Ser mulher: um dom expresso pela feminilidade e imagem e semelhança de Deus

Ser mulher: um dom expresso pela feminilidade e imagem e semelhança de Deus

Mulher. Palavra que não significa apenas o oposto do homem. Seu significado é muito mais que o literal. De acordo com o Papa João Paulo II, em sua Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, a mulher deve entender a sua realização “segundo a riqueza da feminilidade que ela recebeu no dia da criação e que herda como expressão, que lhe é peculiar, da ‘imagem e semelhança de Deus’”.

Um dom que vem do próprio Criador que incutiu no ser feminino a sensibilidade, o dom de cuidar e gerar vida, mas também a firmeza. Ainda segundo o futuro santo da Igreja Católica, esta força da mulher provém da própria consciência da sua missão, ou seja, a tarefa de zelar por todo gênero humano.

“[A mulher] é forte pelo fato de que Deus ‘lhe confia o homem’, sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que ela se possa encontrar. Esta consciência e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus mesmo, e isto a torna ‘forte’ e consolida a sua vocação”, explica João Paulo II.

Tais palavras dizem respeito a toda e qualquer mulher. Mas o que é ser, então, uma “mulher jovem”? E são elas mesmas quem respondem. Para a cirurgiã-dentista, Tatiany Nylander, de Belém (PA), ser jovem e mulher é enfrentar os desafios da juventude mas com um brilho diferente nos olhos, sobretudo quando se faz a experiência pessoal com Jesus Cristo. “Venha o que vier, aconteça o que acontecer, mas a alegria verdadeira, que é Cristo, fortalece qualquer batalha”, afirma.

Já a professora Renata Athayde, de Magé (RJ), ressalta o valor da feminilidade e da vocação de ser de Deus que toda jovem deve buscar. Ela define o ser mulher na juventude como alguém que é feliz, alegre e que não deixa de valorizar a sua feminilidade: “Podemos usar batom, salto alto, ser quem você é, ser jovem, viver como jovem, mas sem deixar de ser íntima de Deus e estar aberta a ouvir a voz de Deus em cada detalhe. É viver de acordo com o que Deus quer”.

Feminismo X Feminilidade

O feminismo é um conceito disseminado a partir do século XIX, quando, em movimentos ocorridos na França, as mulheres revindicavam o direito ao voto. Um segundo momento foi na década de 60. Um período mais radical do feminismo que levantava a bandeira da “libertação das mulheres” e da “queima dos sutiãs”.

Com o passar dos anos, o movimento assumiu um perfil ideológico, filosófico e político, no qual as mulheres se apropriaram de supostos direitos como o sexo livre, autonomia do corpo e, associado a isto, o direito ao aborto e à contracepção.

Em seguida, o feminismo atinge sua terceira fase. Neste momento, as reivindicações giram em torna da defesa de direitos civis da mulher, como melhores salários e condições de trabalho; luta contra violência doméstica e sexual; e busca de maior participação nos campos da política e na cultura.

Lutas totalmente legítimas, contudo, em entrevista ao site Zenit, a filósofa e doutora pela Universidade de Fordham (EUA), Alice von Hildebrand, esclarece que o feminismo convenceu as mulheres de que deveriam adotar uma mentalidade secularizante. Deste modo, como ressalta a filósofa, muitas mulheres perderam a consciência da beleza e dignidade do seu papel como mãe e esposa e da força espiritual que podem exercer sobre os homens, sejam eles filhos, maridos, pais etc.

“Elas se deixaram convencer que a feminilidade significava fragilidade. Elas começaram a desprezar as virtudes – tais como paciência, negação de si, doação, ternura – e procuraram se tornar iguais aos homens em tudo. Algumas delas até se convenceram que deveriam usar linguagens ríspidas a fim de mostrar ao sexo ‘forte’ que elas não eram fracas, delicadas, bonecas insignificantes que os homens acreditavam que fossem”, enfatiza.

Isto é o que a estudante de Direito, Renata Vanzellotti, também de Belém (PA), define como aspectos do mundo que “coisificam” a mulher. Ao destacar a beleza de ser diferente e de viver o projeto original de Deus para a mulher, Renata aponta o primeiro modelo a ser seguido pelas mulheres: a Virgem Maria. “É bom ser mulher para se ter a delicadeza do olhar sobre tudo e todos, e poder ser imitadora de Maria, em sua entrega e docilidade. Abraçar o que Deus quer de nós pode ser um pouco mais difícil, mas, sem dúvida nenhuma, é muito mais gratificante”, conclui.

Olhares sobre a mulher e sua vida em Deus e na sociedade

Após interatividade através do Facebook dos Jovens Conectados, mulheres de todo país comentaram sobre o que é “ser mulher jovem de Deus”.

Veja algumas dessas definições que refletem o coração das nossas jovens de todos país!

Isabel Pitz, São José (SC): “Mulher orante e persistente na fé. Mulher sábia e sensível frente às necessidades do mundo”.

Lais Oliveira, São Carlos (SP): “Ser mulher jovem de Deus é estar disposta a lutar pela dignidade de todo ser humano”.

Renata Theobald, Toledo (PR): “Ser mulher jovem de Deus é transmitir com o brilho do olhar toda a pureza de seu coração.

Viviane Santos, Guarulhos (SP): “Ser mulher jovem de Deus é seguir os passos obedientes de Maria que tanto amou, orou e ajudou o próximo. É ser templo vivo de Cristo, amado e glorificado por toda nação”.

Bianca Vasconcelos, Itaboraí (RJ): “Ser mulher jovem de Deus é ser socorro de Deus para o outro”.

Cleides Maria, Sítio Novo (MA): “A verdadeira maquiagem espiritual da mulher está no poder do Espírito Santo, pelo qual seus retoques tornam sua imagem perfeita e igual a Deus”.

Joyce Bezerra, Catunda (CE): “É sempre estar cheia de determinação, contribuindo para uma sociedade justa e fraterna, com os passos firme na fé, esperança e caridade”.

Diana Mendes, Brejo da Madre de Deus (PE): “Ser uma mulher jovem de Deus é, nos tempos de hoje, ter coragem de dizer ‘sim’ à causa do Reino a exemplo da jovem Maria. É seguir firme, a cada dia, em seu serviço mostrando que a verdadeira e plena felicidade vem do alto”.

Karla Danielle, Brasília (DF): “É ser feliz, mesmo remando contra a maré… e melhor: é ser e se sentir amada por Deus. E saber que a Virgem está sempre intercedendo”.

Por Gracielle Reis, com informações do Destrave

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