Dentro desse cenário existem quatro perfis de juventudes. Nos levantamentos de dados de 2012 apontou 39% da juventude do Rio Grande do Sul como grupos paroquiais, ou seja, que não pertencem a movimentos, pastorais ou congregações e novas comunidades. São grupos paroquiais que vivem a espiritualidade paroquial. Em relação aos grupos paróquias se tem certos limites para atingir, mas já propomos as dioceses uma evangelização da juventude orgânica.

RS3: Qual o principal objetivo do Serviço de Evangelização da Juventude?
Ir. Zenilde: O Serviço de Evangelização da Juventude presta um serviço aos setores diocesanos. Olhar com dois braços, isto é, todos os carismas que existem na diocese e a ação orgânica da pastoral Petrina, de pastor. Interessante se cada paróquia tivesse seu conselho de jovem na dinâmica de todos os grupos e pastorais presentes na paróquia para fazer a experiência comunitária, de educação e de amadurecimento na fé nessa etapa da vida da juventude, até sua inserção num serviço especifico na comunidade, na sociedade e no próprio projeto de vida. A unidade e diversidade de carismas são um dom para a Igreja. Constroem-se em conjuntos um caminho comum entre as 18 dioceses. Fazemos experiências conjuntas. O serviço e os setores da juventude vêm para potencializar a diversidade de juventudes e jamais para tirar uma identidade. O serviço regional aponta uma ou duas atividades realizadas em conjunto entre os setores da juventude das dioceses, respeitando as diversidades. São vivências pensadas e planejadas em conjunto dentro da dinâmica da diversidade na unidade.

RS3: O Regional Sul 3 da CNBB é composto por quatro arquidioceses e quatorze dioceses. Em todas elas há organizado o Setor Juventude?
Ir. Zenilde: Cada diocese vive um tempo e um momento de seu processo. Os tempos e os processos são diferentes em cada pessoa, lideranças e em cada dinâmica diocesana. Procuramos buscar uma comunhão com todas as dioceses. O convite se faz a todas as dioceses. Nessa primeira etapa e rodada da formação e de reuniões tivemos a presença de dezesseis dioceses, das dezoitos dioceses. É um dado bastante significativo de presença de assessores adultos, comunicadores, articuladores e assessores jovens. O objetivo com esse plano é descobrirmos juntos o jeito de fazer evangelização neste momento da história. Com essa nova geração que tem outros apelos diferentes de outras gerações. De cinco anos para cá temos totalmente outro perfil de juventudes. Toda essa ação é protagonizada pelos jovens, pois há uma leitura e proximidade maior de jovem evangelizando jovem.

RS3: Qual a próxima atividade comum a nível regional?
Ir. Zenilde: A próxima etapa que vai acontecer de 18 a 22 de julho é a terceira etapa da Escola de Assessores. Também damos sequencia na segunda rodada da formação de multiplicadores pelas dioceses. Isso é muito mais para sentirmos as necessidades e juntos descobrirmos caminhos. Percorremos junto o que, de fato, faz sentido para essa nova geração, por um caminho processual com a novidade de quem entra, mas também ampliando cada vez mais as diretrizes e percepções de como fazer esse caminho a partir da diversidade dos carismas. Seguimos firmes, portanto, na dinâmica da formação, da missionariedade e da estrutura de acompanhamento potencializando as lideranças.

Foto e texto: Por Judinei Vanzeto – Assessoria de Imprensa – Regional Sul 3 da CNBB

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